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21 Janeiro de 2025

Álbum de Rita Lee, ‘Fruto proibido’ faz 50 anos

Rita Lee alcançou picos de vendas, popularidade e criatividade entre 1979 e 1982, período áureo da parceria da artista paulistana com o músico, arranjador e produtor Roberto de Carvalho. Foi quando o cancioneiro da cantora adquiriu contorno pop, com ar por vezes folião, e se tornou aliciante, conquistando todo o Brasil.

Contudo, seguidores mais radicais da artista nunca perdoaram Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) por essa guinada pop. Para roqueiros mais ortodoxos, a melhor fase da obra fonográfica da Ovelha negra pós-Mutantes reside nos anos em que Rita esteve associada ao grupo Tutti Frutti.

♪ Rita Lee alcançou picos de vendas, popularidade e criatividade entre 1979 e 1982, período áureo da parceria da artista paulistana com o músico, arranjador e produtor Roberto de Carvalho. Foi quando o cancioneiro da cantora adquiriu contorno pop, com ar por vezes folião, e se tornou aliciante, conquistando todo o Brasil.

Contudo, seguidores mais radicais da artista nunca perdoaram Rita Lee Jones (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) por essa guinada pop. Para roqueiros mais ortodoxos, a melhor fase da obra fonográfica da Ovelha negra pós-Mutantes reside nos anos em que Rita esteve associada ao grupo Tutti Frutti.

Intitulado Atrás do porto tem uma cidade, esse álbum foi gravado com produção musical do então iniciante Marco Mazzola e foi lançado em junho de 1974.

Inteiramente composto por Rita Lee, sozinha ou em parceria com Lee Marcucci e Luiz Carlini, o repertório foi dominado pelo rock, mas incluiu balada, Menino bonito, que seria amplificada em 1984, dez anos depois, na voz de Wanderléa.

Formatado com muita interferência da gravadora na sonoridade, o disco Atrás do porto tem uma cidade soou aquém do potencial dos artistas, embora haja acertos no repertório, como Ando jururu, De pés no chão e Mamãe natureza, música herdada do cancelado disco de 1973. Tanto que as vendas foram pífias.

Dispensados pela Philips, Rita Lee & Tutti Frutti encontraram abrigo na Som Livre, gravadora pela qual fizeram Fruto proibido, álbum de som (bem) mais azeitado do que o antecessor.

Fruto proibido fez história e é por isso que Luiz Carlini – guitar hero do rock brasileiro da década de 1970 – estará mais uma vez à frente da banda Tutti Frutti em show que celebrará os 50 anos do álbum Fruto proibido em show que será apresentado no Blue Note SP em 25 de janeiro, dia do aniversário de São Paulo (SP), cidade da qual o som cosmopolita de Rita Lee foi uma das mais completas traduções, como atestaria Caetano Veloso em verso da canção Sampa (1978).

Intitulado Atrás do porto tem uma cidade, esse álbum foi gravado com produção musical do então iniciante Marco Mazzola e foi lançado em junho de 1974.

Inteiramente composto por Rita Lee, sozinha ou em parceria com Lee Marcucci e Luiz Carlini, o repertório foi dominado pelo rock, mas incluiu balada, Menino bonito, que seria amplificada em 1984, dez anos depois, na voz de Wanderléa.

Formatado com muita interferência da gravadora na sonoridade, o disco Atrás do porto tem uma cidade soou aquém do potencial dos artistas, embora haja acertos no repertório, como Ando jururu, De pés no chão e Mamãe natureza, música herdada do cancelado disco de 1973. Tanto que as vendas foram pífias.

Dispensados pela Philips, Rita Lee & Tutti Frutti encontraram abrigo na Som Livre, gravadora pela qual fizeram Fruto proibido, álbum de som (bem) mais azeitado do que o antecessor.

Fruto proibido fez história e é por isso que Luiz Carlini – guitar hero do rock brasileiro da década de 1970 – estará mais uma vez à frente da banda Tutti Frutti em show que celebrará os 50 anos do álbum Fruto proibido em show que será apresentado no Blue Note SP em 25 de janeiro, dia do aniversário de São Paulo (SP), cidade da qual o som cosmopolita de Rita Lee foi uma das mais completas traduções, como atestaria Caetano Veloso em verso da canção Sampa (1978).

Tudo isso pode parecer até banal em 2025, mas era revolucionário em 1975. Se os machos roqueiros ainda eram vistos como bandidos no Brasil ditatorial da década de 1960, imagine uma mulher que fazia rock e levantava bandeiras feministas antes da abertura de 1979.

Sim, Rita Lee marcou época com Fruto proibido, álbum lançado em 30 de junho de 1975 com capa que expunha a cantora em foto de Meca, enquadrada na arte cor-de-rosa choque criada por Kelio em sintonia com os tons do repertório do disco produzido por Andy Mills.

O público mordeu Fruto proibido de cara por conta do sucesso de Esse tal de roque enrow (Rita Lee e Paulo Coelho, 1975), rock amplificado nas rádios e na trilha sonora da novela Bravo! (TV Globo), trama das 19h daquele ano.

Nos versos desse rock assinado por Rita com o futuro escritor Paulo Coelho, a cantora destilava mordacidade e sarcasmo contra a classe média ao versar sobre o gênero, mas a letra é a única do disco que envelheceu mal. Em 2025, o rock não é mais o gênero musical que representa a rebeldia juvenil como em 1975.

Com Paulo Coelho, Rita também compôs O toque (única das nove músicas do disco que não passou para a posteridade) e o blues-rock Cartão postal, com o qual rejeitou a sofrência ao mandar recado para mulheres que terminavam relacionamentos afetivos.

Além de Esse tal de roque enrow, o grande sucesso radiofônico do álbum foi a balada folk Ovelha negra (Rita Lee), emblema de uma geração que resistia a permanecer como nossos pais. A canção nunca perdeu a atualidade.

A gravação de Ovelha negra também ficou imortalizada pelo solo antológico e referencial da guitarra de Luiz Carlini (guitarras, violão, gaita e vocal), virtuose de banda que incluía o também grande Lee Marcucci (baixo e cowbell), Franklin Paolillo (bateria e percussão) e Guilherme Bueno (piano e clavinete), além Rubens Nardo e Gilberto Nardo nos vocais. Além de cantar e de assinar os arranjos com a banda, Rita Lee tocou violão e um sintetizador pré-histórico.

Disco que abriu portas para o rock brasileiro, então representado no mainstream somente por Rita e Raul Seixas (1945 – 1989), Fruto proibido foi aclamado pela crítica – em louvação que somente aumentou ao longo desses 50 anos – e vendeu cerca de 200 mil cópias até o fim de 1976.

Atualmente, o já cinquentenário Fruto proibido está entronizado na galeria do rock como um dos discos mais importantes na história do gênero no Brasil.

Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte

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