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    A FILOSOFIA DA PRÁXIS COMO PROPOSTA NO ENSINO NÃO FORMAL PARA EMERSÃO DO INTELECTUAL ORGÂNICO
    (2024) Gomes, Vilisa Rudenco; Schuck, Rogério José; http://lattes.cnpq.br/2668859523186072; Guareschi , Pedrinho; Pase, Hermerson Luiz; Hattge , Morgana Domênica; Machado, Neli Teresinha Galarce
    Este trabalho dedica-se a realizar uma proposta de Ensino Não Formal para emersão do intelectual orgânico, partindo da premissa gramsciana de que todos os homens são intelectuais, ainda que não exerçam esse papel na sociedade. A pesquisa foi realizada no Sindicato da Prefeitura Municipal de Navegantes/SC, e contou com nove trabalhadores da Secretaria de Obras, sob a suplência dos escritos de Guareschi e Gramsci, sobretudo da filosofia da práxis. A pesquisa é classificada como participante e utilizou a dialética como método de análise. Percebeu-se alargamento intelectual do grupo, comparando suas teses às suas sínteses após terem passado pela antítese. A pesquisa chegou aos seguintes resultados: os sujeitos pertencentes à mesma categoria diferiam-se em relação ao seu tempo de produção de síntese; dentre os participantes, foi identificado um intelectual orgânico, constituído a partir de seu processo histórico de lutas e militâncias; nem todos os participantes efetivaram o processo de emersão intelectual, seja por deficiências cognitivas, seja por problemas de desmotivação, conformismo e cansaço. Apenas três participantes realizaram o processo de emersão intelectual, verificado a partir de modificações de posturas, as quais envolvem: o abandono do senso comum, a proposição de reuniões com a categoria, a vontade declarada de busca de um vereador ou um partido, um condottiero para abrigar as demandas da categoria, o reconhecimento de que os Sindicatos são a maior forma de organização e expressão de luta da classe trabalhadora. A partir dos dados obtidos, concluiu-se que é possível a realização da emersão do intelectual orgânico no Ensino Não Formal.
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    Área de Ensino em Arquivo: práticas de governo da CAPES - Brasil
    (2024) Ribeiro, Inauã Weirich; Munhoz, Angélica Vier; http://lattes.cnpq.br/4928481211980742; Aquino, Julia Groppa; Costa, Cristiano Bedin da; Giongo, Ieda Maria; Olegário, Fabiane
    Esta tese, que conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES), tomou a Área de Conhecimento em Ensino (ACE) da CAPES como objeto de investigação pelas rédeas da arqueogenealogia foucaultiana. A ACE é vinculada à Grande Área de Conhecimento Multidisciplinar, do Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, criada em 2011. A ACE diferencia-se organizacionalmente da Área de Conhecimento em Educação (ACEdu), vinculada à Grande Área de Conhecimento de Ciências Humanas, do Colégio de Humanidades. Essa diferenciação foi considerada um acontecimento singular no âmbito da formação de pessoal de nível superior, de modo que possibilitou pensar o seguinte problema de pesquisa: de que modo o ensino emerge enquanto prática, estratégia, tecnologia de governo, do Estado brasileiro, a ponto de ser criada uma área em Ensino desvinculada da área de Educação? O problema de investigação levou a problematizar como o ensino é usado para operar o governo dos pesquisadores e da pesquisa educacional no Brasil por meio da CAPES. Com a abordagem arqueogenealógica foucaultiana, os discursos em torno do ensino funcionam como uma zona de problematização, em que “ensino” foi pensado como uma verdade histórica que pode e deve ser investigada. Com os procedimentos de arquivamento, foi possível produzir um recorte arquivístico referente às práticas de governo da CAPES - Brasil, desde a década de 1950, através da série documental Relatórios de Atividades. Por outra via, a arquivização permitiu pensar condições de possibilidade para a emergência da ACE como área Multidisciplinar desvinculada da ACEdu. Os resultados alcançados com a pesquisa apontam que a divisão das áreas de Ensino e de Educação pode ser vista como um efeito das práticas de governo da pós-graduação operadas pela CAPES. Essas práticas se dispersam nos diversos programas e projetos que a CAPES desenvolveu desde seu início: distribuição de bolsas, intercâmbio de professores, formação de professores através do ensino a distância, eventos, publicações, criação de mestrados profissionais etc. A dispersão das práticas de ensino da CAPES evidenciou o seu caráter multidisciplinar, na medida em que a mesma atua em diversas áreas do conhecimento, por meio de uma série de programas e projetos desvinculados da área Educação. Assim, de um lado, tem-se uma área de Educação, com seus problemas próprios, e, de outro, a área de Ensino, voltada para dar conta da formação de professores de outras áreas do conhecimento. Por fim, é possível concluir que a retirada do “Ensino” da área de conhecimento em Educação é um efeito direto do modo como a CAPES vem governando a pós-graduação no Brasil desde seu período de Campanha (1951-1964). Desse modo é possível afirmar que a área de Ensino da CAPES - Brasil provém da área de Ensino de Ciências e Matemática e as condições de possibilidade para a sua emergência existiram na medida em que a CAPES, desde sua criação na década de 1950, desenvolveu práticas e projetos voltados para o ensino de diversas áreas de conhecimento dissociadas da área de Educação.
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    A ABORDAGEM EDUCATIVA DE LORIS MALAGUZZI: POSSIBILIDADES PARA O PROTAGONISMO E O EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA AMÉRICA LATINA
    (2023-11) Gabriel, Aparecida Garcia Pacheco; Martins, Silvana Neumann; Silva, Jacqueline Silva da; http://lattes.cnpq.br/1507345723286610; Forneck , Kári Lúcia; Schneider, Mariângela Costa; Silva, Valdemir José Máximo Omena da
    Esta tese propõe uma reflexão acerca da abordagem educativa de Reggio Emilia/Itália como possibilidade para desenvolver o protagonismo e potencializar o comportamento empreendedor na Educação Infantil, na América Latina. A Educação Infantil, denominada como a primeira etapa da Educação Básica, é constituída por uma geração de crianças e de educadores que são diariamente convocados a protagonizar e a empreender na construção de valores éticos, políticos e estéticos. A partir do entrelaçamento entre as inquietações da pesquisadora com o horizonte vislumbrado para o ensinar e o aprender na Educação Infantil, emergiu o problema de pesquisa que conduziu esta investigação: “Como a abordagem educativa de Loris Malaguzzi vem sendo desenvolvida na prática educativa de quatro professoras, que atuam em escolas de Educação Infantil, na América Latina, a fim de desenvolver o protagonismo infantil e potencializar o comportamento empreendedor das crianças?”. A partir dessa problemática, objetivou-se: 1º) conhecer como as práticas educativas de quatro professoras de escolas de Educação Infantil da América Latina se aproximam da abordagem educativa de Reggio Emilia/Itália; 2º) analisar como ocorre o desenvolvimento do protagonismo infantil nas práticas educativas de quatro professoras de escolas de Educação Infantil da América Latina; 3º) verificar se as práticas educativas de quatro professoras de escolas de Educação Infantil da América Latina potencializam o comportamento empreendedor das crianças; 4º) verificar se a documentação pedagógica está presente nas práticas educativas de quatro professoras de escolas de Educação Infantil da América Latina. E, se estiver presente, averiguar o que evidenciam. Para fins metodológicos, assumiu-se, nesta tese, uma abordagem qualitativa com pressupostos aproximados do estudo de casos múltiplos e da pesquisa documental. Foram envolvidas quatro professoras da América Latina que trabalham na Educação Infantil. Para a produção dos dados, foram utilizadas a análise documental e a entrevista semiestruturada. Dessa forma, os documentos oficiais de três escolas e de um ateliê, os planejamentos, os registros fotográficos, as documentações pedagógicas e as quatro entrevistas compuseram o corpus desta pesquisa. Os dados produzidos foram analisados seguindo-se a técnica de Análise de Conteúdo (Bardin, 2016) e, com base nessa análise, os dados foram categorizados e analisados mediante uma reflexão apoiada em autores como Dolabela (1999; 2002; 2003; 2008); Dornelas (2005; 2007; 2018); Filion (2000); Gandini (2016); Hoyuelos (2020), Malaguzzi (1963; 1980; 1993; 1998; 1999; 2001; 2016; 2017); Martins (2010); Oliveira (2004); Rinaldi (2017); Schneider (2020); Vecchi (2014; 2017; 2020), dentre outros. A partir dessa reflexão, identificou-se que, por meio do protagonismo e do empreendedorismo das professoras no decorrer de suas práticas educativas, é desenvolvido o protagonismo infantil e potencializado o comportamento empreendedor das crianças. Nas análises das documentações dos projetos educativos evidenciou-se a problematização social, investigações no campo social e a participação das crianças, dos professores, das famílias e da comunidade em ações sociais, direcionadas para o coletivo e para a preservação ambiental. Diante desse cenário, compreende-se que o desenvolvimento do protagonismo infantil e a potencialização do comportamento empreendedor das crianças, com aproximações da abordagem reggiana, surge como possibilidade para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea.
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    SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DAS RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
    (2023-11) Cruz, Romildo Pereira Da; Quartieri, Marli Teresinha; http://lattes.cnpq.br/0483754754945290; Giongo, Ieda Maria; Dullius, Maria Madalena; Bulegon, Ana Marli; Bottentuit, João Batista Júnior
    O objetivo dessa pesquisa foi investigar quais características da sequência didática, que considera o uso de variados recursos de ensino, pode favorecer a aquisição e a construção de conhecimentos pelos alunos, viabilizando indícios de aprendizagem significativa das razões trigonométricas no triângulo retângulo. No decurso da investigação participaram 26 alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental da Educação Básica de uma escola privada do município de Lajeado – RS. A investigação foi pautada no desenvolvimento da aprendizagem em situações nas quais foram utilizados variados recursos e estratégias de ensino, a partir da aplicação de uma sequência didática embasada nos pressupostos da Metodologia da Engenharia Didática, preconizados por Artigue (1996), e nos princípios da Teoria da Aprendizagem Significativa, conforme Ausubel (1968, 2000, 2003). A metodologia de investigação se enquadra na abordagem do tipo qualitativa, fundamentada numa experiência de ensino em sala de aula. Os dados emergentes da coleta de dados (testes de conhecimentos (questionários inicial e final), mapas conceituais, observação participativa e entrevista) dos 26 alunos investigados foram analisados à Luz da Análise Textual Discursiva. Os resultados da pesquisa nos permitem concluir que os conhecimentos prévios dos alunos influenciaram significativamente no desenvolvimento da sequência didática, tornando-a potencialmente significativa. Os resultados também contribuíram para uma nova postura na ação pedagógica do investigador. As atividades norteadas por situações-problema do cotidiano facilitaram a identificação dos princípios de diferenciação progressiva e de reconciliação integradora. Analisando os resultados emergentes, inferimos, ainda, que as características da sequência didática que facilitaram os processos de diferenciação e de reconciliação pelos alunos em relação ao conteúdo estudado, têm origem e está fundamentada em princípios, como: o uso e o manuseio de material concreto; o uso de recursos; informáticos; a utilização de estratégias de ensino diversas; a proposição de situações-problema; a participação e protagonismo dos alunos.
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    Por um ensino produtivo de Língua Portuguesa a partir do cenário normativo brasileiro: o percurso formativo de licenciandos em Letras e a construção de seus conhecimentos sobre a interface ensino e norma linguística
    (2022-12) Zanatta, Flávia; Forneck, Kári Lúcia; http://lattes.cnpq.br/1363740115770957; Porsche, Sandra Cristina; Eckert, Kleber; Martins, Silvana Neumann; Schuck, Rogério José
    O ensino de Língua Portuguesa (LP) a brasileiros vem enfrentando dificuldades para avançar em direção à superação do viés prescritivista ainda dominante nas aulas de português. Uma dessas dificuldades decorre da existência de um claro e explícito distanciamento entre a norma-padrão e a realidade linguística do Brasil, situação que me levou à proposição de uma perspectiva investigativa de abordagem da LP. Trata-se do ensino produtivo de LP a partir do cenário normativo brasileiro, que se pauta na configuração da realidade sociolinguística brasileira para promover a qualificação da competência comunicativa dos alunos da educação básica. Este estudo, então, parte da premissa de que os futuros professores de LP somente terão condições de implementar essa nova dinâmica de ensino se tiverem clareza sobre a configuração do cenário normativo brasileiro, bem como sobre questões teórico-conceituais circunscritas ao fenômeno da norma linguística, e assume que o percurso formativo inicial precisa garantir aos licenciandos em Letras as condições para transformar seus conhecimentos teórico-conceituais em procedimentos didático-metodológicos. Diante disso, busco, através desta pesquisa qualitativa de natureza exploratória e descritiva, compreender de que modo o percurso formativo de licenciandos em Letras em final de curso se relaciona com a construção dos seus conhecimentos sobre a interface ensino produtivo de LP e norma linguística. Para atingir esse objetivo geral, trato de (i) analisar o percurso formativo de seis estudantes concluintes do curso de licenciatura em Letras do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul) - Campus Osório com base em suas ponderações sobre questões atinentes à interface ensino e norma linguística, (ii) abordar questões relacionadas ao fenômeno da norma linguística e ao ensino de LP no Brasil e (iii) indicar caminhos para uma formação docente inicial que dê ao futuro professor de LP condições de orientar suas práticas para um ensino produtivo de LP a partir do cenário normativo brasileiro. Os resultados emergentes da análise e interpretação dos dados conduziram às seguintes constatações: (i) as experiências em âmbito pessoal, mais do que o percurso acadêmico comum aos licenciandos, parecem ser as responsáveis pelos conhecimentos sobre ensino produtivo e norma linguística dos futuros professores de LP; (ii) as questões relativas à norma linguística parecem estar sendo exploradas em um momento da formação em que o futuro professor de LP ainda não tem subsídios para um entendimento profundo e, principalmente, para estabelecer as conexões com o ensino de português; (iii) a abordagem de questões relativas aos temas da norma e da variação linguística ocorre em vários momentos ao longo do curso, porém não em interface com o ensino, o que interfere na implementação do ensino produtivo de LP a partir do cenário normativo brasileiro; (iv) a persistência de uma lógica binária subjacente à ideia de articulação entre teoria e prática tem atravancado avanços na concretização de uma formação inicial que possibilite a construção do conhecimento profissional docente; e (v) a falta de materiais didáticos para trabalhar com norma e variação em sala de aula se configura como um empecilho para a materialização do ensino produtivo de LP a partir do cenário normativo brasileiro. Tais constatações, por sua vez, suscitaram a proposição de encaminhamentos com vistas a impulsionar nos cursos de licenciatura em Letras (i) um tratamento mais aprofundado do fenômeno da norma linguística e do cenário normativo brasileiro, (ii) uma intensificação da abordagem de questões relativas à norma linguística em interface com o ensino produtivo de LP e (iii) a difusão da ideia de que a construção do conhecimento profissional docente se dá na perspectiva de um continuum, de acordo com o qual essa construção ora pode enfatizar os conhecimentos didático-pedagógicos, ora os conhecimentos teórico-conceituais, mas sem perder de vista que eles estão imbricados. Sendo assim, julgo que as constatações e proposições resultantes desta pesquisa podem agregar às discussões e aos encaminhamentos sobre a formação inicial dos futuros professores de LP.