Toda vez que uma pessoa chega a um serviço médico-hospitalar de urgência ou emergência, como hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ela passa por uma avaliação inicial para classificação de risco. É essa classificação que aponta a gravidade do caso e a prioridade de acolhimento entre todos aqueles que estão na fila para serem atendidos.
No Brasil, desde 2008, a classificação de risco mais comum segue o Protocolo de Manchester, com cinco cores para identificar os pacientes. Do vermelho, casos mais graves, ao azul, casos mais leves.
O objetivo dessa classificação é justamente gerenciar riscos e organizar o fluxo de acolhimentos, tornando o atendimento mais humanizado. Assim é possível minimizar o número de óbitos e de erros, como, por exemplo, a priorização de pacientes estáveis em detrimento daqueles que precisam de uma intervenção imediata.
Aspectos considerados para determinar a cor
- nível de dor
- sinais vitais
- pressão
- sintomas
Para cada cor, o Ministério da Saúde estipula um tempo máximo de espera para atendimento. No entanto, é possível que ocorra atraso nos casos de menor urgência. Também há o entendimento de que pacientes classificados como verde e azul podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) próximas ao seu local de residência.
Confira, a seguir, a escala de classificação de risco e o tempo máximo de espera previsto para atendimento:
Vermelho
Pacientes que estão em estado gravíssimo e apresentam risco de morte. Necessitam de atendimento imediato. Exemplos: quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis e dor no peito relacionada à falta de ar.
Laranja
Pacientes com risco significativo de morte. Exemplos: cefaleia intensa com rápida progressão, dores severas e arritmia cardíaca sem sinais de instabilidade.
Amarelo
Pacientes sem risco imediato, com gravidade moderada. Exemplos: desmaios, dor moderada, crises de pânico, picos de hipertensão, alteração de sinais vitais e vômito intenso.
Verde
Casos menos graves, sem risco. Exemplos: dores leves, enxaqueca, estado febril sem alteração dos sinais vitais, resfriados, viroses, náuseas e tonturas.
Azul
Casos leves, que podem ser encaminhados a outras unidades, sem prejuízo à situação de saúde do paciente. Exemplos: dores crônicas, troca de sondas e aplicação de medicação com receita.