Laboratório do Leite da Univates atende a novas regras de análises

O Laboratório de Qualidade do Leite da Univates realiza ensaios em amostras de leite cru vindas de propriedades rurais de laticínios, de controle oficial e de programas específicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Instrução Normativa 62, que regulamenta a produção do leite, seu transporte e entrada na indústria, publicada pelo Mapa e adotada pelo Laboratório Unianálises da Universidade, será revogada. A partir do dia 29 de maio deste ano, passam a vigorar as Instruções Normativas 76 e 77, que oficializam as análises que farão parte do estudo da qualidade do leite.

Com as novas instruções normativas, o controle do antibiótico no leite é rigorosamente cobrado. Será feita a análise individual e mensal do leite de cada produtor, em que se verificará a presença ou ausência de antibiótico no leite, medicamento que é administrado ao animal para tratamento de alguma doença. Conforme explicam os responsáveis técnicos do laboratório, Anderso Stieven e Diego Cezer Hofstetter, se o leite consumido estiver contaminado com antibiótico, este entra em contato com o organismo humano e pode ter efeito cumulativo. Conforme lembra o gerente de qualidade do laboratório, Eduardo Mulinari, essa análise é uma questão de saúde pública, pois o leite é um produto muito consumido pela população.

As análises devem ser realizadas por um laboratório que tenha as condições adequadas para atender à nova demanda e que seja credenciado no Mapa, acreditado no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e que participe da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), como é o caso do Laboratório do Leite da Univates. As análises incluem: determinação de gordura, proteína, lactose, extrato seco desengordurado, sólidos totais, nitrogênio ureico, caseína, células somáticas e contagem bacteriana total.

O Laboratório de Qualidade do Leite, que analisa amostras de cerca de 24 mil produtores mensalmente, atende a empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Os resultados são enviados por e-mail para as indústrias. Com as novas regras, o produtor também terá acesso aos resultados.