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Notícias

27 Dezembro de 2021

Obra expõe lutas de Elza Soares, Beth Carvalho, Clara Nunes no patriarcado

Resenha de livro
 
Título: Canto de rainhas – O poder das mulheres que escreveram a história do samba
 
Autor: Leonardo Bruno
 
Edição: Agir
 
Cotação: * * * *
 
♪ Um dos maiores conhecedores da história do samba e do Carnaval carioca, o jornalista e roteirista Leonardo Bruno alinha no livro Canto de rainhas – O poder das mulheres que escreveram a história do samba perfis biográficos de cinco cantoras associadas ao samba.
 
O traço de originalidade da narrativa reside no enfoque do autor. Bruno mostra como Alcione, Beth Carvalho (5 de maio de 1946 – 30 de abril de 2019), Clara Nunes (12 de agosto de 1942 – 2 de abril de 1983), Dona Ivone Lara (13 de abril de 1922 – 16 de abril de 2018) e Elza Soares tiveram que driblar o império masculino da sociedade – modelo patriarcal reproduzido no território do samba – em muitos momentos das respectivas trajetórias pessoais e profissionais para se fazerem ouvir na vida e na música. Esse recorte valoriza o livro, uma vez que já existem biografias de Clara, Dona Ivone e Elza na bibliografia musical nacional.
 
 
A luta de Ivone Lara para se impor como compositora nas quadras e terreiros a partir da década de 1940 já é notória e talvez seja o símbolo maior da batalha feminina enfrentada cotidianamente por essas cinco bravas mulheres em sociedade machista e racista.
 
Aliás, o título do livro, alude ao nome do samba Canto de rainha, composto por Arlindo Cruz e Sombrinha para saudar Ivone Lara e gravado originalmente por Beth Carvalho no álbum Coração feliz (1984).
 
Aberto com conversa imaginária entre as cinco protagonistas do livro, papo escrito a partir de trechos de entrevistas das artistas, o livro Canto de rainhas segue com texto que historia brevemente os legados de mulheres que as precederam na música brasileira – com ênfase na invisibilidade dada ao papel da baiana Hilária Batista de Almeida (1854 – 1924) como criadora do samba que brotou na cidade do Rio de Janeiro (RJ) nos anos 1910 – e com sucinto ensaio sobre os pontos em comuns nas trajetórias guerreiras dessas cantoras que formam o ABCDE da narrativa.
 
Somente então Leonardo Bruno começa a perfilar separadamente cada uma das cinco cantoras protagonistas do livro, cujo capítulo final, Novas rainhas, aborda cantoras que ganharam visibilidade na roda a partir dos anos 2000, casos de Fabiana Cozza e de Teresa Cristina.
 
 
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