Recentemente foi lançado um livro que reúne produções científicas e relatos de experiências pedagógicas sobre o ensino da Educação Física escolar durante o período da pandemia de covid-19 e o retorno às aulas presenciais.
O livro, na íntegra, pode ser consultado por meio deste link. A obra está estruturada em três temáticas: Corpo, escola e tecnologias digitais; Investigações sobre a Educação Física escolar no período de pandemia; e Experiências de ensino mediadas pelas tecnologias digitais.
Entendendo o contexto
O Ensino Remoto Emergencial (ERE) representou um desafio para todas as instituições de ensino. No Brasil, diversas realidades foram enfrentadas, desde escolas que já utilizavam tecnologias digitais em suas aulas até aquelas que sequer tinham acesso à internet. Além disso, os professores se dividiram entre aqueles com domínio das tecnologias digitais e outros que resistiam ao seu uso. Os alunos também enfrentaram diferentes situações, com alguns possuindo seus próprios smartphones ou notebooks, enquanto outros compartilhavam o único celular da família.
Diante desse cenário, a pandemia obrigou todos a buscarem e experimentarem estratégias de ensino diferentes das utilizadas anteriormente. A Educação Física, em particular, teve que se reinventar, uma vez que trabalha com saberes construídos por meio da experimentação corporal, da exploração dos sentidos do corpo e da relação com o outro. Como ensinar por meio das práticas corporais em um momento em que o corpo é virtualizado? E como as tecnologias digitais podem contribuir para o ensino da Educação Física? Essas são perguntas mobilizadoras da obra.
“O livro é uma resposta a um chamado feito a pesquisadores, professores da Educação Básica e do Ensino Superior, estudantes de graduação e de pós-graduação para que compartilhassem os conhecimentos produzidos durante a pandemia de covid-19 ou a partir dela. Os conteúdos apresentados são originários de pesquisas científicas, mas também emergem das práticas pedagógicas e da realidade escolar, principalmente dos anos de 2020 e 2021, período em que vivenciamos o distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais em todos os níveis”, complementa Neuenfeldt.
