Através de seu site oficial, um dos nomes mais importantes da música falou sobre o assunto e responsabilizou os grandes produtores de eventos. “Os grandes promotores, se tivessem consciência, poderiam impedir essas apresentações. Sem isso, todo mundo continua como se tudo estivesse bem. Mas não está. Live Nation, AEG e os outras grandes promotoras poderiam acabar com isso se pudessem simplesmente esquecer de ganhar dinheiro por um tempo”, afirmou.

 

O músico lembrou ainda do aumento de casos de COVID-19 registrados nas últimas semanas ao afirmar que a responsabilidade é também dos produtores. “Eles controlam grande parte do negócio do entretenimento. Eles detêm o poder de interromper festivais onde milhares se reúnem e espalham. É o dinheiro que os mantém funcionando. Dinheiro que motiva a divulgação. Os grandes promotores são responsáveis”, pontuou.

 

Para Young, o dinheiro e a necessidade de cobrir custos prévios tem falado mais alto que as questões sanitárias. “Esses gigantes do entretenimento acabaram de reformar muitos locais antigos e gastaram muito dinheiro para fazer isso. Agora eles não podem parar de vender ingressos para pagar por isso. Dinheiro e negócios. Isso não faz com que eles estejam certos. É um exemplo ruim”, afirmou. “As pessoas veem os shows anunciados e acham que não há problema em ir e aglomerar. Mas há. São eventos que espalham tudo isso, os irresponsáveis ‘​​Festivais da Liberdade’. Precisamos de liberdade para estarmos seguros. E não um exemplo ruim. Isso pode ser apenas o começo”, pontuou.

 

Os Estados Unidos tem lidado com um aumento exponencial de casos de COVID-19 devido ao avanço da variante Delta e da baixa adesão na vacinação. Ainda que alguns eventos estejam exigindo comprovantes de vacina ou testes, acabam passando a mensagem de que está tudo bem e incentivando outras aglomerações.

 

Além de Neil Young, nomes como Garth Books, Limp Bizkit, Stevie Nicks, Deftones, Nine Inch Nails e Korn cancelaram ou adiaram apresentações marcadas para as próximas semanas.