AVALIAÇÃO DA CARGA E DAS REPETIÇÕES UTILIZADAS NO TREINAMENTO DE FORÇA: UMA RELAÇÃO COM SEXO, IDADE, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E TEMPO DE PRÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.22410/issn.2176-3070.v16i3a2024.3843Palavras-chave:
Treinamento de força, Sobrecarga, Sexo, Idade, Índice de Massa Corporal, ExperiênciaResumo
Uma modalidade que vem sendo muito prescrita é o treinamento de força (TF), que consiste em realizar contrações musculares, gerando tensão muscular. Os indivíduos que buscam por este treinamento procuram alcançar alguns objetivos, e para que isto ocorra as variáveis do treinamento devem ser seguidas corretamente. Isto posto, algumas variáveis do treinamento como a intensidade e o volume são imprescindíveis para obter os ganhos desejados, devendo seguir as suas recomendações durante a realização dos exercícios. Sendo assim, devido à carência de estudos sobre a correta utilização da sobrecarga no treinamento de força, o presente estudo tem como objetivo avaliar as cargas e repetições utilizadas no treinamento de força de acordo com sexo, idade, índice de massa corporal (IMC) e tempo de experiência dos praticantes. Procedimentos metodológicos: A amostra deste estudo foi determinada por conveniência não aleatória e composta por 77 praticantes de treinamento de força de ambos os sexos com experiência em treinamento de força (28 ±7,26 anos; massa corporal de 73,09±13,3 Kg; estatura de 1,72±0,09 m; Índice de Massa Corporal de 24,43±2,98 Kg\m², sendo o estudo aprovado pelo Comitê em Ética da instituição proponente. A coleta de dados ocorreu em duas etapas, na qual a primeira foi de recrutamento, registro das cargas e repetições utilizadas habitualmente (RHab) em seus treinamentos nos exercícios Puxada Frontal, Leg Press 45º e Tríceps Polia, e ainda, da execução de uma série com repetições até a falha concêntrica, com a carga utilizada habitualmente em seu treinamento em cada um dos exercícios. Na segunda etapa, foi realizado o teste de uma repetição máxima (1RM) estimado nos mesmos exercícios, sendo estes dados utilizados para relativizar a carga habitual em %. Após a coleta, as variáveis foram analisadas e são apresentados por meio de estatística descritiva e a comparação realizada por meio do teste t para amostras pareadas e de uma amostra (p>0,05). Os resultados do presente estudo indicam a utilização de intensidades de 1RM relativamente baixas-moderadas, ficando entre 14,30 a 85,90% 1RM, sendo que as médias diferiram entre os três exercícios, havendo uma menor intensidade utilizada no Leg Press 45º (54,09±11,21%), moderada no Tríceps Polia (57,72±10,01%) e superior na Puxada Frontal (61,03±8,76%), onde indivíduos do sexo masculino utilizaram maiores cargas. As médias nas repetições habituais foram semelhantes entre os exercícios, no Leg Press 45º (11,23±1,52), Tríceps Polia (11,19±1,26) e Puxada Frontal (11,12±1,42), e nas repetições máximas Leg Press 45º (21,40±5,15), Tríceps Polia (28,92±25,61) e Puxada Frontal (21,34±8,12). Nas comparações entre os subgrupos, apenas as mulheres apresentaram maiores repetições habituais e máximas, quando comparadas com os homens. Desta forma, conclui-se que foram utilizadas cargas abaixo do recomendado e o número de repetições estão subestimados. Sendo assim, vale ressaltar a importância do controle dos treinamentos por um profissional de Educação Física capacitado para uma melhor supervisão e periodização do TF, o que poderá gerar melhores resultados.
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