Estudo eletroquímico e iontoforético da liberação e permeação in vitro de α-tocoferol presente em preparações cosméticas contra fotoenvelhecimento
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Data
2014-10-08
Autores
Orientador
Stülp, Simone
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Resumo
A iontoforese é um método de administração de substâncias através da pele, com propósito terapêutico específico, utiliza-se de potencial ou corrente elétrica para promover a transferência transdermal de um fármaco. A camada córnea corresponde a uma espessura de cerca de 20 μm, sendo reconhecida como a principal barreira à transferência transdermal de fármacos. Em vista disso, cada vez mais técnicas diferentes vêm sendo testadas para a penetração de substâncias através do estrato córneo. Destaca-se ainda o α-tocoferol (vitamina E), um antioxidante natural capaz de reduzir ou bloquear as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres nas membranas biológicas em função de exposição solar, por exemplo. O presente estudo tem como objetivo realizar avaliações eletroquímicas do gel + α-tocoferol quando submetido a aplicações de iontoforese, bem como verificar os potenciais de liberação e permeação do α-tocoferol quando associados à iontoforese. Para a realização dos experimentos utilizou-se a célula de difusão tipo Franz, aplicando-se as técnicas de voltametria cíclica e espectrofotometria UV/Vis para avaliação do sistema. A partir dos resultados observa-se um aumento da difusão e degradação do sistema, devido à redução da corrente de pico em 0,78 V das moléculas de α-tocoferol, quando submetido à iontoforese. Nas análises voltamétricas do gel + α-tocoferol, nos diferentes tempos de aplicação de iontoforese o sinal de corrente decai com o tempo, já que parte dele é permeada observa-se uma diminuição da altura do pico e seu consequentemente alargamento. Acredita-se que esteja ocorrendo uma degradação do α-tocoferol pela ação da iontoforese, e que seu produto esteja sendo oxidado no eletrodo de platina num potencial próximo ao do α-tocoferol. Nos ensaios de permeabilidade do α-tocoferol sem e com a aplicação de iontoforese, obteve-se uma diferença significativa de t = 4; p = 0,01 com a aplicação. Nos ensaios de permeação utilizando a muda de pele de cobra Boa constrictor há uma tendência de aumento de fluxo entre os tempos de 2 e 10 min, sendo esta uma diferença significativa, esse fato pode ser devido a utilização da membrana. Desta forma o α-tocoferol possui um comportamento eletroquímico ativo com a aplicação de iontoforese em meio gel de hidroxietilcelulose, avaliando também uma tendência à degradação do ativo com o aumento do tempo de aplicação da iontoforese observado na análise eletroquímica e de difusão. E a aplicação da iontoforese demostrou eficiência no aumento de permeação e liberação do α-tocoferol, comparado a condições sem aplicação.
Descrição
Palavras-chave
Iontoforese; α-tocoferol; Eletroquímica
Citação
PALUDO, Elisa. Estudo eletroquímico e iontoforético da liberação e permeação in vitro de α-tocoferol presente em preparações cosméticas contra fotoenvelhecimento. 2014. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 30 abr. 2014. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/611.