Navegando por Autor "Reichert, Marliza Beatris"
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- ItemAcesso AbertoBioecologia de ácaros (Acari) associados à cultura da soja (Glycine max (L.) Merril) (Fabaceae) na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul(2013-05-31) Reichert, Marliza Beatris; Barden, Julia Elisabete; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893A soja é a cultura que mais cresceu nos últimos anos, sendo ela importante economicamente para o Brasil e para o Rio Grande do Sul. A soja está sujeita ao ataque de diferentes espécies de herbívoros que podem se transformar em pragas. As pragas da soja podem causar perdas significativas no rendimento da cultura e, por isso, necessitam ser controladas. Este estudo avaliou a acarofauna associada à cultura da soja na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul nos municípios de Mato Queimado e Três de Maio. As avaliações foram realizadas em soja convencional, em soja transgênica com irrigação e sem irrigação e com tratamentos fitossanitários diferenciados e em plantas de borda. As atividades de campo foram realizadas na safra 2011/2012. As coletas foram realizadas quinzenalmente onde a cada coleta eram escolhidas vinte plantas de soja, das quais foram retiradas três folhas/planta, totalizando 60 folhas/área. As folhas foram coletadas nas regiões basal, mediana e apical da planta. A cada coleta de folhas de soja também foram coletadas cinco espécies de plantas de borda. As folhas de soja e as plantas de borda foram individualizadas em sacos plásticos, guardadas sob- refrigeração até serem processadas. Os ácaros foram retirados de ambas as faces das folhas e montados em lâminas para a identificação. Foi encontrado na soja um total de 18.100 ácaros pertencentes a cinco famílias, nove gêneros e 12 espécies distintas, além dos ácaros da Subordem Oribatida. A área de soja transgênica com irrigação e aplicação de inseticida apresentou a maior riqueza e abundância, com 10 espécies e um total de 8.329 ácaros, seguida pela área com soja transgênica sem irrigação, com aplicação de inseticida com nove espécies e 4.901 ácaros. Menor riqueza foi observada na área transgênica sem irrigação e sem aplicação de inseticida com cinco espécies. A área com menor abundância foi a de soja convencional sem aplicação de inseticida com 1.091 ácaros. Phytoseiidae apresentou maior riqueza, com cinco espécies, seguida de Tetranychidae, com quatro espécies, Iolinidae, Stigmaeidae e Tarsonemidae. Dentre os ácaros fitófagos mais frequentes e abundantes na soja, destacaram-se Tetranychus urticae Koch, Mononychellus planki McGregor e Tetranychus spp. Os ácaros predadores mais abundantes foram Neoseiulus idaeus Denmark & Muma, Pseudopronematus sp., Neoseiulus californicus McGregor e Neoseiulus anonymus Chant & Baker respectivamente. Neoseiulus idaeus também foi à espécie mais frequente. Nas plantas de borda foram encontrados um total de 576 ácaros, sendo N. idaeus e Agistemus sp. os ácaros predadores mais abundantes.
- ItemAcesso AbertoNeoseiulus idaeus (Phytoseiidae): um candidato para o controle biológico de Tetraniquídeos na cultura da soja da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul(2017-07) Reichert, Marliza Beatris; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893A soja (Glycine max (L.): Fabaceae) é considerada a cultura agrícola mais importante para o agronegócio brasileiro. Diferentes herbívoros podem alcançar o nível de praga, sendo os tetraniquídeos Mononychellus planki McGregor, Tetranychus ludeni Zacher e Tetranychus urticae Koch considerados pragas na cultura recentemente. Neoseiulus idaeus Denmark & Muma é um dos principais ácaros predadores na cultura da soja do estado do Rio Grande do Sul. Este estudo tem como objetivo investigar o potencial de N. idaeus, como inimigo natural de T. urticae, T. ludeni e M. planki na cultura da soja transgênica na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Inicialmente foi avaliado o desempenho biológico de N. idaeus quando alimentado com os três fitófagos onde ovos do predador foram individualizados em arenas com as diferentes presas. Para avaliar a preferência alimentar foram individualizados em gaiolas cinco espécimes de cada um dos fitófagos com a possibilidade de escolha do predador. Para o teste de preferência para estádios da presa e taxa de predação foram individualizados em arenas predadores e oferecidos como alimentos diferentes estádios da presa, durante os estádios imaturos de N. idaeus foram realizadas observações para monitorar a sobrevivência do predador e garantir a disponibilidade de alimento ao longo do período de estudo. Para todos os testes foram realizadas 30 repetições. No estudo da biologia, a duração média de ovo-adulto do predador foi semelhante utilizando as três presas como alimento. A viabilidade da fêmea foi de 90% quando alimentadas com M. planki e 100% com T. ludeni e T. urticae. A fecundidade média, a duração média de cada geração (T), a taxa líquida de reprodução (Ro) e a capacidade de aumento em número (Rm) de N. idaeus foi menor quando alimentado com M. planki, e maior quando alimentado com T. ludeni e T. urticae. Quanto à preferência alimentar Neoseiulus idaeus preferiu T. urticae quando oferecido T. ludeni e M. planki e preferiu T. ludeni quando avaliado com M. planki. Quanto ao local para oviposição a preferência por T. urticae foi observada quando oferecidos T. ludeni ou M. planki. Entretanto, quando oferecido T. ludeni e M. planki preferiu T. ludeni. Em todos os estádios imaturos e quando adulto, N. idaeus preferiu ovos de T. urticae. Nos estádios de protoninfas, deutoninfas e adulto também consumiu larvas e ninfas. Somente no estádio adulto este predador consumiu presas adultas. A taxa de predação total para ovos, larvas, ninfas e adultos de T. urticae foi respectivamente de 55,90%, 14,34%, 22,11% e 7,65%. A duração média de vida das fêmeas desse predador foi de 16,07 dias, período em que consumiram 3,05 presas/fêmea/dia. Os resultados do teste biológico demonstra que T. ludeni e T. urticae são presas adequadas para N. idaeus enquanto M. planki foi menos adequada. No entanto, N. idaeus atingiu a fase ovo-adulta, apresentando um rápido ciclo de vida quando alimentado apenas com M. planki. As populações de N. idaeus são capazes de se alimentar e completar seus estádios de desenvolvimento com as três presas de ácaros fitófagos. M. planki demonstrou ser presa menos adequada a este predador do que T. ludeni e T. urticae e N. idaeus tem potencial para ser utilizado em programa de controle biológico aplicado de T. urticae.