ANÁLISE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS EM HABITANTES DO MUNICÍPIO DE CAPITÃO/RS
DOI:
https://doi.org/10.22410/issn.2176-3070.v11i3a2019.2229Palavras-chave:
Fitoterapia, Plantas medicinais, Medicamentos, InteraçõesResumo
O uso de plantas medicinais pela população é um hábito muito comum repassado de geração em geração entre as famílias desde à antiguidade, porém algumas plantas se usadas de forma incorreta podem causar interações medicamentosas, reações adversas e efeitos toxicológicos no organismo. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar as interações entre plantas medicinais e medicamentos no município de Capitão/RS. Para isso, foi aplicado um questionário sobre plantas medicinais e medicamentos, com perguntas objetivas e descritivas à usuários que frequentam o Posto de Saúde da cidade de Capitão. A pesquisa contou com 50 participantes de ambos os sexos, onde a predominância foi do sexo feminino, a idade média dos entrevistados foi entre 61 a 70 anos, sendo a maioria aposentados e com ensino fundamental incompleto. No geral, quase todos disseram utilizar plantas medicinais, que este hábito foi repassado pela família e que normalmente são cultivadas no quintal de casa. As plantas mais citadas foram camomila (Matricaria recutita), marcela (Achyrocline satureioides), capim-limão (Cymbopogon citratus), boldo (Plectranthus barbatus), funcho (Foeniculum vulgare), malva (Malva sylvestris), laranjeira (Citrus sinensis), poejo (Mentha pulegium) e losna (Artemisia absinthium). A forma de preparo mais utilizada foi a infusão e as partes mais usadas foram as folhas. Os medicamentos mais citados foram os que agem no sistema cardiovascular, seguido dos medicamentos que atuam no aparelho digestivo, betabloqueadores, antidepressivos, anti-hipertensivos e diuréticos. Em relação às interações encontradas, várias plantas medicinais podem provocar interações ou alterar a absorção dos fármacos, como a camomila (Matricaria recutita) que possui interação com anticoagulantes, fazendo com que aumentem as chances de hemorragias, assim como o capim-limão (Cymbopogon citratus) que interage com medicamentos sedativos, podendo aumentar seus efeitos. O fato da população achar que o que é natural não faz mal, deve ser visto com maior atenção pelos profissionais da área de saúde em relação ao uso de medicamentos associados às plantas medicinais, visando garantir maior segurança, diminuindo as interações e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.Downloads
Publicado
19-11-2019
Como Citar
SARTORI RIBOLDI, Luciara; RIGO, Marinês Pérsigo Morais. ANÁLISE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS EM HABITANTES DO MUNICÍPIO DE CAPITÃO/RS. Revista Destaques Acadêmicos, [S. l.], v. 11, n. 3, 2019. DOI: 10.22410/issn.2176-3070.v11i3a2019.2229. Disponível em: https://univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view/2229. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Ciências Biológicas e da Saúde
Licença
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