Big Joanie, o trio de minas negras que todo fã de punk deveria ouvir
A presença negra dentro do punk é tão determinante e ancestral quanto o próprio movimento – a começar pela banda Death, de Detroit, pioneira da sonoridade punk, e seguindo por ícones do estilo como Bad Brains, Dead Kennedys e, no Brasil, Os Inocentes.
A mesma coisa acontece com a presença feminina no punk. Como falar do movimento sem lembrar de Patti Smith, Siouxsie Sioux, Joan Jett, Debbie Harry, Chrissie Hynde e Nina Hagen, entre tantas outras? Pois essas duas forças se encontram na banda inglesa Big Joanie, que levará seu som punk, negro e feminista para o festival SXSW 2019.
Formada por Stephanie Phillips na guitarra e nos vocais, Estella Adeyeri no baixo e Chardine Taylor-Stone na bateria, o trio não se restringe ao estilo.
A imprensa especializada está gostando. A crítica da Rolling Stone – de 3,5 estrelas em 5 – reconhece o disco “Sistahs” como “excelente”. Segundo a crítica, a Big Joanie “vem provocando ondas na cena de indie-rock londrina, com um som que ecoa PJ Harvey, Joy Division e The Slits, entre outros”.
Trata-se, segundo a revista, de um disco corajoso, envolvente e que captura o ouvinte, através de letras sobre “amizade, ser uma mulher negra comparada às brancas, e se sentir incompreendida”.
A banda se descreve como sendo “similar às Ronettes, mas filtradas pelo faça-você-mesmo dos anos 80 e o movimento Riot Grrrl vestindo uma bata indiana brilhante”.
Um dos motivos principais, segundo a banda, para se reunirem foi criar uma atmosfera que permitisse que elas “fossem elas mesmas completamente como mulheres negras e descobrir o que é possível nesse espaço”. As três componentes da banda participam de atividades comunitárias, organizam festivais de musica e ainda militam ativamente em campanhas e shows contra o racismo e os direitos LGBT.
