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Pesquisa

Ensino de história, meio ambiente e agricultura sustentável: Univates apresenta pesquisas publicadas em canais científicos na última semana

Por Lucas George Wendt

Postado em 02/09/2025 11:45:03


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O trabalho científico de um pesquisador é contínuo, ou seja, suas descobertas, quando observadas na totalidade, permitem compreender o conjunto do seu trabalho. É desta forma que a ciência avança: aos poucos, com cada trabalho funcionando como a peça de um quebra-cabeça que completa um cenário de pesquisa. E que pode abrir margem para mais perguntas. 

Na Universidade do Vale do Taquari - Univates, diferentes equipes trabalham produzindo conhecimento científico. Entre pesquisadores e estudantes – bolsistas de iniciação científica, de mestrado e de doutorado –, são cerca de 500 pessoas diretamente envolvidas buscando na ciência as respostas para a solução de problemas coletivos e de inquietações de pesquisa individual. 

A produção acontece em diferentes instâncias Univates, com destaque para os Programas de Pós-Graduação: Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), Biotecnologia (PPGBiotec), Ensino (PPGEnsino), Ensino de Ciências Exatas (PPGECE), Ciências Médicas (PPGCM) e Tecnologia e Gestão Sustentáveis (PPGTECG). 

Todos os dias as equipes de pesquisa da Univates divulgam seus achados em publicações periódicas científicas nacionais e internacionais. Semanalmente os artigos científicos mais recentes são destacados no site da Instituição. 

Confira o que a Univates publicou em agosto de 2025 

Título do artigo: Lei 10.639: como anda o engajamento e participação voltado ao ensino de história e cultura afro-brasileira na EJA? 

Autoria: Rossival Sampaio Morais e Jane Herber

Revista científica: Revista Ensino e Pesquisa 

Do que trata a pesquisa científica: O artigo é um recorte de pesquisa de mestrado e tem como proposta trazer discussões sobre a necessidade de maior participação para que o ensino de história e cultura afro-brasileira possa ter uma implementação mais sólida na EJA. A escrita foi motivada pelo intento de contribuir com o debate em torno da Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira. Após 21 anos de implementação dessa lei ainda se caminha de forma tímida no desenvolvimento de práticas de ensino que efetivem, de fato, temáticas e projetos escolares que ratifiquem a importância dessas discussões nessa modalidade de ensino. Apesar da existência de diretrizes que corroboram com a implementação, é essencial que a escola proceda no sentido de engajar os diversos sujeitos que nela atuam (professores, direção e coordenação), revendo seu processo de articulação com destaque para o planejamento, eixo fundamental que, por meio de uma prática engajada, pode possibilitar um maior dinamismo no trabalho com o legado afro-brasileiro na escola.

Título do artigo: Agricultura sustentável e crise climática: análise relacional na agenda 2030 e na CQNUMC 

Autoria: Pedro Sampaio Minassa, Guilherme Weiss Niedermayer e Luciana Turatti

Revista científica: Revista Eletrônica Direito e Política

Do que trata a pesquisa científica: Contextualização: Pautado como uma das respostas à crise do clima, o desenvolvimento sustentável carrega, em si, muitos questionamentos como, por exemplo, a vagueza entre a definição teórica e a transposição para o mundo fático. Por consequência, estende suas inconsistências para tudo o que opera em sua lógica, como denota-se na “agricultura sustentável” para a qual a pressão é por produzir cada vez mais, emitindo menos gases que contribuem para o agravamento do efeito estufa. Em um contexto de crise global, os organismos internacionais pautam-se pela premissa de resposta conjunta, normalmente firmados em tratados internacionais. Objetivo: Este trabalho guia-se pelo objetivo de explicitar o binômio agricultura-mudanças climáticas no regime da Constituição Federal de 1988, da Agenda 2030 e da Convenção-Quadro das Nações Unidas (CQNUMC). Metodologia: Denota-se a abordagem qualitativa e os instrumentais técnicos de revisão bibliográfica e documental. Resultados: O que se percebe é que as deliberações nas COPs e da Agenda 2030 têm favorecido discussões sobre inovação tecnológica e eficiência dos sistemas, desconsiderando a justiça da reestruturação.

Título do artigo: DIAGNÓSTICO DA DESTINAÇÃO DO LODO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: UMA ANÁLISE À LUZ DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Autoria: Larissa Loebens, Maria Cristina de Almeida Silva, Estevão Barbieri Vicente, Luciana Turatti, Maria Eduarda Vieira Siviero, Ynaiá Prestes Ávila

Revista científica: Anais do 8ª Simpósio sobre Sistemas Sustentáveis 

Do que trata a pesquisa científica: A gestão do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) representa um dos principais desafios ambientais e operacionais do setor de saneamento básico. Este estudo teve como objetivo avaliar a destinação do lodo produzido por 28 ETEs da Região Metropolitana de Porto Alegre no ano de 2024, à luz das diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Os dados foram obtidos por meio da análise dos processos de licenciamento ambiental disponíveis no Sistema Online de Licenciamento (SOL) da FEPAM, com foco na tecnologia de tratamento adotada, no volume de lodo gerado e nas informações contidas nos Manifestos de Transporte de Resíduos (MTRs), que registram a destinação final do resíduo. Para a análise, foram elaboradas tabelas com a identificação das tecnologias de tratamento de lodo utilizadas, os volumes encaminhados e os respectivos destinos. Esses dados foram comparados com referências da literatura técnica e com as diretrizes da PNRS, especialmente no que tange à valorização do lodo como matéria-prima em outros processos. Os resultados indicaram que apenas 8 ETEs realizaram destinação de lodo no período analisado, sendo aproximadamente 89% do volume total enviado a aterros sanitários. Essa prática, embora ainda recorrente, contraria os princípios da PNRS, que prioriza a valorização dos resíduos sólidos por meio de alternativas como a compostagem e o uso agrícola. Destaca-se a existência de iniciativas bem-sucedidas de empresas públicas, como SABESP e SANEPAR, que demonstram a viabilidade da transformação do lodo, por exemplo, em fertilizante classe A, promovendo benefícios ambientais, agronômicos e econômicos. Conclui-se que há necessidade de avanços na gestão do lodo na Região Metropolitana de Porto Alegre, de forma a garantir a destinação ambientalmente adequada e a valorização deste resíduo, em consonância com a PNRS.

Título do artigo: AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE ÁGUA DE CONSUMO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA NO ESTADO DO  RIO GRANDE DO SUL

Autoria: Maria Cristina de Almeida Silva, Larissa Loebens, Estevão Barbieri Vicente, Luciana Turatti

Revista científica: Anais do 8ª Simpósio sobre Sistemas Sustentáveis 

Do que trata a pesquisa científica: O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) é um pilar do saneamento básico, que prevê o fornecimento e a distribuição de água. O SAA é geralmente constituído de captação, estação elevatória, adutora, estação de tratamento de água (ETA), reservatório e rede de distribuição. Dentre os fatores a serem observados no cálculo da vazão de captação, a quantidade de água a ser dispendida na operação da ETA em lavagem de filtros e decantadores ganha destaque por representar uma parcela significativa do total demandado pelo processo. Durante o tratamento da água, estima-se que de 1 a 5% do volume tratado seja utilizado para lavagem dos filtros e decantadores – CETA. De acordo com o Documento Técnico elaborado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, essa faixa pode ser de 2 a 10%, conforme o estado das instalações e da eficiência operacional. Mesmo que percentualmente sejam pequenas, as perdas físicas nas ETA são significativas em termos de vazão. Neste contexto, considerando a necessidade de preservação dos recursos naturais, a avaliação do consumo de água nas ETA pode ser considerada uma estratégia que visa a redução dos desperdícios no processo. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a proporção de água utilizada no processo de tratamento de 57 Estações de Tratamento de Água, de diferentes portes, no estado do Rio Grande do Sul (RS). Os dados mensais de “volume de água consumido no processo”, referentes ao volume de água tratada utilizada para lavagem de decantadores e filtros, bem como eventuais vazamentos no bloco hidráulico, e “volume de água bruta captada” foram obtidos no Sistema Online de Licenciamento Ambiental (SOL) e nos processos físicos de licenciamento ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) do RS. Foram utilizados dados de 57 ETA localizadas em diferentes municípios do Estado, compreendendo informações do ano de 2024. No presente trabalho, verificou-se que o maior consumo ocorreu em ETA de pequeno porte, com média de CETA de 7,2% ± 3,2. Já o menor consumo foi verificado em ETA de porte mínimo, com valor médio de 2,7% ± 2,1. Os dados mostraram que a média do CETA nas ETA avaliadas é superior aos valores recomendados por Tsutiya (2004). Considerando os limites superiores verificados, observados no período avaliado, a porcentagem também ficou acima da faixa recomendada pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Desta forma, recomenda-se a reavaliação dos valores sugeridos de CETA para dimensionamento da vazão de captação. Além disso, melhorias operacionais ou reparos estruturais podem contribuir para a redução de perdas e de custos de produção. 

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