Ambiente e Desenvolvimento

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    DESENVOLVIMENTO DE ELETRODOS À BASE DE NANOTUBOS DE Ti/TiO2 MODIFICADOS COM Pt, Pd E BiVO4 PARA APLICAÇÃO NA CONVERSÃO FOTOELETROCATALÍTICA DE BIOMETANO E BIOGÁS EM HIDROGÊNIO
    (2024-01) Bresciani, Laís; Stülp, Simone; http://lattes.cnpq.br/1793007242678493; Rocha, Tatiana Louise Avila de Campos; Lora, Priscila Schmidt; Hoehne, Lucélia
    A conversão fotoeletrocatalítica de biometano/biogás empregando materiais semicondutores surge como uma alternativa promissora para a produção de H2 verde, combustível renovável alternativo aos combustíveis fósseis. Neste trabalho, nanotubos de TiO2 (Nts-TiO2) foram preparados por anodização eletroquímica e posteriormente modificados com nanopartículas de Pt e Pd através de deposição eletroquímica usando a técnica de voltametria cíclica, e com BiVO4 através de deposição térmica. Suas características morfológicas, de composição e cristalinidade foram avaliadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e difração de raios X (DRX). Métodos de voltametria de varredura linear, cronoamperometria e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) foram utilizados para avaliar a atividade fotoeletrocatalítica dos eletrodos. Verificou-se que a introdução de Pt e Pd sobre os Nts-TiO2 levou à formação de eletrodos que apresentam excelentes propriedades de separação e transferência das cargas fotogeradas. Na presença de metano, as densidades de corrente obtidas são ainda maiores, cerca de 2,23 e 2,95 vezes maior para os eletrodos de NtsTiO2/Pt e Nts-TiO2/Pd, respectivamente, em relação aos Nts-TiO2 puro, confirmando a capacidade do CH4 servir como um eliminador de lacunas, sendo que os processos de recombinação dos pares de e- /h+ são provavelmente inibidos por sua presença, levando a uma fotocorrente mais elevada. A quantidade máxima de H2 obtido a partir da conversão fotoeletrocatalítica do metano seguiu a ordem: 120,7, 304,7 e 393 mmol cm-2 de H2 para os eletrodos de Nts-TiO2, Nts-TiO2/Pt-4 e Nts-TiO2/Pd-20, respectivamente, mostrando claramente a contribuição positiva das nanopartículas metálicas eletrodepositadas na superfície dos Nts-TiO2. Em relação à conversão fotoeletrocatalítica do biogás, uma redução na quantidade de H2 foi observada devido à menor quantidade de CH4 presente na mistura do biogás e às reações adicionais de redução do CO2 presente na mistura. Diferentemente do que foi observado para os eletrodos modificados com Pt e Pd, a deposição térmica de BiVO4 resultou em uma diminuição da atividade fotoeletrocatalítica deste material em relação ao NtsTiO2 puro devido à formação de uma barreira de BiVO4 sobre os nanotubos de TiO2 e pela ausência de uma nanoestrutura cristalina adequada na heterojunção n-n do TiO2 nanoestruturado com BiVO4. Com isso, observou-se uma redução de 18,5 vezes na quantidade de H2 produzido, sendo este material considerado inviável para as reações fotoeletrocatalíticas. Esses resultados são extremamente relevantes na busca por materiais semicondutores eficientes para aplicações fotoeletrocatalíticas, especialmente na conversão de biometano e biogás em hidrogênio verde.
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    AGRICULTURA ORGÂNICA PELA AGRICULTURA FAMILIAR SOB A ÓPTICA SOCIOECONÔMICA, ECONÔMICA E FINANCEIRA: ANÁLISE DO DESEMPENHO DA PRODUÇÃO MATO-GROSSENSE
    (2024-02-27) OLIVEIRA, VILMA ELIANE MACHADO DE; FEIL, ALEXANDRE ANDRÉ; TURATTI, LUCIANA; http://lattes.cnpq.br/5819588394882211; Cyrne, Carlos Cândido da Silva; Kronbauer, Clovis Antônio; Poquiviqui, Agilson
    A degradação dos recursos naturais afeta, direta ou indiretamente, as atividades econômicas e sociais, a saúde e o bem-estar da população, razão pela qual o setor agrícola tem como desafio produzir para gerar desenvolvimento econômico, suprir a demanda por alimentos, sem, contudo, deixar de preservar o meio ambiente e proporcionar saúde e bem-estar, nesse contexto, a agricultura orgânica surge como uma alternativa. O objetivo desta pesquisa foi identificar o desempenho do sistema agrícola orgânico em propriedades da agricultura familiar no Estado de Mato Grosso, em âmbito, socioeconômico, financeiro e econômico. Para tanto, realizou-se uma análise do perfil dos agricultores e de suas unidades agrícolas produtivas de alimentos orgânicos, inseridas na agricultura familiar; identificaram-se as características das atividades agrícolas do sistema produtivo de alimentos orgânicos em âmbito socioeconômico, financeiro e econômico; avaliou-se o desempenho financeiro e econômico das unidades agrícolas produtivas de alimentos orgânicos, bem como o desempenho socioeconômico dos agricultores; analisaram-se as variáveis intervenientes que influenciam o desempenho das unidades agrícolas de alimentos orgânicos. A pesquisa, quanto ao problema, é classificada como qualiquantitativa e descritiva, quanto ao objetivo geral. A coleta de dados ocorreu por meio do procedimento técnico survey, mediante um questionário estruturado e aplicado através de entrevista com os produtores familiares que cultivam no sistema orgânico, domiciliados no Estado de Mato Grosso. Como resultado, obteve-se uma análise da viabilidade financeira e econômica no que tange à produção, e uma análise do bem-estar, da saúde e das condições socioeconômicas do produtor e de sua família. Os resultados demonstram um cenário positivo em relação a si mesmo, do desempenho do sistema agrícola orgânico nos âmbitos socioeconômico, econômico e financeiro, no Estado de Mato Grosso. Como sugestão para o registro dos eventos financeiros, foi proposto um instrumento de registro e avaliação do desempenho financeiro das unidades agrícolas produtivas de alimentos orgânicos.
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    ETNOBOTÂNICA E ETNOFARMACOLOGIA DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NA MICRORREGIÃO DE ALTA FLORESTA – MATO GROSSO
    (2024-01) TEIXEIRA, MARIA ILMALUCIA; KAUFFMAN, CARLA; PÉRICO, EDUARDO; http://lattes.cnpq.br/4494244221645524; HOENE, LUCÉLIA; LOHMANN, PAULA; SILVEIRA, ELIANE FRAGA DA
    As plantas medicinais são definidas como espécies vegetais, cultivadas ou não, com fins terapêuticos. Nesse sentido, a etnobotânica e a etnofarmacologia são ciências que se complementam, permitindo a manutenção dos conhecimentos tradicionais e sua interação com o avanço da ciência. As plantas medicinais fazem parte da evolução do homem e da sociedade, uma vez que o uso de produtos provenientes da natureza sempre foram e continuam sendo recursos basilares terapêuticos empregados no trato da saúde do homem. Em áreas com grande diversidade, como a Amazônia, o leque de recursos pode derivar num maior uso e conhecimento de plantas medicinais. Nas comunidades rurais e indígenas, conhecimentos acerca das funções de plantas terapêuticas, instruções de como cuidar dos doentes que ali habitam e conhecimentos rotineiros (plantar e colher) são transmitidos de geração em geração. Nesta tese, na perspectiva do estudo da etnobotânica e da etnofarmacologia, buscamos a caracterização do uso de espécies vegetais cultivadas na zona rural e urbana, incluindo grupos tradicionais como os raizeiros, dos municípios de Alta Floresta e Carlinda, Mato Grosso, Brasil, no bioma amazônico (sul da Amazônia). Os resultados da pesquisa mostraram a importância e a abrangência dos conhecimentos dos povos originários na medicina tradicional da região. Além disso, observamos uma forte relação entre as plantas usadas por eles e as registradas para a região, o que indica uma relação uso-recurso, que favorece a conservação e a valorização não só do conhecimento, mas também do recurso. Outrossim, foi possível comparar o conhecimento de comunidades rurais e urbanas, visto que o uso de plantas medicinais tornou-se uma alternativa para o eixo social, no cuidado da saúde. Foi possível observar como as características socioeconômicas determinaram as principais diferenças entre as comunidades, em termos de religião, idade, renda, etc. Portanto, concluímos que o conhecimento tradicional de uso de plantas medicinais é essencial para a sociedade e muito mais para uma região com alta biodiversidade, como o sul da Amazônia, que pode servir como fonte para futuras pesquisas farmacológicas
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    ARQUEOLOGIA DOS POVOS INDÍGENAS JÊ DO BRASIL MERIDIONAL: UM ESTUDO TEÓRICO SOBRE AS NARRATIVAS HISTÓRICAS E AMBIENTAIS
    (2023-01) Oliveira, Kelly de; Machado, Neli Teresinha Galarce; http://lattes.cnpq.br/6666207712034183; Copé, Silvia Moehlecke; Carbonera, Mirian; Laroque, Luís Fernando da Silva
    Esta tese possui como objeto de estudo o legado da produção bibliográfica arqueológica referente aos Jê Meridionais, mais especificamente, a chamada tradição ceramista Taquara, denominação dada ao coletivo humano que ocupou o Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo principal é observar os autores e suas narrativas e refletir sobre o conteúdo dos trabalhos científicos acerca da criação da tradição. A pesquisa se caracteriza como quali-qualitativo, de caráter exploratório e de natureza descritiva e está dividido em três momentos: investigação teórica, levantamento documental e análise dos documentos. A perspectiva deste estudo é interdisciplinar, ainda que a sua redação advenha da senda da Arqueologia e a base de formação da pesquisadora se ancore na História. Por meio de um levantamento bibliográfico que se intercalou entre os anos de 2019 e 2021, foram selecionadas 101 produções científicas, destas 53 foram apuradas por meio de plataformas de busca especializadas na Internet e 48 são documentos físicos depositados em arquivo. Juntas as obras perfazem um total de 43 autores e cobrem 60 anos de estudo. Para proceder a uma leitura e exame coerentes dos diversos documentos, foi elaborado primeiramente um banco de dados, onde foram elencadas 3 categorias de averiguação: Constructo, Contexto e Análise. Como se constatou, são publicações com diversas características e temas variados que seguem por diferentes referenciais teóricos, que vão se ampliando ao longo do tempo. No entanto, por meio de uma revisão teórica é possível distinguir um plano de fundo sobre o qual todas as produções desenvolveram-se: Histórico-Culturalismo, Processualismo e Pós-processualismo. De maneira síncrona à revisão, se observou que dentro de um período equivalente a duas décadas, relativos eventos como mudanças no conteúdo e interpretação, poderiam ser lidos como indicadores de eventuais alterações epistemológicas. Tomando por base esses dois critérios optou-se por dividir todo o acervo selecionado em três “blocos temporais” para melhor exame: Bloco 1: 1960-1970 (26 obras e 8 autores); Bloco 2: 1980-1990 (22 obras e 6 autores) e Bloco 3: 2000-2021 (54 obras e 29 autores). Para cada bloco se dispôs uma lista de autores representantes do período e sua respectiva criação. Ainda trago uma síntese sobre cada obra onde disponho os dados elementares como a estrutura organizacional do trabalho, o objeto de análise, a problemática, a contextualização, o resultado e conclusão. Por meio dessa ordenação é possível divisar a maneira como os discursos vão se alterando ao mesmo tempo em que sofrem a influência dos respectivos referenciais teóricos, que vão agindo para a formação da narrativa. Por fim, tendo acompanhado os discursos individuais, identifiquei que dois elementos foram sempre prestigiados, o Ambiente e a Cultura Material, utilizados para destacar as dinâmicas das relações das populações humanas com o seu meio ambiente. Dessa forma, baseando-me na História Ambiental e na Arqueologia da Paisagem examinei como os pesquisadores fizeram usos dos termos e os relacionaram em suas investigações, ao mesmo tempo, exponho o quanto os termos variaram e tornaram-se cada vez mais complexos no decorrer da construção da narrativa
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    BIOGRAFIAS SOCIOAMBIENTAIS CULTIVADAS EM HORTAS FAMILIARES EM ALTA FLORESTA - MATO GROSSO
    (2023-10) Wanzke, Iraci Da Rocha; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Adami, Fernanda Scherer; Damasceno, Mônica Maria Siqueira; Turatti, Luciana
    Este estudo Biografias socioambientais cultivadas em hortas familiares em Alta Floresta - Mato Grosso – se propõe a investigar algumas questões relacionadas ao desenvolvimento local sustentável, especificamente a segurança alimentar de famílias. Estas são realidades que precisam ser refletidas, principalmente em razão do advento da pandemia causada pelo coronavírus. Uma das mais recentes iniciativas para o caminho de sustentabilidade é através da Agenda 2030, que possui 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Neste trabalho o enfoque deu-se nos ODSs: 2 - “fome zero e agricultura sustentável”; 3 - “saúde e bem-estar”; 11 - “cidades e comunidades sustentáveis”; e 12 - “consumo e produção responsáveis”. Sabe-se que, culturalmente, antes do surgimento das práticas da comercialização na agricultura, as famílias faziam o cultivo de plantas exclusivamente para a manutenção da subsistência. Todavia, essas práticas culturais foram mudando com a modernização da agricultura, principalmente com o aumento da população e com a urbanização de grandes centros e cidades, fazendo com que aumentasse o contingente de pessoas nos perímetros urbanos. O cultivo de alimentos (hortaliças e plantas condimentares) foi ficando mais restrita, pela praticidade de encontrá-los em supermercados, feiras, entre outros. Reflexo disso foi a diminuição das práticas de cultivo das hortas familiares, ficando a produção das hortaliças por conta de produtores rurais. Por isso, um melhor entendimento acerca de hortas familiares se torna um importante indicativo para o desenvolvimento local sustentável, uma prática cultural que tem reflexo direto na segurança alimentar das famílias. O objetivo geral deste trabalho foi, por meio da exploração de biografias, investigar formas de conhecimento e fontes de informação, herdados ou adquiridos, para cultivar hortas domiciliares em Alta Floresta/MT, especificamente aquelas realizadas por famílias que cultivam hortas para consumo próprio, avaliando o impacto dessas práticas para o meio ambiente local durante a plena pandemia do coronavírus. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico, documental e de campo, com aplicação de entrevistas, com roteiro semiestruturado, composto por questões abertas e fechadas, realizada com as famílias bem como foram realizadas além de observações sistematizadas. O tratamento dos dados foi realizado por meio da análise textual. Este estudo deteve-se nos significados das experiências de famílias com suas hortas. As histórias de vida revelaram experiências marcantes e verdadeiras, parecendo que abríamos caixas de sentimentos vivos. Estas caixas são reservatórios de vida coletados no espaço entre fronteiras do passado e do presente. As entrevistas relembraram caminhos, trajetos, cheiros e sabores. Pode-se considerar que as plantas com potencial para alimentação, nas suas diferentes categorias de uso constituem-se parte integrante da dieta diária dos pesquisados, auxiliando na redução dos gastos mensais das famílias, especificamente no quesito alimentação. A prática dos pesquisados apresenta singularidade em relação a outros estudos à medida que evidencia um fenômeno socioeconômico pautado numa produção mais sustentável, o que pode ser observado no melhor aproveitamento de resíduos orgânicos como substratos e adubos, assim como o controle de pragas e doenças vegetais de baixo custo e de pouco impacto ambiental. Além disso, o uso para o consumo da família sem preocupação de venda com a produção excedente também pode ser considerado uma condição diferenciada entre os achados no presente estudo. Entre as motivações dos pesquisados para possuírem sua própria horta, está a melhoria na qualidade de vida, rica fonte de nutrição, auxílio na saúde mental, segurança alimentar, ampliação da renda familiar, interação com os membros da família e melhoria da paisagem, o que converge com trabalhos visitados na revisão literária realizada para o presente estudo. As hortas constituem-se em importante espaço pedagógico no qual as pessoas do núcleo familiar têm a oportunidade de realizarem cotidianamente importantes experiências de plantio e manejo de espécies vegetais diversas. Esses espaços oportunizam a construção e a ressignificação de conhecimentos pautados na história de vida e das relações criadas com as plantas a partir de vínculos familiares e de parentescos, fazendo assim, com que esse rico saber quanto à arte de plantar, colher e conservar permaneça vivo e perpetue. A Pandemia do Covid-19 (Coronavírus Disease 19) não trouxe mudanças relevantes para com os cuidados e cultivos da horta para a maioria dos pesquisados. No entanto, houve relato de alguns terem ficado em casa por mais tempo, aumentando a dedicação para com a horta. O estudo evidencia o quanto as histórias de vida dos pesquisados entrelaçam-se entre si e se correspondem mutuamente à medida que desvelam o quão singular é o ser humano em sua individualidade. Denota que as hortas urbanas, rurais e rurbanas constituem-se em espaços sociais e sustentáveis de aprendizagem e de resistência à lógica capitalista que impera em nossa sociedade. A relação do alta-florestense com o ambiente local pode ser visualizada a partir dos quintais urbanos, refletindo um misto de uso e conservação dos recursos naturais com ênfase no atendimento de necessidades primárias da família. Observa-se, ainda, que o tema em pauta tem figurado pouco nas pautas de discussão das políticas públicas do Brasil, ao passo em que deveria estar situado no rol dos temas de ordem relevante uma vez que diversos estudos, como este, têm indicado a necessidade das políticas públicas se ocuparem da agricultura rurbana, especialmente quanto ao uso do solo, saúde ambiental, desenvolvimento social e incentivo para a sua prática.