AGORA
NO AR
Formaturas ocorrem nas próximas semanas
CARREGANDO
carregando...
CARREGANDO ...
A SEGUIR
Formaturas ocorrem nas próximas semanas
CARREGANDO
carragando ...

Notícias

04 Agosto de 2021

Três jovens forças do Soul

Por: Célula Pop 
 
 
Quando a gente fala de Soul Music, fala de veteranos fazendo boa música, tentando recuperar o tempo perdido ou, finalmente, tendo uma chance. Ou falamos de outros veteranos ainda em atividade, levando adiante um legado construído através do tempo. É raro falar de gente jovem fazendo algo relevante no estilo, mas, de uns tempos pra cá, este jogo virou. Uma nova-novíssima geração de artistas vem ganhando força e corpo, lançando discos, singles e constituindo um grupo bem heterogêneo de abordagens da música negra americana de talhe clássico, criada a partir da secularização das letras de melodias entoadas em cânticos sagrados nas primeiras décadas do século passado. Melodias estas que, mesmo secularizadas, representavam uma visão generosa e elevada do mundo, algo bem próximo da espiritualidade, daí o nome “soul”. Mas tais artistas não se restringem a esta área, gostando de ciscar nos terrenos vizinhos do funk e do pop clássico, da década de 1960/70. São eles: Yola, Leon Bridges e Durand Jones And The Indications, todos lançando disco por agora.
 
 
 
É bom que se diga: os três são bem diferentes entre si, mas todos habitam esta área. Junto com Joel Culpepper, de quem a gente falou muito bem há pouco tempo, e Curtis Harding, são uma espécie de quinteto fantástico da black music mais acessível atualmente. Vejamos Durand Jones And The Indications, pra começar. Direto dos porões da Universidade de Indiana, o grupo se formou há poucos anos e está lançando seu terceiro disco, “Private Space”. Se os trabalhos anteriores pareciam, de fato, ainda em busca de uma definição sonora mais nítida, agora, no novo álbum, o grupo parece ter achado seu espaço. É um funk-soul moderno, ainda que venha calcado nas tradições estéticas dos anos 1970, especialmente em bandas e artistas do Philly Soul. Há muita fluência nos arranjos, muito uso de cordas, tudo muito bem pensado, sem falar na ótima voz de Durand, que tem um belo falsete, como é tradição do estilo. Algumas canções são realmente belas, caso da faixa-título e da abertura “Love Will Work It Out”. Mas nem só de baladas vive o álbum, pelo contrário. Basta ouvir o single “Wichoo”, que faz até uma árvore sair dançando, ou “The Way That I Do”. Tudo funciona, no disco, é uma lindeza refrescante.
 
 
 

 

Clique para ampliar
{loadscriptspadrao__}