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“Sinta-se Mormaii” é tema de abertura da Semana Acadêmica de Design de Moda

Postado em 10/09/2013 09h07min

Por Vera Darde

Na última segunda-feira, dia 9, teve início a Semana Acadêmica do Curso de Design de Moda da Univates, que acontece paralela ao III Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade. O primeiro evento da Semana foi a palestra “Sinta-se Mormaii – História, Essência e Branding”, com os convidados Jeferson Reis da Silva, profissional de gestão da marca, Norma Stricker e Eduardo do Rosário, profissionais da àrea de Marketing da Mormaii.

Segundo Jeferson Reis da Silva, da área de gestão, a Mormaii possui um sistema de gestão e marketing totalmente diferenciado das demais e sua história, sua filosofia, se confunde com a de seu criador, o Morongo. A Mormaii, a primeira no Brasil em venda de produtos esportivos, atualmente comercializa em torno de 4,5 mil produtos, sendo que 44 licenciados, desde óculos, relógios, até carro.

A história da Mormaii começou com a busca do médico hippie Marco Aurélio Raymundo, o doutor Morongo, por qualidade de vida e contato com a natureza para ele e sua família. Se estabeleceu em Garopaba, na década de 70, quando ainda era um vilarejo de pescadores. Lá se deparou com uma realidade precária e sua essência humanista o levou a buscar alternativas de sobrevivência não só para sua família, mas para toda a comunidade.

O criador da marca Mormaii, Morongo, evidenciando sempre seus princípios de tranquilidade, altruísmo e saúde, no início trabalhou como médico em troca de comida para se sustentar e ajudar a comunidade de pescadores. Ao mesmo tempo, manteve sua paixão pelo surf e descobriu boas ondas no inverno rigoroso. Para resolver seu problema e poder surfar mesmo no inverno, buscou a solução nas roupas de mergulho que usava quando foi instrutor de mergulho na Patagônia. Assim surgiu o carro chefe da marca: as roupas de borracha para surfar.

O nome Mormaii surgiu da junção dos nomes Morongo e Maira (sua esposa na época), mais a palavra Hawaii que remete ao surf. De acordo com Reis, hoje a Mormaii não produz mais nada físico, tudo é terceirizado, através de licenciamentos. “Somos uma cooperativa privada”, afirmou o palestrante.

A personalidade inquietante, altruísta e criativa de Morongo o levou a criar seu próprio maquinário e seus primeiros colaboradores eram seus pacientes portadores de hanseníase. Toda essa filosofia de vida e essa história verdadeira se mantém até hoje em cada produto que leva o nome Mormaii. Com um modelo de gestão baseado num sistema humanista, colaborativo e sustentável, a empresa aplica desde fìsica quântica até budismo, teoria Yin e Yang, em contraponto à realidade de mercado do mundo corporativo.

Para Norma Stricker, em sua fala, uma marca vai muito além da venda de um produto. A responsável pelo setor de Marketing da empresa explicou como se faz a arquitetura de uma marca como a Mormaii. “Marcas sem propósito são marcas sem alma”, afirmou. Ela acredita que é preciso ser marcante, ter essência, e no caso da empresa isso fica muito evidente, tanto na história, como no sistema de gestão e na qualidade de vida que influenciou o início da marca.
O que diferencia a Mormaii, de acordo com Norma, é a história que é verdadeira, uma marca brasileira que não vende status, vende qualidade de vida, um estilo de vida democrático. E para que a marca seja autêntica, Norma garante que é preciso efetivar essa promessa com todos os seus públicos em todos os pontos de contato, seja com colaboradores, com parceiros, nos produtos, no atendimento, na propaganda, nos eventos. Primordial também manter o DNA da marca em todos os produtos licenciados através de guidelines baseados em diferentes sensações que orientam a marca.

Também do setor de Marketing, Eduardo do Rosário apresentou seu trabalho aplicado junto à Mormaii sobre branding sensorial. Eduardo falou sobre a comunicação não verbal ou sensorial que a marca transmite através de seus produtos.

 

Parceria com a Univates

Jeferson Reis apontou a possibilidade de uma parceria ou convênio com a Univates. Segundo ele, a Mormaii pretende estudar as possibilidades e o que a região tem a oferecer, como, por exemplo, novas linguagens. Este, para Reis, é um primeiro contato, que depende de uma reunião entre as partes, para a formação de um convênio que possa agregar valor à marca. Uma das possibilidades que podem ser estudadas com a universidade será o desenvolvimento de peças pelos alunos que possam vir a ser aproveitadas nas coleções: “Seria uma forma para os alunos terem uma experiência real do mercado de trabalho ainda na universidade”.

 

Texto: Vera Darde

 

Vera Darde

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