Nanobiossensores, como o próprio nome diz, são sistemas minúsculos que realizam medições a partir de componentes biológicos. Na Universidade do Vale do Taquari - Univates, uma pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec), em parceria com a Universidade Regional Integrada (URI), está desenvolvendo um nanobiossensor capaz de detectar um determinado tipo de herbicida em meios líquidos.
Sob coordenação da professora Lucélia Hoehne, em parceria com a professora Clarice Steffens (da URI), o estudo, publicado recentemente na revista internacional Taylor e Francis, analisou o uso da enzima tirosinase para a detecção de atrazina - um herbicida bastante utilizado no cultivo de milho, por exemplo.
Tuane Eggers A aplicação da enzima de um ser vivo com esse objetivo é uma ilustração clara do uso da biotecnologia. Nesse caso utilizamos a tirosinase extraída da banana e concluímos que ela foi adequada para ser utilizada como nanobiossensor
Para o desenvolvimento da pesquisa, foi utilizado um microscópio de força atômica, localizado na URI, adquirido por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
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A atrazina também é um disruptor endócrino, o que significa que tem a capacidade de afetar negativamente o equilíbrio hormonal de humanos e animais, por isso ela se torna perigosa se estiver presente na água de abastecimento humano.
Inscrições abertas
A Univates está com inscrições abertas, até 19 de fevereiro, para o PPGBiotec. O mestrado é focado nas áreas de produção de alimentos e saúde humana e animal, com uma visão integrada das perspectivas socioambientais e econômicas.
Com início das aulas em 9 de abril, o programa oferece até 20 vagas. O edital pode ser acessado em www.univates.br/ppgbiotec/processo-seletivo. Mais informações podem ser conferidas no site www.univates.br/pos-graduacao ou pelo telefone (51) 3714-7058.
