Natália Bottoni
Desde março, cinco estudantes da Univates estão trabalhando como bolsistas no projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa RSData, vinculada ao Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates). Os alunos são dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Software da Instituição.
A necessidade do serviço dos alunos se deu pela prioridade de desenvolvimento de um software seguindo critérios técnicos em nível de segurança, boas práticas e atualização tecnológica. A RSData informou quais requisitos deveriam ser atendidos pelo software. Com os requisitos validados, esses foram implementados, conta o coordenador do projeto no Tecnovates, professor Edson Funke.
Na metodologia usada, Scrum, o cliente participa de todas as etapas do projeto e pode sugerir alterações e priorizar os requisitos por importância e urgência, ou seja, o cliente define quais requisitos são mais importantes em cada uma das fases de entrega do produto. Essa metodologia proporciona maior satisfação para o cliente. Os requisitos são atendidos conforme suas próprias escolhas. Para a equipe, torna o processo mais dinâmico e as validações mais rápidas, afirma Funke.
Assim fez-se necessário um maior número de pessoas para executar a demanda, cujo prazo é de seis meses. O software está sendo desenvolvido para atender também aos critérios de Segurança do Trabalho discutidos entre o cliente e a equipe do projeto, que tem a ajuda do coordenador do curso técnico de Segurança do Trabalho, professor José Roberto Heberle, explica.
De acordo com a Secretária Executiva do Tecnovates, Bruna Auler, para o Parque é importante essa aproximação com as empresas. A RSData é uma organização que está de acordo com as áreas prioritárias do Tecnovates, principalmente as referentes à tecnologia, entre outras, como a área ambiental, de alimentos, controle biológico e da saúde, explica.
Além disso, ela afirma que os estágios e as bolsas oferecidos pela Univates vinculados ao projeto de P&D qualificam o aluno para o mercado de trabalho, auxiliam na aproximação do conteúdo teórico da sala de aula com a prática apresentada nas empresas e para as organizações é uma oportunidade de qualificação do trabalho e das entregas, já que buscam por profissionais inseridos na Universidade.
Desafio no mercado de trabalho
Divulgação
De acordo com um dos bolsistas do projeto RSData e estudante do curso de Engenharia da Computação da Univates, Alex Ozekoski, para o desenvolvimento do software é essencial ter conhecimento de diversas áreas da computação, como linguagem de programação, banco de dados, modelagem, utilização de padrões, versionamento de código, gerenciamento de projetos e métodos ágeis. Posso aplicar o que aprendo em aula num projeto real, adquirindo experiência de mercado e qualificando meu currículo profissional, garante.
Na atual fase do projeto, Ozekoski conta que há maior interação com o cliente, ele acompanha o trabalho realizado e participa de todas as etapas seguintes, desde a definição dos requisitos até as escolhas mais específicas de definição dos processos do negócio, esclarece.
Para Ozekoski, o trabalho em equipe é a questão mais importante da experiência. Nem todos estão no mesmo semestre e têm o mesmo nível de conhecimento. Essa troca de saberes técnicos é fantástica, declara.
Como tornar sua empresa parceira do Tecnovates?
Lucas George Wendt
Para uma empresa ser parceira do Tecnovates é necessário ter um projeto P&D no Parque, residência e/ou incubação. A empresa deve exercer atividades preferencialmente nas áreas focos do Tecnovates. Ao participar do ambiente de inovação, contribui para o desenvolvimento do Parque, para as empresas já residentes ou incubadas na Inovates e o meio acadêmico.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail tecnovates@univates.br ou pelo telefone (51) 3714-7017.