Navegar
Submissões Recentes
- ItemAcesso AbertoUm inventário arquivístico do Ciclo do Marabaixo: vestígios de resistência da cultura afro-amapaense(2025-02-26) Almeida, Cláudia Patrícia Nunes; Olegário, Fabiane; Munhoz, Angélica Vier; http://lattes.cnpq.br/4928481211980742; Horn, Cláudia Inês; Nodari, Karen Elisabete Rosa; Feldens, DInamara Garcia; Costa, Gilcilene Dias daEsta pesquisa é decorrente da investigação de doutorado, realizada no Programa de Pós-graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari - Univates/RS/BR, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES). A pesquisa toma como objeto de estudo os arquivos do Ciclo do Marabaixo - movimento cultural afro-amapaense com ritos religiosos e profanos, em honra ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, organizado pelos descendentes africanos residentes no Estado do Amapá. Dessa forma, a pesquisa apresenta a seguinte problemática: de que modo a produção e reapropriação de arquivos dos saberes do Ciclo do Marabaixo poderia colaborar para práticas curriculares do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal do Amapá - Campus Santana, no que tange à valorização, preservação e reconhecimento da cultura afro-amapaense? A investigação toma como procedimento metodológico o arquivo, a partir de Michel Foucault, o qual se caracteriza como um conjunto de regras que permite o aparecimento, a ativação e o apagamento de discursos, cujos ecos prolongam-se até o presente. Inicialmente foi realizado o levantamento e o arquivamento de teses e dissertações da CAPES, que tratavam do tema do Ciclo do Marabaixo, visando verificar se tais pesquisas retratavam a possibilidade de integração do tema ao currículo. O segundo procedimento consistiu em promover uma roda de conversa a respeito dos saberes culturais do Ciclo do Marabaixo e suas relações com a cultura amazônica, para professores do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal do Amapá - Campus Santana, e uma exposição visual sobre o Ciclo do Marabaixo, com vistas a provocar uma reflexão sobre a potência desse arquivo para o campo curricular. O terceiro procedimento consistiu em arquivar e arquivizar, por meio de montagens e remontagens, o acervo de fotos, imagens e escritos acerca das memórias do Ciclo do Marabaixo, constituindo um novo arquivo. O gênero carta foi escolhido como procedimento de escrita da tese, pois esse gênero também possui um caráter arquivista. Acredita-se que esta (re)criação e (re)atualização do arquivo dos saberes culturais do Ciclo do Marabaixo poderá dar visibilidade ao mesmo junto aos professores e por fim engendrar a importância dessa cultura nas práticas curriculares do Instituto Federal do Amapá.
- ItemAcesso AbertoUma análise do percurso acadêmico de estudantes indígenas no curso de Bacharelado em Engenharia Civil na UFOPA campus Itaituba/PA(2024-12-12) Muller, Fabiano Hector Lira; Del Pino, José Cláudio; http://lattes.cnpq.br/2152799270731771; Quartieri, Marli Teresinha; Oliveira, Eniz Conceição; Carvalho, Ednéa do Nascimento; Loguercio, Rochele de QuadrosO ingresso de estudantes indígenas nas universidades públicas pode ser considerada uma das maiores conquistas dos movimentos indígenas no Brasil, no entanto, isso ainda representa um desafio para todos os sujeitos envolvidos nesse processo, principalmente para o próprio acadêmico que precisa se adaptar à realidade universitária. Trazendo para a realidade do Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) no município de Itaituba/PA, essa relação entre os estudantes indígenas e os colegas não indígenas e o contato e as experiências com os Docentes do curso de Bacharelado em Engenharia Civil, motivou a realização deste estudo que tem como problema de pesquisa: Como se desenvolve o percurso de formação acadêmica dos estudantes indígenas do curso de Bacharelado em Engenharia Civil ofertado pela UFOPA no município de Itaituba/PA? Para responder a tal questionamento estabeleceu-se como objetivo da pesquisa: Analisar o percurso de formação acadêmica dos estudantes indígenas do curso de Bacharelado em Engenharia Civil ofertado pela UFOPA no Campus do município de Itaituba/PA. Como aporte teórico foram utilizados estudos de autores como: Ames (2019), Brasil (2012), Carneiro, Colares e Sousa (2021), Dias (2021), Munduruku (2012), Pereira (2017), Soares, Colares e Ferreira (2021), entre outros. Para fins metodológicos, essa pesquisa caracteriza-se como descritiva com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 05 (cinco) Estudantes Indígenas que ingressaram entre os anos de 2018 a 2022 e também 07 (sete) Docentes que atuaram dois ou mais períodos letivos presencialmente no curso de Bacharelado em Engenharia Civil no momento da realização da pesquisa. Para a análise das informações coletadas em campo, optou-se pela Análise de Conteúdo (AC) proposta por Bardin (2011) que foi dividida em seis categorias de análise. Na Dimensão Acadêmica, três aspectos foram abordados: a) Experiências anteriores ao ingresso na Universidade; b) Experiências durante o percurso acadêmico e; c) Possíveis mudanças. Na Dimensão Docente, os aspectos analisados foram: d) Concepções anteriores sobre os estudantes indígenas; e) Relações estabelecidas com os estudantes indígenas e; f) Experiência docente com os estudantes indígenas. Ao finalizar a pesquisa é possível afirmar que os primeiros semestres são os mais críticos para os estudantes indígenas do Campus da UFOPA em Itaituba/PA e que as políticas de ações afirmativas existentes ainda são insuficientes para atender às necessidades e garantir a permanência durante o seu percurso acadêmico. Além do mais, o Campus por ter pouca representatividade de estudantes indígenas, favorece a ideia de que o indígena precisa se adaptar ao percurso acadêmico ocidental estabelecido e adotado pelos Docentes que não estão preparados suficientemente para assumir outras perspectivas pedagógicas e metodológicas no sentido de contemplar o processo mais adequado para os estudantes indígenas da UFOPA no município de Itaituba/PA.
- ItemAcesso AbertoDesbloqueios: gamificando o ensino de Educação Física Escolar(2024-12-11) Fernandes, Marcela de Melo; Strohschoen , Andreia Aparecida Guimarães; http://lattes.cnpq.br/7057275599591162; Martins, Silvana Neumann; Neuenfeldt, Derli Juliano; Carvalho, Lilian Amaral de; Espíndola, Hellem da SilvaA presente Tese é resultado de uma pesquisa realizada em uma escola pública localizada no município de Bambuí, no estado de Minas Gerais. Este trabalho teve por objetivo investigar como as atividades gamificadas nas aulas de Educação Física do Ensino Técnico Integrado podem potencializar o ensino nesta unidade curricular. A gamificação é um tipo de metodologia ativa que envolve a aplicação dos elementos dos jogos, como as mecânicas, as dinâmicas e os componentes, em contextos não relacionados a jogos, a fim de aumentar o engajamento e a motivação. Esse modelo de ensino tira o aluno da passividade durante as aulas, fazendo com que ele seja o próprio construtor de seu conhecimento. Participaram da pesquisa 35 alunos do 1º ano do Ensino Técnico em Biotecnologia integrado ao Ensino Médio. A pesquisa propôs responder ao seguinte problema: “Como a gamificação pode potencializar o ensino de Educação Física Escolar no Ensino Técnico Integrado?” e buscou defender a tese: “A implementação dos elementos da gamificação (dinâmicas, mecânicas e componentes) como estratégia de ensino pode potencializar o ensino de Educação de Física no Ensino Técnico Integrado”. A metodologia utilizada para a realização desta Tese foi baseada em um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, sendo um estudo de caso. Aproximando-se de uma pesquisa-ação, foi utilizado, como ferramenta de registro, o diário de bordo e, como técnica de análise de dados, a Análise de Conteúdo (Bardin, 2016). Verificou-se que a utilização do ensino gamificado nas aulas de Educação Física tornou-as atraente, resultando em um maior engajamento. A partir disso, os alunos obtiveram excelentes notas acadêmicas e maior motivação. Além disso, foram assíduos e pontuais nas aulas. Como fragilidade, notou-se dificuldade por parte dos alunos em executar atividades avaliativas nos aplicativos digitais, diminuindo seus desempenhos nestas atividades. Outra fragilidade encontrada foi a situação de correlação entre o engajamento e a motivação extrínseca na maioria das atividades (o engajamento ocorreu pelas recompensas em cumprir as missões e não em aprender e/ou gostar do conteúdo). Desta forma, observou-se que a utilização da gamificação no ensino de Educação Física promoveu o envolvimento dos alunos, diminuiu o abandono escolar, aumentando a produtividade e a retenção da aprendizagem.
- ItemAcesso AbertoMetodologias ativas de ensino no curso de graduação em Enfermagem: contribuições para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais(2024-11-06) Corrêa, Claudelí Mistura; Martins, Silvana Neumann; http://lattes.cnpq.br/2749281099973222; Forneck, Kári Lúcia; Silva, Jacqueline Silva da; Moreschi, Claudete; Lira, Margaret Olinda de Souza Carvalho eO objetivo geral desta pesquisa é investigar como as práticas pedagógicas, norteadas por metodologias ativas de ensino, podem contribuir no desenvolvimento de habilidades socioemocionais na formação inicial do enfermeiro em uma instituição de ensino superior (IES) comunitária. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva e documental, configurando-se como um Estudo de Caso Único. A área do estudo contempla uma IES que faz parte do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas. Participaram do estudo sete professoras do curso de Graduação em Enfermagem da IES; e sete alunos egressos da última turma de formandos do referido curso, totalizando em 14 participantes. A produção dos dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada com questões abertas, pelos Projetos Pedagógicos do Curso em andamento e pelo Gráfico das Emoções. A organização da análise dos dados ocorreu por meio da técnica da Análise de Conteúdo e a análise descritiva foi embasada nos referenciais teóricos de relevância da área da pesquisa e na aproximação do Método RULER. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o Parecer n. 5.917.134. Da análise dos dados, emergiram 10 categorias, sendo cinco relativas às participantes professoras: Categoria 1 – A transição curricular e o processo de implantação e implementação das metodologias ativas de ensino na IES e no curso de Graduação em Enfermagem; Categoria 2 – O repensar sobre o fazer na docência com as metodologias ativas: contribuições para a inovação no ensino superior da Enfermagem; Categoria 3 – As habilidades pedagógicas desenvolvidas pelas professoras para utilizar as metodologias ativas de ensino; Categoria 4 – Repensando as práticas pedagógicas e os desafios enfrentados pelas professoras: como ensinar para a geração de estudantes universitários na atualidade?; e Categoria 5 – “É um desafio para o professor, mas muito mais para o estudante”: como aprender e ensinar sobre as metodologias ativas e as habilidades socioemocionais? E as outras cinco categorias, relativas aos participantes egressos: Categoria 1 – A representatividade das metodologias ativas de ensino e o processo de aprendizagem; Categoria 2 – O papel da coordenação e das professoras do curso de Enfermagem frente à transição curricular: percepção dos egressos; Categoria 3 – As potencialidades e as fragilidades das metodologias ativas de ensino e sua importância para a atuação profissional na Enfermagem; Categoria 4 – “Eu lembro...”: retrospectivas dos egressos sobre as aulas mais significativas na trajetória do curso de Enfermagem; e Categoria 5 – “Ainda faltam essas questões sentimentais”: as contribuições das metodologias ativas de ensino no desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Consideram-se imprescindíveis os bons relacionamentos interpessoais entre a tríade coordenação-professores-estudantes no contexto socioeducacional. Percebe-se a utilização de metodologias ativas de ensino como prática pedagógica inovadora no ensino superior da Enfermagem; e a gestão das emoções, para que os estudantes aprendam a equilibrá-las de maneira mais adequada diante da atuação profissional. Dessa forma, tornando-se a chave-mestra para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, na formação inicial do enfermeiro, o caminho da inovação das práticas pedagógicas trilhado pelos sete princípios das metodologias ativas de ensino.
- ItemAcesso AbertoEnsino de números racionais por meio de uma sequência de atividades envolvendo conversões semióticas com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental(2024-10-17) Graça, Vagner Viana da; Quartieri, Marli Teresinha; Strohschoen, Andreia Aparecida Guimarães; https://lattes.cnpq.br/7057275599591162; Giongo, Ieda Maria; Rehfeldt, Márcia Jussara Hepp; Pironel, Márcio; Kuhn , Malcus CassianoNesta tese problematizamos a elaboração e o desenvolvimento de uma sequência didática para o Ensino do conceito de Números Racionais, por meio dos seus diferentes registros semióticos. Foi direcionada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental. Com isso em vista, a presente pesquisa foi desenvolvida em uma escola pública no bairro do Guamá, em Belém/PA. Objetivou-se analisar como atividades de conversão semiótica potencializam o ensino de Números Racionais no 6º ano do Ensino Fundamental. Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, a partir dos seguintes instrumentos: 1) escritos dos alunos nos seus próprios cadernos; 2) escritos dos alunos no quadro de sala de aula; 3) escritos dos alunos nas folhas específicas de determinadas atividades; e, 4) anotações no diário de classe de falas dos alunos durante algum processo de conversão semiótica. Em fundamento a este estudo, destaca-se que os registros semióticos são importantes não somente por constituírem um sistema de comunicação, mas por possibilitarem a organização de informações a respeito do objeto representado, sendo o ensino por meio de atividades de conversão semiótica um auxiliar para a compreensão dos Números Racionais na forma de fração e de número decimal. Na presente tese, observou-se que o desenvolvimento de atividades de conversões semióticas potencializa o ensino de Números Racionais. As atividades implementadas na sequência didática promoveram a discussão acerca dos significados das representações utilizadas pelos alunos, bem como sobre os significados dos diferentes registros semióticos, melhorando a escrita matemática dos alunos. Os alunos do 6º ano apresentaram dificuldades em justificar suas conclusões matemáticas ao trabalharem com diferentes registros de forma isolada, o que limitou a compreensão dos conceitos. As atividades propostas, ao estimular a apresentação de justificativas, melhoraram a capacidade dos alunos de elaborar argumentos escritos com base nas transformações semióticas. Neste sentido, o aluno teve papel de protagonista em efetivar argumentações matemáticas, fomentando interesse para o fazer matemático. Diante disso, a pesquisa demonstrou que o uso de conversões semióticas promove uma compreensão mais profunda do conceito de Números Racionais, facilitando a resolução de problemas matemáticos e a associação entre diferentes representações no cotidiano dos alunos.