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Notícias

18 Setembro de 2019

Pitty queima, apaga e ressurge com show histórico em São Paulo

São vários os fatores que levaram Pitty ao topo lá atrás, em 2003, quando lançou seu Admirável Chip Novo. Alguns deles foram determinantes para que ela passasse na prova do tempo e se mantivesse relevante até hoje, 16 anos depois. Neste último sábado (14), em São Paulo, a baiana deixou estampado em sua performance o principal deles: resiliência.
 
Por mais clichê que isso soe, é a mais pura verdade. A artista — porque dizer “cantora” é muito pouco — mudou, voltou às raízes, mudou de novo, voltou de novo… fez tanto em tanto e pouco tempo, teve de se readaptar às circunstâncias; da música, da vida. A Pitty que orgulhosamente apresentou seu MATRIZ aos fãs paulistas é outra, mas ainda é a mesma que a gente conheceu há mais de uma década. Parece meio louco, mas ela consegue. É a tal da resiliência na prática.
 
Com o novo disco, mostrou que está mais aberta do que nunca a explorar suas nuances como artista e mulher. Incorporou elementos de sua terra natal, a Bahia, colaborando com conterrâneos — BaianaSystem, Lazzo Matumbi e Larissa Luz. Todos eles, inclusive, estiveram presentes para cantar e dançar com ela e banda (composta por Daniel Weskler, Martin Mendonça, Guilherme Almeida e Paulo Kishimoto). Foi catártico e emocionante; mostra que a cena da música brasileira continua disposta a unir, e Pitty disposta a receber.
 
Apesar de estar imersa na nova fase, a baiana não deixa sua origem pra trás. Os hits mais “pesados”, com as guitarras rasgadas que a levaram ao mainstream ainda estão ali, sendo cantados com força e paixão tanto pela cantora quando pelos seus fãs. Fãs esses, inclusive, que Pitty é sortuda de ter: eles abraçaram as mudanças, embarcaram junto nelas, cantaram as canções novas. Sua base de admiradores entendeu que a artista cresceu, virou mãe, se redescobriu como mulher e como musicista, precisou se mexer e vai continuar o fazendo.
 
E ainda falando sobre a tal matriz, um dos atos do show remonta o quartinho da cantora em Salvador, com seu violão velho e que esteve ali para tantas músicas. Ali rolou uma versão acústica de “Teto de Vidro”, e também “Dançando”, do projeto Agridoce — mais uma evidência do constante movimento.
 
Aos 41 anos e mais consolidada do que nunca — e não estou falando só de mercado, não –, Pitty encontrou seu equilíbrio no meio do caos. E que sorte a nossa que ela decidiu compartilhar isso com o mundo.
 
Fonte: Tenho mais discos que amigos 
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