O futuro é incerto. Podemos tentar prever, fazer cálculos e usar da probabilidade para antevê-lo, porém, o futuro, por definição, é algo que não ocorreu, que não se passou. Podemos até perceber algumas tendências, mas ele é completamente nebuloso: o próximo passo pode ser tanto desnorteante e dolorido, como revelador e glorificante. A juventude é composta pelo futuro, pela expectativa e esperança, ao passo que a idade é composta pelo passado, pela experiência e sapiência. Os jovens que compuseram as letras, melodias e arranjos, não fogem dessa categorização de uma vida marcada por nébulas. O segundo EP da Killepsia, homônimo , trata em todas as músicas desta temática , salientando dramas contemporâneos como a expectativas de outros sobre nós, a fragilidade perante as futuras crises, o arrependimento, a inexorável passagem do tempo. É nas guitarras de Vicente e Giuseppe, no baixo e vocal de Ian e na bateria de Rafael, que suas vozes, por vezes misturadas ou, por vezes, sozinhas, expressam esses anseios perante a vida. Podem parecer ainda muito jovens, contudo seus frutos hão de amadurecer ainda mais. Mesmo que não seja totalmente revelado seu potencial como grupo, a Killepsia já destoa do cenário do Heavy Metal porto-alegrense e, quem sabe também, do brasileiro.
Curta a banda nas redes também