NEM FALTA, NEM FALHA: O AUTISMO ENTRE DELIGNY E VYGOTSKY
DOI:
https://doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v46i3a2025.4248Palavras-chave:
Autismo, Educação Inclusiva, Deligny, Vygotsky, Cartografia do gestoResumo
Este artigo propõe uma leitura crítica sobre os discursos hegemônicos que patologizam o autismo, especialmente nos campos da psicologia e da educação. A partir das contribuições de Fernand Deligny e Lev Vygotsky, discutimos alternativas éticas e epistemológicas para pensar a diferença autista como forma legítima de existência. Deligny, com sua prática cartográfica e atenção ao gesto, oferece uma pedagogia da presença que valoriza modos não verbais de comunicação. Vygotsky, ao destacar a mediação social como fundamento do desenvolvimento, desloca o foco do déficit individual para o campo das relações. A pesquisa bibliográfica, ancorada em metodologia crítica, visa desestabilizar o imaginário psicológico dominante e propor uma educação baseada na escuta sensível e na valorização da diferença. O autismo, assim, é compreendido não como ausência, mas como presença que desafia os padrões normativos e convida à reinvenção do comum.
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