AS INTERFACES DA NARRATIVA: O CAÇADOR DE PIPAS
Resumo
Este artigo visa a discutir a repercussão da obra O caçador de Pipas, de Khaled Housseini, escrita após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, quando o Afeganistão passou a fazer parte da mídia – e da vida – dos estadunidenses. Entende-se que tal obra justifica a invasão a um país estrangeiro, pautando-se nas diferenças de governos, culturas e tecnologias entre país invasor e invadido. Tais discrepâncias dizem respeito ao esfacelamento das relações interpessoais, ao crescente individualismo e, por conta disso, à despreocupação com o bem comum e, por isso, à falência de corporações que representem uma coletividade. Além disso, mesmo as instituições basilares estão se desviando das suas funções primeiras, oferecendo proteção e segurança particularizados, perdendo de vista seu caráter unificador da vontade subjetiva e universal. Em se tratando de problemas globais, a questão parece ser ainda mais alarmante. É sob esse viés que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, por exemplo, em sua obra Tempos Líquidos, ao tratar do medo que assola a sociedade mundial na contemporaneidade e o círculo vicioso que se fecha com as ações pelo medo inspiradas, aborda não só as consequências do episódio de 11 de setembro, mas as suas causas.Downloads
Publicado
01-09-2011
Como Citar
ROHRIG, Adriana. AS INTERFACES DA NARRATIVA: O CAÇADOR DE PIPAS. Revista Signos, [S. l.], v. 31, n. 1, 2011. Disponível em: https://univates.br/revistas/index.php/signos/article/view/692. Acesso em: 5 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Licença
Copyright (c) 2010 Adriana Rohrig
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.