Navegando por Autor "Götze, Marcelo Mendes"
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- ItemAcesso AbertoAvaliação de biomarcadores associados ao prognóstico de tumores mamários em cadelas(2025-01-29) Götze, Marcelo Mendes; Bustamante Filho, Ivan Cunha; http://lattes.cnpq.br/5447836974424243; Fernandes, Cristina Gevehr; Cassali, Geovanni Dantas; Martins, Maria Isabel MelloOs tumores mamários caninos (TMC) são as neoplasias mais comuns em cadelas, sendo que entre 35% a 85% dessas lesões são malignas. A incidência desses tumores em cadelas é três vezes maior do que em mulheres, embora o processo seja semelhante. Os TMC ocorrem com mais frequência entre 8 e 11 anos de idade e, embora a etiologia exata seja desconhecida, fatores hormonais, nutricionais e genéticos são considerados de risco. Os tipos mais agressivos incluem carcinoma tubular, sólido, pleomórfico lobular, micropapilar e carcinossarcoma. A combinação de carcinomas com áreas sólidas ou micropapilares pode reduzir o tempo de sobrevida, destacando a importância do exame histopatológico detalhado. A mastectomia é o tratamento padrão, exceto em casos metastáticos ou lesões inflamatórias. O prognóstico baseia-se em fatores como avaliação clínica, tamanho da lesão, metástases detectadas por exames de imagem e resultados histopatológicos. O uso de biomarcadores específicos é essencial para confirmar o diagnóstico, avaliar o prognóstico e orientar o tratamento, auxiliando na detecção de metástases ocultas e na monitorização da resposta terapêutica. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi identificar e quantificar a expressão de genes e de proteínas em biópsias tumorais e em tecidos mamários saudáveis, correlacionando-os com classificações clínicas e histopatológicas para avaliar seu potencial como fatores prognósticos na progressão do TMC. Para o estudo epidemiológio acompanhamos 21 casos de TMC submetidos à remoção cirúrgica, durante um período de 24 meses. Fatores como raça, idade, tamanho do tumor, estágio de TNM e resultados histopatológicos foram avaliados. O estudo constatou que 77% das neoplasias analisadas eram tumores malignos. O tamanho do tumor foi correlacionado com o grau histológico, e o estágio TNM eleveado foi associado à baixa sobrevida global. Múltiplos tumores foram mais comuns em cadelas mais velhas. A ovariohisterectomia foi considerada um fator protetor para cadelas com tumores malignos. Os carcinomas em tumores mistos foram as neoplasias malignas mais prevalentes, seguidos do carcinoma tubular e dos carcinossarcomas. Este estudo fornece informações sobre a TMC e enfatiza a importância de conhecer fatores como tamanho do tumor, grau histológico e idade do cão. A intervenção oportuna e os exames de acompanhamento podem impactar significativamente no prognóstico, e deve-se considerar a ovariohisterectomia como uma opção de tratamento. Além disso, fez o estudo da expressão dos genes EGFR e HER-2 em 125 amostras de CMT. Os resultados mostraram que o mRNA do EGFR está em níveis mais elevados em alguns subtipos de tecidos CMT do que em tecidos saudáveis. Os níveis de expressão gênica de EGFR em tumores foram correlacionados com parâmetros clínicos associados ao aumento de malignidade, como tamanho tumoral aumentado, grau e tipos histológicos mais agressivos (carcinossarcoma, carcinoma micropapilar e adenomioefitelioma maligno). Semelhante a estes resultados, a expressão de HER-2 foi maior no carcinoma micropapilar e no carcinossarcoma. Sugerindo o envolvimento de EGFR e HER-2 na invasão tumoral e pior prognóstico. Com base nestes resultados, pode-se supor que estes receptores desempenham papéis diferentes em tecidos saudáveis e tumores malignos. Nossos achados sugerem que os receptores EGFR e HER-2 parecem desempenhar um papel na proliferação de tecidos da glândula mamária em cadelas e estão associados à agressividade biológica dos tumores e, portanto, podem ser potenciais alvos terapêuticos também na TMC. Além disso, realizou-se o estudo através da técnica de LC-MS/MS da expressão proteica de 26 amostras de tecido mamário de cadelas (20 TMC e 6 controles). Nesse estudo foram identificadas as proteínas mais abundantes em TMC (Transforming acidic coiled-coil, Proteasome subunit beta, Programmed cell death protein 2, Protein S100A2, Protein S100A9, Rho guanine nucleotide exchange factor 17, Phospholipase A and acyltransferase, A-kinase anchoring protein 6, Galectin and Ketimine reductase mu-crystallin. Essas proteínas com maior abundância nas amostras de TMC sem mostram como potenciais biomarcadores. Dadas as aparentes semelhanças entre TMC e tumores de mama em mulheres (TMH), é possível que tais dados também possam ser valiosos no diagnóstico e prognóstico do TMH.