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09 Outubro de 2023

Dojão do Raul: carro do Maluco Beleza que sumiu após jantar ainda existe…

Um dos últimos carros de Raul Seixas, morto em 1989 aos 44 anos, foi um Dodge Magnum 1979 que o cantor e compositor baiano comprou zero-quilômetro. O cupê ainda existe e hoje pertence ao empresário Alexandre Badolato, que completou a restauração no início de 2018, após adquirir o carro há oito anos na capital paulista.

Badolato é o maior colecionador de veículos Chrysler do Brasil e autor de livros sobre os carros nacionais da montadora, dona da marca Dodge. Ele faz questão de preservar a originalidade dos veículos que restaura, seguindo fielmente as especificações, os componentes e até a pintura da época na qual foram lançados. 

Porém, no caso específico do "Dojão do Raul", ele fez algumas concessões. "Fizemos toda a funilaria e pintura, como de costume, e tentamos preservar todas as peças que eram do carro. O vidro do motorista, na parte superior, está um pouco lascado, não faço ideia de como isso aconteceu. Eu poderia simplesmente pegar outro vidro original e substituir, mas preservei", conta o colecionador.

Ele também manteve as partes cromadas "pipocadas" no console central, onde fica a alavanca do câmbio automático. Badolato fez o mesmo com o painel, trincado, e as rodas de liga leve, que não vieram de fábrica no Magnum branco Ártico. "Decidi preservar, já que era o console que o Raul usava. Restauramos a almofada do painel e pintamos na cor original. Outra coisa que a gente manteve como assinatura do carro foram as rodas de liga, nem acho elas particularmente bonitas, mas elas estão em fotos de época".

 "Decidi preservar, já que era o console que o Raul usava. Restauramos a almofada do painel e pintamos na cor original. Outra coisa que a gente manteve como assinatura do carro foram as rodas de liga, nem acho elas particularmente bonitas, mas elas estão em fotos de época". Ele se refere a imagens que ele guarda com carinho de Raul autografando discos de fãs ao lado do Dodge, tiradas em meados dos anos 1980, em frente à casa do músico no Butantã, bairro da Zona Oeste da capital paulista.

Essas fotos, bem como o documento de transferência do Dodge em nome de Raul Santos Seixas, com data de fevereiro de 1988, acompanhavam o Magnum quando Badolato o adquiriu de um vendedor, que foi o terceiro dono do carro.

A mesma sequência de fotos mostra um Fusca vermelho, que teria sido o último veículo do artista, de acordo com Sylvio Passos - amigo pessoal de Raul e fundador, como ele diz, do "primeiro e único fã-clube oficial" de Seixas.

Magnum foi guinchado após jantar

UOL Carros mostrou essas imagens e outras, do cupê já restaurado, e Passos reconheceu o veículo. Ele relembra o passeio que fez com o Dodge na companhia do cantor, "entre o fim de 1987 e o início de 1988", que acredita ter culminado na venda do Magnum - cerca de um ano antes de Seixas morrer na cidade de São Paulo, vítima de uma pancreatite aguda. 

"O Raul me convidou para jantarmos no bairro da Liberdade. Fomos no Magnum, com ele ao volante, mas acabamos nos perdendo. Em algum momento, estávamos rodando na contramão em plena Avenida Ipiranga. Irritado, Raul parou o carro, era uma 'banheira' gigante, e chamou um taxista para nos guiar até o restaurante", lembra Passos.

Ao chegarem, relata, o "maluco beleza" simplesmente deixou o Dodge na calçada da praça da Liberdade, perto da entrada do Metrô, e os três foram jantar - Raul chamou o taxista para compartilhar a refeição. "O Raul bebeu bastante saquê e cerveja. Misturou tudo e ficou muito louco, sem a menor condição de dirigir. Quando ele abriu a carteira, após o jantar, não tinha nenhum centavo dentro dela, só uma colher. Então o taxista teve de pagar a conta e nos levar para a casa do Raul, já que até hoje eu não sei dirigir. O Dodge ficou na praça".  

Passos convenceu o motorista de táxi, alegando que ele saberia o endereço de Seixas e poderia ir até lá no dia seguinte para receber seu dinheiro.

"Foi assim que fizemos. No outro dia, o taxista foi reembolsado e nos levou de volta à praça para resgatarmos o Magnum. O carro, evidentemente, tinha sido guinchado e não estava mais lá".

Fonte: uol.com.br

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