AVALIAÇÃO DE DESFECHOS MATERNO-FETAIS EM GESTAÇÕES DE ALTO RISCO DE MULHERES COM HIPOTIREOIDISMO NO VALE DO TAQUARI

Autores

  • Giulia Junges Goldmeyer Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES
  • Victória Schneider de Souza Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES
  • Guilherme Liberato da Silva Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES
  • Aline Scapini Caumo Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES
  • Fernanda Majolo Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

DOI:

https://doi.org/10.22410/issn.2176-3070.v14i3a2022.3188

Palavras-chave:

hipotireoidismo, gestação de alto risco, intercorrências, rastreamento.

Resumo

Na gestação, o hipotireoidismo é o segundo distúrbio endócrino mais comum e, em regiões suficientes de iodo, a principal causa da doença é a Tireoidite de Hashimoto. Quando não tratado, está associado à um risco aumentado de desfechos adversos para a mãe e o bebê, como aborto espontâneo, distúrbios hipertensivos, descolamento prematuro de placenta e restrição de crescimento. Atualmente, as diretrizes recomendam o rastreamento de gestantes de alto risco, como aquelas com histórico de doença tireoidiana, outra doença autoimune e história familiar de doença da tireoide. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a relação entre aspectos clínicos e laboratoriais do hipotireoidismo e desfechos obstétricos e neonatais de gestações de mulheres com a doença acompanhadas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco da cidade de Estrela-RS a partir de dados clínicos obtidos retrospectivamente. O município de Estrela está localizado no Vale do Taquari, no estado do Rio Grande do Sul, e é composto por trinta e seis municípios. Este trabalho consiste em uma coorte retrospectiva observacional e, para tanto, realizou-se uma coleta de dados a partir de registros em prontuários de mulheres com hipotireoidismo atendidas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco da cidade de Estrela-RS, com prontuários ativos. A pesquisa foi realizada em uma amostra de 72 gestantes e não demonstrou correlação significativa entre hipotireoidismo e intercorrências gestacionais. Além disso, não encontrou-se associação entre o hipotireoidismo na gestação e antecedentes gestacionais, diabetes mellitus, Índice de Massa Corporal (IMC) e peso das gestantes e o crescimento fetal ecográfico. A ocorrência de acontecimentos desfavoráveis tanto gestacionais, quanto fetais, é baixa devido ao acompanhamento especializado que essas mulheres recebem no Ambulatório. Além disso, comparando a ocorrência de desfechos desfavoráveis em gestantes com hipotireoidismo e com diabetes gestacional, verificou-se uma maior prevalência na segunda condição.

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Publicado

16-11-2022

Como Citar

GOLDMEYER, Giulia Junges; DE SOUZA, Victória Schneider; DA SILVA, Guilherme Liberato; CAUMO, Aline Scapini; MAJOLO, Fernanda. AVALIAÇÃO DE DESFECHOS MATERNO-FETAIS EM GESTAÇÕES DE ALTO RISCO DE MULHERES COM HIPOTIREOIDISMO NO VALE DO TAQUARI. Revista Destaques Acadêmicos, [S. l.], v. 14, n. 3, 2022. DOI: 10.22410/issn.2176-3070.v14i3a2022.3188. Disponível em: https://univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view/3188. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde