Buscando incentivar a utilização de terapias complementares no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde divulgou em 2009 a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS ( Renisus), com o intuito de direcionar estudos e pesquisas que possam subsidiar a produção de novos fitoterápicos, e consequentemente disponibilizá-los para uso da população, com segurança e eficácia para o tratamento de doenças. A relação é composta por 71 espécies vegetais que visam a atuar sobre as doenças mais comuns que acometem a população brasileira.
Foi a partir desse documento que o doutorando Diorge Marmitt iniciou sua trajetória na pesquisa científica com seu trabalho de conclusão de curso em Ciências Biológicas, em 2013, quando realizou revisão sistemática de trabalhos científicos publicados que abordavam as espécies listadas na Renisus.
De acordo com Marmitt, são escassos os trabalhos que reúnem produção científica sobre uma mesma planta ou sobre uma determinada patologia. “Há muitas pesquisas que descrevem os inúmeros potenciais terapêuticos dessas espécies vegetais, porém são estudos isolados. Nosso trabalho buscou reunir essas informações por meio de diferentes revisões sistemáticas em bases de dados científicas. Há muita pesquisa sobre a babosa, por exemplo, e o mais interessante é que há fitoterápicos derivados de plantas que fazem parte da Renisus distribuídos gratuitamente pelo SUS, desde que previamente prescritos”, explica ele.
