O BRINCAR DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE PSICOMOTRICIDADE: INSTRUMENTO TERAPÊUTICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Resumo

O presente artigo disserta sobre o tema do brincar e a síndrome de Down, mais especificamente como se processa a aprendizagem de crianças com síndrome de Down por intermédio do brincar. O estudo se origina do desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso no Curso de Educação Física. Objetiva descrever e interpretar o histórico do desenvolvimento da criança participante do estudo em casa e na escola; analisar e interpretar a trajetória do brincar da criança, os comportamentos de iniciativa, imitação e receptividade para brincar, bem como as relações com os colegas no ato de brincar. O referencial teórico do estudo destacou estudos do tema do brincar como recurso terapêutico e aprendizagem de crianças com deficiência. A metodologia é qualitativa na modalidade de um estudo de caso. A participante do estudo é uma menina com síndrome de Down e frequentadora assídua do Projeto de Psicomotricidade do Centro Universitário UNIVATES. Os instrumentos de coleta de informações foram: a) entrevista semiestruturada com a família da menina e; b) observações com pautas definidas realizadas com a menina nas sessões de psicomotricidade relacional. As sessões ocorreram no semestre B/2008, no laboratório de psicomotricidade no complexo esportivo da Univates. As categorias do estudo são: a) o histórico da menina participante do estudo; b) a trajetória de brincar da menina nas sessões de psicomotricidade; c) a iniciativa, criatividade e receptividade ao brincar e d) as relações da menina com os pares no processo de brincar. O estudo permitiu compreender que o brincar é um processo fundamental à inclusão de alunos com deficiência e favorece situações coletivas de brincar, seja pela imitação, pelos modelos como também na iniciativa de brincar no coletivo. As produções de brincar da participante revelam a aprendizagem corporal que desenvolveu em um meio satisfatório para sua aprendizagem.