O Sistema Único de Saúde (SUS) abrange diversos serviços de saúde pública e é dividido em três níveis de atenção, definidos pelo Ministério da Saúde: atenção primária, secundária e terciária. Em cada um dos níveis, há serviços gratuitos e específicos para atender às demandas da população. A seguir, entenda como funcionam os níveis de atenção e em que situações buscar atendimento em cada um dos serviços disponíveis.
Atenção primária
A atenção básica é composta de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias Saúde da Família (ESFs). É o nível que compreende a prevenção de doenças e o acolhimento de casos de menor gravidade, como consultas e exames de rotina. O objetivo é justamente proteger a saúde das pessoas e evitar a necessidade de atendimento nos níveis mais avançados de atenção.
Atenção secundária
No nível secundário estão os serviços especializados e de urgência e emergência, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais. Nele são atendidos os casos de média complexidade. Em geral, os pacientes chegam ao nível secundário após atendimento na atenção básica.
Atenção terciária
O último nível da gestão do SUS é referente aos atendimentos de alta complexidade e que envolvem serviços de referência, como hospitais, que contam com significativo aporte tecnológico e especializado.
Em quais situações buscar atendimento em cada um dos serviços?
- UBS e ESF
Os postos de saúde e ESFs realizam atendimentos de casos de menor gravidade e de cuidados contínuos, como os relacionados à saúde da mulher, da criança, prevenção ao câncer, pré-natal e cuidado de doenças crônicas. Também realizam atendimentos para quem precisa retirar pontos, fazer curativos, inalações, vacinas, coletar exames laboratoriais e receber medicação básica.
Quadros de saúde atendidos: sintomas leves de gripe; tonturas; dor abdominal leve; tratamento odontológico; conjuntivite.
- UPA
A Unidade de Pronto Atendimento funciona 24 horas por dia, inclusive em feriados e pontos facultativos. Os pacientes devem buscar atendimento nesse local em casos de maior gravidade, agudos ou emergenciais. Além da equipe multidisciplinar, a UPA também conta com equipamentos de apoio ao diagnóstico, como eletrocardiograma, exames de raio-x e laboratoriais.
Quadros de saúde atendidos: febre alta acima de 39ºC; fraturas; cortes com pouco sangramento; infarto; derrame; queda com torção e dor intensa ou suspeita de fratura; falta de ar intensa; crises convulsivas; dores fortes no peito; vômito constante.
- Hospital
O atendimento em hospital é voltado a casos mais graves, que necessitam de atendimento de emergência, internação ou cirurgia. Em geral, os pacientes chegam ao hospital por meio de encaminhamento realizado por outros serviços.
Quadros de saúde atendidos: acidentes graves; mal súbito com perda de consciência; tratamentos de alta complexidade, como oncologia e transplantes; partos.
- Samu
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é um atendimento pré-hospitalar para casos de emergência. Para acioná-lo, deve-se ligar para o número 192. A central conta com profissionais de saúde treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone. São esses profissionais que definem o tipo de atendimento, ambulância, equipe adequada e local para onde será levado o paciente.
Quadros de saúde atendidos: acidentes de trânsito; infarto; derrame; Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Classificação de risco - Protocolo de Manchester
Sempre que um paciente é atendido em um serviço médico-hospitalar de urgência ou emergência, como hospitais e UPAs, é realizada a avaliação inicial para classificação de risco do caso. Essa classificação aponta a gravidade do caso e a prioridade de acolhimento entre todos aqueles que estão na fila para serem atendidos.
Entenda a classificação de risco utilizada nos serviços de saúde.