Jovem marca cafés com cada um dos seus mil amigos do Facebook
O australiano Matt Kulesza, de 28 anos, tem tomado muitos cafés ultimamente. Há um mês, ele decidiu que marcaria encontros pessoais com todos os seus mais de mil amigos no Facebook – já foram 26 pessoas nos últimos 30 dias.
O projeto, batizado de “1000+ Coffees”, é, segundo ele, um exercício para se lembrar de socializar fora do mundo virtual. “Estou ciente de que não tenho de fato mil amigos na vida real, então uma noite decidi selecionar quais eu iria manter pensando: ‘eu tomaria um café com essa pessoa?’ Então decidi que seria interessante levar isso para a prática”, contou ao G1.
Matt mora em Melbourne, estuda relações internacionais e língua coreana, e trabalha gerenciando mídias sociais para empresas.
Ele afirma que não adiciona ao seu círculo de amigos pessoas que nunca encontrou na vida real, mas muitos dos 1.088 são só conhecidos que ele encontrou em alguma viagem ou estudaram com ele na escola primária.
O australiano pretende marcar ao menos quatro ou cinco cafés por semana, e imagina que deve levar no minimo três anos para terminar a lista.
Ele costuma abordar as pessoas com frases como esta: “Oi, faz tempo que não nos vemos. Devíamos tomar uma café, adoraria saber por onde você andou.” O relato de cada encontro é postado em seu blog.
A reação, segundo ele, tem sido positiva. “Admito que é um pouco estranho entrar em contato com pessoas com quem você não fala há anos, mas o blog funciona como um catalisador para que eu possa marcar esses encontros, e as pessoas ficam interessadas em participar”, diz.
Ele afirma que pretende inclusive viajar para outros países com a desculpa de marcar cafés com os amigos do Facebook que moram longe. O Brasil é um dos destinos em seus planos, onde ele deve visitar os amigos brasileiros Leandro e Juliana.
Matt está gostando da experiência, pois conseguiu se conectar com pessoas com as quais não encontraria de outra forma.
Diz que, após os encontros, combinou de mergulhar com um amigo que é fotógrafo subaquático, vai ter aulas de teremim (um instrumento musical) com outro que é músico e outra pessoa leu cartas de tarô para ele. “Estou abrindo minha mente ao ouvir pessoas com diferentes histórias para contar. E isso porque só cumpri 2% do projeto”, diz.