Ambiente e Desenvolvimento

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Com as linhas de pesquisa Ecologia, Espaço e Problemas Socioambientais e Tecologia e Ambiente, o Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES pretende promover visão integrada e crítica da questão ambiental, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas, por meio do desenvolvimento e aplicação de tecnologias e metodologias voltadas à solução de problemas regionais ligados à área ambiental.


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    Formação ecosófica de educadores das infâncias: cartografias de reencontros com sementes criança
    (2024) Nunes, Patricia de Araujo; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Tiriba, Léa; Proença, Maria Alice; Marques, Rodrigo Müller
    A complexidade da formação dos educadores das infâncias é um aspecto fundamental para impulsionar - ou aprisionar - a vida nas escolas. Educadores implicados com suas subjetividades, com tempo e espaço para construir uma relação de afeto consigo mesmos, podem ter melhores condições de alcançar todas as linguagens das crianças. Contudo, em contextos de aceleração e homogeneização coletivos, que desconsideram as potencialidades das infâncias, os profissionais seguem sem a oportunidade de se conectar com sua natureza sensível para acolher as infâncias nas escolas e em si. Essa ruptura com a dimensão subjetiva do ser humano, de acordo com a perspectiva guattariana, está associada à fragmentação das três ecologias - subjetiva, social e ambiental, o que impulsiona a crise das relações e, no âmbito planetário, contribui para o colapso climático. Como possibilidade para favorecer a construção de relações mais sensíveis e respeitosas na escola, para que reverbere no plano macropolítico, investigamos um processo formativo que se dedica à integração das dimensões física, emocional, intelectual, cultural, natural e social. Destacamos dentre os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), a meta de assegurar a todas as meninas e meninos o desenvolvimento integral na primeira infância, acesso a cuidados e à educação infantil de qualidade, que está em destaque no Objetivo 4 do documento. O objetivo desta pesquisa é investigar, por meio da cartografia, a integração entre a formação de educadoras das infâncias, a perspectiva ecosófica e o reencontro com sua semente criança. A pesquisa é qualitativa, de cunho bibliográfico e de campo. Para tanto, iniciamos com a Jornada Ecoar, processo de formação de educadores, seguimos com a observação no chão de uma escola pública de educação infantil e colhemos alguns dados relevantes sobre como estão distantes as práticas das educadoras com as crianças em relação aos seus desejos e intenções subjetivas. Na continuidade da pesquisa, aprofundamos os estudos bibliográficos, ao mesmo tempo que convidamos as educadoras para a escrita de suas histórias de vida e, na sequência, para uma entrevista individual acerca de sua narrativa. O método cartográfico inspira os registros e elaborações reflexivas ao longo do texto. Quanto à repercussão da formação da Jornada Ecoar no espaço de encontro entre educadoras e crianças, considerando-se as três dimensões da ecosofia, evidenciamos que mesmo que linda e sensível como está desenhada, pode ser instrumento para mais autoria de cada grupo de educadores, a partir das histórias de vida de cada um e pode abrir espaço e tempo para fazer emergir linhas de fuga, formas de resistir à pressão. Sobre ser educadora a partir das conexões com a sua semente criança, compreendemos que nem sempre esse encontro é prazeroso, e como é importante reconhecer as tantas emoções que compõem cada educadora, incluindo essa diversidade nos processos formativos. A busca pelo aprofundamento das relações entre a educadora- criança e a criança-estudante demonstrou que sem sentir sua voz de educadora ouvida, fica mais difícil o exercício da escuta sensível e empática para com sua semente criança e, consequentemente, para com os estudantes na escola. Enquanto não encontram no âmbito profissional espaço para pensar e refletir sobre sua prática, as educadoras seguem na missão quase mecânica de “controlar as crianças”. Enfim, neste estudo, compreendemos que a ecosofia contribui para a reinvenção da formação de educadores das infâncias por fazer emergir outras formas de interação dos sujeitos entre si e com o ambiente, apresentando outros caminhos para criação de novos territórios existenciais, integram multidimensionalidades, valorizando as relações consigo, com outros humanos e não humanos e contribuindo com um olhar mais cuidadoso e sensível para interação educador-aluno. Uma metodologia ecosófica amplia a compreensão do mundo como um lugar a ser protegido e pode, nesse sentido, conceber cada criança como um pequeno santuário.
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    Construção de limites de nível local aplicados aos municípios Amazônicos baseados no conceito de fronteiras planetárias: ensaio em Manaus/AM
    (2024-11-13) Soria, Luiz Juarez Loiola; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Machado, Neli Teresinha Galarce; Silva, Wanderson Carvalho da; Oliveira, Ricardo Bezerra de
    Há evidências crescentes de que as ações humanas estão impactando o funcionamento do Sistema Terra em um grau que afeta a sua resiliência. Dessa forma, necessita-se um paradigma que integre o contínuo desenvolvimento das sociedades e a manutenção do Sistema Terra em um estado resiliente e adaptativo. O conceito de Fronteiras Planetárias visa definir os limites ambientais dentro dos quais a humanidade pode operar com segurança. Construir limites de nível local para um município, conhecer seu espaço operacional seguro e servir de diagnóstico ambiental para promoção de políticas públicas de desenvolvimento local baseado no conceito preposto, apresenta-se como problematização nesta pesquisa. Ao identificar um espaço operacional seguro, a referida estrutura pode dar contribuição valiosa para tomadores de decisão no mapeamento de rumos desejáveis para seu desenvolvimento. As bases para a prosperidade das diversas sociedades humanas não devem estar exclusivamente no crescimento econômico, uma vez que esse limita se, em sua última instância, aos limites biofísicos do nosso planeta. As avaliações de impactos em ecossistemas e sua resiliência são condições para elaborar e implementar políticas de desenvolvimento sustentável e, mesmo que haja incertezas que dificultam as análises, é preciso construir referenciais que elucidem limites seguros de até onde as atividades econômicas podem avançar. Esta pesquisa objetiva construir limites locais para um município amazônico, conhecer seu espaço operacional seguro e os impactos circunstanciais, a fim de produzir ferramenta de diagnóstico ambiental conducente de políticas públicas de desenvolvimento local e sustentável baseado no conceito de Fronteiras Planetárias. Para isso, vislumbra-se ensaio em um município no bioma Amazônia, tendo em vista seu papel crucial na regulação do clima, sua extrema importância para a humanidade, para as Fronteiras Planetárias e para a resiliência do planeta Terra.
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    O trabalho feminino e o bem viver a partir de relatos do cotidiano de mulheres trabalhadoras no município de Lajeado/ RS
    (2024) Nascimento, Juliana Baiocco; Pinheiro, Fernanda Storck; http://lattes.cnpq.br/2051002287550023; Hatge, Morgana Domenica; Mazzarino, Jane Márcia; Rogerio, Marcele Scapin
    O tema da igualdade de gênero tem estado cada vez mais em evidência, como uma das formas de se pensar uma sociedade mais justa, igualitária e desenvolvida. Trata-se, inclusive, de um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, que busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, reconhecendo e valorizando o trabalho doméstico não remunerado, bem como promovendo a responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família (ODS 5). Ao mesmo tempo em que se trata de um tema global, os desafios para alcançar este objetivo se diferenciam de acordo com o contexto local e cultural das sociedades. O objetivo desta pesquisa é compreender como as mulheres trabalhadoras no Município de Lajeado/RS organizam sua rotina de vida entre trabalho, família e bem-estar. Para tanto, foram oportunizados espaços de escuta semiestruturados das mulheres participantes, nos seus locais de trabalho. A base teórica norteadora das reflexões parte das visões de micropolítica emancipatória de Antony Giddens (2002) e do bem viver de Alberto Acosta (2016); perpassando por uma pesquisa integrativa junto ao Portal da CAPES, dos últimos 3 anos; em português, a partir das palavras-chave desta pesquisa. Assim, a pesquisa foi do tipo qualitativa, tendo como procedimento os métodos exploratório e narrativo, e como instrumentos foram utilizados revisão bibliográfica e pesquisa documental, além do trabalho de campo por amostragem, onde se priorizou a qualidade dos relatos, sendo os dados quantitativos (idade, naturalidade, estado civil, escolaridade) tratados como complementares. O que se espera da pesquisa, e que perpassa pela observação preliminar de que há uma crescente de lares chefiados por mulheres, é contribuir com a construção de uma identidade coletiva tendente a eliminar as diferenças de gênero e entre os grupos sociais, bem como estimulando a construção de sociedades sustentadas na harmonia das relações pessoais e interpessoais, consigo, com os outros e com o meio. E isto parte da valorização dos relatos do cotidiano e os modos de realização do trabalho e do bem-estar destas mulheres trabalhadoras, que também serve de base para o aprimoramento das iniciativas voltadas à qualidade de vida, mantidas pela empresa financiadora da pesquisa. Como resultados, se observa que, efetivamente, a busca pelo bem viver vem gradativamente ganhando espaço em contraponto à busca desenfreada por resultados puramente materiais, abrindo-se para formas de tornar a vida mais leve e equilibrada. A relevância da pesquisa, na linha de Espaços e Problemas Socioambientais, está na valorização do trabalho feminino, muitas vezes invisível, tanto dentro quanto fora do lar, sendo ele vetor de desenvolvimento social. Uma pesquisa de cunho científico, busca compreender esta dinâmica e suas particularidades, contribuindo com reflexões e propostas voltadas ao empoderamento e à qualidade de vida de mulheres trabalhadoras.
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    SANEAMENTO BÁSICO EM MUNICÍPIOS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE ACERCA DAS METAS PROPOSTAS PARA O ODS6
    (2024) Coimbra, Denilson José Dos Santos; Turatti, Luciana; http://lattes.cnpq.br/5819588394882211; Luz, Josiane Paula Da; Silva, Maria Cristina De Almeida; Rempel, Claudete
    Saneamento é sinônimo de asseio, de limpeza e de higiene. Ele reflete diretamente na saúde e qualidade de vida da população e sua ausência ou insuficiência gera também prejuízos para o meio ambiente por meio dos impactos ambientais. Tamanha é a importância da matéria que quando do estabelecimento dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), no ano de 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu o ODS 6 como responsável pelo tema água e saneamento. Ocorre que para se atingir as metas propostas no ODS 6 os municípios precisam contar com procedimentos e metodologias de avaliação dos serviços prestados capazes de refletir a realidade vivenciada. Considerando o exposto, esta pesquisa buscou identificar a situação dos municípios de Pimenta Bueno, Cacoal e Espigão do Oeste, do estado de Rondônia, todos da Amazônia Brasileira, em relação às metas de saneamento propostas no ODS 6, uma vez que tal atendimento impacta diretamente na efetivação da Lei 11.445/2007 e do novo marco legal do saneamento (Lei 14.026/2020). A pesquisa pautou-se por uma abordagem qualitativa e utilizou-se de análises documentais e bibliográficas. Para coleta e análise das informações utilizou-se as fichas metodológicas previstas no Relatório da Agência Nacional de Águas ODS 6 no Brasil: visão da ANA sobre os indicadores, que apresenta os resultados em relação as metas propostas para o país, adaptando-se tal instrumento ao plano local. Como resultados tem-se a possibilidade de utilização parcial das fichas metodológicas previstas no instrumento da ANA para fins de avaliação do atendimento às metas do ODS 6 por parte dos municípios e a identificação da necessidade de criação de um instrumento capaz de permitir a avaliação local das metas propostas. Além disso foi possível identificar divergências de dados sobre o saneamento nos municípios investigados, uma vez que estes são tabulados por diferentes órgãos e também a dificuldade de acesso em relação a outros. Quanto ao cumprimento das metas verificou-se que nenhum dos municípios investigados atendeu até então as metas propostas na sua integralidade, mas há de se ter presente que o prazo final é somente 2030
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    AVALIAÇÃO DA PURIFICAÇÃO DO BIOGÁS PELOS MÉTODOS DE ADSORÇÃO E FOTOSSINTÉTICO
    (2024-04) Mörs, Joice; Colares, Gustavo Stolzenberg; Konrad, Odorico; http://lattes.cnpq.br/9946679953072196; Machado, Ênio Leandro; Silva, Claudionor De Oliveira; Castro, Aline Antônia
    Os seres humanos necessitam de suprimentos e energia para sobreviver, e para suprir a demanda, a exploração de recursos naturais e o uso de fontes de energia fósseis se faz necessária. As fontes fósseis são finitas e altamente poluentes, apontadas como a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa. Em busca da redução destas emissões, acordos internacionais foram assinados por diversos países, um destes acordos é a Agenda 2030, com ações direcionadas para o desenvolvimento sustentável e a gestão adequada dos resíduos. A geração de biogás se destaca como uma importante ferramenta para cumprir as metas dos acordos globais, pois além da geração de energia realiza o tratamento dos resíduos orgânicos durante o processo de digestão anaeróbia. Para possibilitar o uso do biogás como fonte energética, é necessário remover componentes indesejáveis, para o qual diversas técnicas podem ser utilizadas, como os métodos físico-químicos e biológicos. Entre os métodos físico-químicos, o carvão ativado é amplamente utilizado para a remoção do sulfeto de hidrogênio (H2S), já o método fotossintético se destaca entre os métodos biológicos, pois é capaz de remover simultaneamente H2S e dióxido de carbono (CO2) do biogás. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de dessulfurização do biogás através da adsorção, utilizando carvão ativado como meio adsorvente, e desenvolver um protótipo para purificação do biogás pelo método fotossintético, utilizando microalgas da espécie Chlorella sorokiniana. Para realização do ensaio de adsorção, um filtro foi preenchido com carvão ativado e três etapas de testes foram realizadas, atingindo, respectivamente, médias de eficiência na remoção do H2S de 99,54 ± 0,53%, 80,14 ± 26,03% e 79,55 ± 2,19%. O método de purificação com microalgas foi avaliado por meio de um protótipo de purificador em escala de bancada composto por um fotobiorreator e uma coluna de transferência, em um sistema de fluxo contínuo de biogás. A remoção de H2S e CO2 foi de 60,8% e 20,2%, respectivamente, nas primeiras 24 horas, aumentando para 83,4% e 29,7% entre 24 e 240 horas. Embora eficientes, ambos os métodos podem alcançar resultados superiores com ajustes no fluxo e no processo. No caso do sistema com microalgas, otimizações como o controle da vazão do biogás e o ajuste do tamanho das bolhas na coluna de transferência são cruciais para maximizar a área de contato entre o biogás e as microalgas, aumentando assim a eficiência do sistema. Além disso, o ajuste do pH também pode ser considerado para potencializar os resultados. No sistema com carvão ativado, ajustes na vazão do biogás também podem vir a melhorar os resultados.