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    Desenvolvimento de Ludwigia Peruviana em solo contendo níquel
    (2025-03-19) Pereira, Cristiano de Aguiar; Hoehne, Lucélia; http://lattes.cnpq.br/1088266827926373; Johann, Liana; Borsoi, Cleide; Steffens, Juliana
    Os solos estão cada vez mais sendo contaminados por metais pesados (HM), esta contaminação pode ocorrer de forma natural ou antropogênica. As principais fontes antropogênicas são a indústria, o petróleo e os agroquímicos. Os HM no solo causam problemas para a sociedade, desde a diminuição da produção agrícola, contaminação das águas e dos alimentos, além de provocar doenças respiratórias, cardíacas, digestivas e câncer. Para a remoção destes poluentes existem diversas técnicas que utilizam princípios físicos, químicos e biológicos. Dentre esses, a biorremediação tem ganhado mais adeptos e estudos nos últimos anos, pois utilizam bactérias, fungos ou plantas para essa descontaminação, diminuindo custos e sendo mais sustentável. Além disso, existem plantas que podem ser tolerantes em meio contendo HM. A Ludwigia peruviana (L.) H.Hara (Onagraceae) é uma planta nativa de áreas alagadiças da América do Sul e Caribenha, a qual se mostra com um ótimo potencial fitorremediador para fósforo e nitrogênio. Logo, este trabalho tem como objetivo avaliar o potencial desta planta como bioindicadora ou fitorremediadora de um solo contaminado por Ni da região do Vale do Taquari, RS. Para isto, a planta foi cultivada em solos contendo Ni. Foram avaliados parâmetros tais como: Tamanho do broto maior, número de broto, teor clorofila, massa seca, desenvolvimento radicular, número de flor e quantidade bioacumulada Ni. E como resultado L. peruviana mostrou baixa eficiência na absorção de Ni, acumulando apenas pequenas quantidades nas raízes em tratamentos com menor contaminação de Ni. Além disso, observou-se que o excesso de Ni reduziu o crescimento, a brotação, o teor de clorofila, a massa seca total, o tamanho de raiz e o desenvolvimento reprodutivo da planta. Conclui-se que a L. peruviana não é uma planta indicada para fitorremediação de áreas contaminadas com o Ni. Contudo, essa espécie pode ser utilizada como bioindicadora e em programas de revegetação de áreas degradadas, dado o seu bom desenvolvimento em solos compactados e pobres em nutrientes.
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    Impactos da infestação de Tetranychus ludeni (Tetranychidae) no metabolismo redox de plantas de soja (Glycine max: Fabaceae)
    (2025-03-10) Wurlitzer, Wesley Borges; Schneider, Julia Renata; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893; Hoehne, Lucélia; Daloso, Danilo de Menezes; Ramos, Humberto Josué de Oliveira
    Infestações de Tetranychus ludeni Zacher (Tetranychidae) têm sido frequentemente observadas em lavouras de soja [Glycine max (L.) Merrill: Fabaceae], tornando crucial o entendimento da homeostase redox para avaliar os níveis de estresse e/ou tolerância destas plantas. No primeiro experimento, foi avaliada a influência da infestação no metabolismo redox e nos pigmentos fotossintéticos, em dois genótipos de soja (Monsoy e Brasmax) e em diferentes tempos de infestação, aos 14 e 24 dias. De forma inesperada, na região apical, a infestação induziu aumento da atividade de ascorbato peroxidase e catalase, que reduziram os níveis de peróxido de hidrogênio, superóxido e peroxidação lipídica, especialmente em Monsoy. Na região basal, folhas senescentes de Brasmax após 24 dias mostraram baixo teor de clorofila, coloração amarelada, acúmulo de espécies reativas de oxigênio e perda de integridade de membrana. No segundo experimento, foi estudado o time-course do metabolismo redox, em intervalos curtos de tempo de plantas infestadas. Uma explosão oxidativa nos primeiros 20 minutos foi detectada, seguida por um declínio nas atividades antioxidantes até seis horas. Após 48 horas, os indicadores redox ainda foram alterados, mas em níveis não indicativos de estresse severo. Os estudos concluíram que infestações de T. ludeni em plantas de soja, resulta em um estresse oxidativo moderado, e uma resposta oxidativa modular dependente do genótipo. Além disso, a oscilação da homeostase redox se mostrou um marcador promissor para a seleção de genótipos mais tolerantes.
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    Expressão do gene ESR1 em tumores de mama canino
    (2023-12-19) Götze, Daniela Markus; Contini, Veronica; Bustamante Filho, Ivan Cunha; http://lattes.cnpq.br/5447836974424243; Fernandes, Cristina Gewehr; Majolo, Fernanda; Luz, Marcelo Rezende
    O câncer é a causa mais comum de morte em cães em todo o mundo, sendo que os tumores mamários constituem a neoplasia mais frequente em fêmeas caninas. Esses tumores são caracterizados por uma apresentação clínica, comportamento biológico e características morfológicas e moleculares variáveis. Dentre os fatores envolvidos em sua patogênese está a exposição ao estrógeno e a ação de seu receptor. O receptor de estrógeno-α (REα) é uma proteína, codificada pelo gene ESR1, amplamente utilizada como marcador molecular de prognóstico para o câncer de mama em mulheres, porém na cadela ainda é pouco utilizado. Neste trabalho, foi avaliada a expressão do gene ESR1 por qPCR em amostras de mama normal, lesões epiteliais não neoplásicas, tumores mamários benignos e malignos. Além disso, fez-se acompanhamento desses animais por um período de 2 anos, avaliando a sobrevida global e a sobrevida livre de doença. Neste estudo foram utilizadas biópsias de 21 cadelas com tumores mamários. No estudo histopatológico foram identificadas 90 lesões, sendo 19 lesões epiteliais não neoplásicas, 2 tumores benignos e 69 tumores malignos. Foi encontrado um maior número de lesões em animais com mais idade (p<0,05). Animais castrados juntamente com a mastectomia apresentaram uma sobrevida maior do que animais inteiros (p<0,05). Observou-se uma menor expressão do gene ESR1 (p < 0,05) nos tumores malignos em relação às mamas normais, lesões epiteliais não neoplásicas e aos tumores benignos. Além disso, verificou-se uma maior expressão em carcinomas de bom prognóstico comparado aos carcinomas do tipo especial (p<0,05). Sendo assim, sugere-se a utilização do gene ESR1 como biomarcador de bom prognóstico em cadelas com lesões mamárias.
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    Screening de pequenas moléculas potenciais inibidoras da p38δ MAPK como estratégia para a busca de um novo tratamento para câncer de mama
    (2020-09) Anton, Débora Bublitz; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo; Goettert, Márcia Inês; http://lattes.cnpq.br/5742493416858879; Bustamante Filho, Ivan Cunha; Ducati, Rodrigo Gay; Morrone, Fernanda Bueno
    O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres e a principal causa de morte relacionada ao câncer nas mulheres do mundo todo. Os principais tratamentos para essa doença, como a quimioterapia, radioterapia e cirurgia, podem apresentar diversos efeitos colaterais e não serem eficazes em estágios avançados da doença quando existem altas chances de metástase. Pequenas moléculas que atuam em alvos específicos de vias de sinalização que podem estar desreguladas no câncer como, por exemplo, a via p38 MAPK, estão sendo estudadas para a terapêutica antineoplásica e são alvos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos mais seletivos. Visto que no câncer de mama o aumento da expressão da isoforma p38δ está relacionado com progressão do tumor e metástases, e visando a carência de inibidores específicos de p38δ, este estudo teve como primeiro objetivo identificar, por meio de um screening virtual, pequenas moléculas com potencial de inibir p38δ. Posteriormente, o objetivo foi avaliar o potencial antitumoral da molécula selecionada na linhagem de adenocarcinoma de mama humano MCF-7. As estruturas 3D da p38δ na sua forma ativa (DFG-in) e inativa (DFG-out) foram selecionadas do banco de dados PDB. Candidatos a ligantes foram selecionados após revisão na literatura e suas estruturas foram obtidas do banco de dados PubChem. O screening virtual indicou a Hipericina como a molécula de maior afinidade pela p38δ ativa, sendo assim, um candidato a inibidor da enzima p38δ. A viabilidade e proliferação de células MCF-7 foram determinadas após diferentes tratamentos com Hipericina por 24, 48 e 72 horas, através do ensaio de MTT e clonogênico, respectivamente. Entretanto, nesses ensaios a Hipericina não demonstrou ter atividade antitumoral na MCF-7. Visto que a Hipericina não apresentou a citotoxicidade esperada, a molécula PIT97 foi escolhida para ser estudada quanto ao seu potencial antitumoral in vitro e como uma possível molécula candidata ao tratamento do câncer de mama. As linhagens MCF-7 e de macrófagos murino RAW 264.7 foram tratadas com diferentes concentrações do PIT97 e a viabilidade celular foi avaliada após 48 e 72 horas, através do ensaio de MTT. A proliferação de células MCF-7 tratadas com PIT97 por 72 horas foi avaliada pelo ensaio clonogênico. Os resultados obtidos demonstraram redução da viabilidade da MCF-7 após o tratamento com o PIT97 por 48 e 72 horas, enquanto que na linhagem RAW 264.7 baixas concentrações da molécula (0,1 μM e 0,01 μM) não foram tóxicas. Além disso, foi demonstrado que o PIT97 não só atua a curto prazo na linhagem MCF-7, mas continua tendo efeitos citotóxicos a longo prazo. Desta forma, a molécula PIT97 possui potencial como molécula candidata e como alternativa terapêutica mais seletiva para o câncer de mama. Consequentemente, estudos serão realizados visando elucidar e compreender o mecanismo pelo qual a molécula exerce seu efeito.
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    Identificação e caracterização de microrganismos visando maior eficiência na produção de biogás
    (2020-02) Marder, Munique; Konrad, Odorico; Granada, Camille Eichelberger; http://lattes.cnpq.br/1836592557536308; Heidrich, Daiane; Bucker, Francielle; Colla, Luciane Maria
    Os setores agrícolas e agroindustriais geram resíduos ricos em matéria orgânica, principalmente os dejetos animais. Estes, por sua vez, podem ser degradados por processos biológicos e aproveitados como biomassas na geração de bioenergia em sistemas de digestão anaeróbia. O uso de co-digestão pode otimizar a produção de biogás e metano e, ao final do processo, sevir como inoculante na iniciação dos processos de digestão anaeróbia. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi desenvolver, caracterizar e avaliar a eficiência de inoculantes, utilizando co-digestão anaeróbica de diferentes resíduos do agronegócio como biomassa em temperatura controlada e ambiente, e formular um inoculante com uma mistura de microrganismos isolados visando otimizar a produção de biogás e metano. Para isto, foram preparados quatro inoculantes (constituídos de dejeto suíno, aves e bovino), que foram incubados anaerobicamente por 72 dias e aclimatados em temperatura controlada (35o C) e ambiente (28 ± 3,5° C). Um inoculante, em cada temperatura, foi alimentado com uma mistura de celulose microcristalina, gelatina, latose e resíduo de óleo de cozinha. Ao final, a identificação da comunidade microbiana mostrou que os inoculantes apresentaram diferenças importantes entre as duas temperaturas avaliadas, Bacteroidetes foi o filo mais representativo em inoculantes a 28° C e Firmicutes a 35° C, e destaca-se que o uso dos inoculantes (alimentado e não alimentado) melhora o rendimento da produção de biogás e metano 28 °C, atingindo valores semelhantes na faixa ideal de temperatura (35° C). O isolamento de 10 microrganismos anaeróbicos facultativos dos inoculantes mostrou que eles pertencem ao filo Firmicutes, famílias Paenibacillaceae e Bacillaceae. A adição desta mistura de microrganismos não melhorou a produção de biogás nas diferentes temperaturas, no entanto, mais testes serão necessários para avaliar o potencial destes microrganismos. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que o uso de inoculantes em sistemas de digestão anaeróbica melhora a eficiência da produção de biogás e metano em temperaturas inferiores (28 °C ±3,5) a considerada ideal (35 oC), o que pode permitir o uso desse tipo de produção de energia nas regiões que apresentam temperaturas ligeiramente mais baixas.