AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DA CAFEÍNA EM AMOSTRAS DE ÁGUA USANDO ESPECTROFOTOMETRIA APÓS TRATAMENTO COM PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS

Resumo

As técnicas convencionais de tratamento de água se mostram ineficientes na remoção de contaminantes conhecidos como micropoluentes emergentes que são associados principalmente ao esgoto doméstico. Estes micropoluentes são classificados como fármacos, produtos de cuidado pessoal e desreguladores endócrinos e são substâncias que causam efeitos adversos ao meio ambiente e a saúde pública. A cafeína é incluída no grupo dos fármacos, muito utilizado em alimentos, bebidas e condimentos e se mostra como um indicador potencial de contaminação de águas por esgoto doméstico. A proposta para o tratamento destes micropoluentes emergentes são os processos oxidativos avançados (POAs), os quais utilizam técnicas de oxidação química que geram radicais hidroxilas extremamente reativos que transformam estas substâncias indesejáveis em outras menos tóxicas. No presente trabalho foi avaliada a degradação da cafeína em amostras de águas, após a aplicação de processos oxidativos avançados fenton, foto-fenton e fotólise de peróxido de hidrogênio. Para realização dos experimentos de foto-fenton e fotocatálise de peróxido de hidrogênio foi utilizado o planejamento fatorial 23 tendo como variáveis a concentração de ferro, peróxido de hidrogênio e o tempo de exposição à radiação UV. Para testes do processo fenton foram simuladas duas situações variando as concentrações de ferro e peróxido de hidrogênio. Após a aplicação dos testes com POAs, foi avaliada a melhor condição de tratamento, que foi a fotólise de peróxido de hidrogênio utilizando 68 mg/L de peróxido de hidrogênio e 5 minutos de exposição a radiação UV, que resultou em 100% de degradação da cafeína.