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Notícias

14 Outubro de 2020

Djonga: único representante brasileiro em prêmio internacional de hip hop

O rapper mineiro Djonga é o único representante brasileiro em um prêmio internacional de hip hop.
 
“Pode entrar”, convida Jorge, filho de Djonga.
 
As boas-vindas são do Jorge, filho mais velho do Djonga. É das origens que vem a inspiração.
 
“Minha família é uma família de preto, gosta de fazer festa demais, entendeu? E festa, uma das coisas que não pode faltar é música. Então, eu cresci ouvindo muita música, de tudo quanto é estilo que você imaginar”, conta Gustavo Pereira Marques, o Djonga.
 
De Elza Soares, Milton Nascimento, Cazuza aos Racionais. Essa mistura ajudou Djonga a traduzir em rimas as desigualdades sociais, a violência que quando o assunto é racismo, Djonga não tem meias palavras. Coloca o dedo na ferida.
 
“Tipo, tem situações que você nunca imaginaria que seria possível você conseguir ser discriminado. Você é. E aí, diante disso, você começa a entender o tamanho da estrutura. E como que a gente tem que lutar de fato, e como que a luta é muito mais pesada e mais séria do que parece. Não é uma coisa só de boca para fora. E ainda assim, o lance era bater no peito e falar: ‘vamos longe’”, diz Djonga.
 
A música do rapper saiu da Zona Leste de Belo Horizonte e ganhou o mundo. E é em um estúdio, no quintal da casa da avó do Djonga que ele costuma fazer as gravações. Em cinco anos de carreira, ele já lançou vários sucessos. Os últimos estão entre os mais ouvidos na internet.
 
A família está sempre ao lado. Dona Maria, a avó de 84 anos, é referência para ele e acompanha o neto até nos shows.
 
Djonga largou o último período do curso de história na Universidade Federal de Ouro Preto para se dedicar à música.
 
“Eu chamei meu marido e falei: 'vamos entregar na mão de Deus'. Aí nós abençoamos e falou para ele seguir o caminho dele”, conta Rosângela Pereira Marques, mãe de Djonga.
 
E ele não decepcionou. O jovem negro, de família simples, é o primeiro brasileiro indicado a um dos principais prêmios de hip hop do mundo, que acontece nos Estados Unidos.
 
“O papel da arte de incomodar, de causar reflexão, para mim, é mais do que fundamental. Fora isso, é levar diversão e amor para o coração de todo mundo”, diz Djonga.
 
 
Fonte: G1 
 
 
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