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Notícias

08 Setembro de 2017

10 fatos incríveis da música que aconteceram em 7 de Setembro

“Sete de Setembro, data tão festiva, mais uma piada dessa terra tão querida.” – Blind Pigs
 
Há 195 anos ocorreu o processo de Independência do Brasil, simbolicamente às margens do Riacho Ipiranga. Atualmente, no entanto, o país encontra-se tão devastado quanto este curso d’água. Mesmo independente, continua nas mãos de um grupo não tão diferente dos portugueses que outrora nos distanciamos.
 
Em termos musicais, o 7 de Setembro também é uma data célebre. Músicos influentes nasceram, outros morreram, uns foram baleados, outros presos, notáveis canções e videoclipes foram lançados e muito mais.
 
Abaixo segue um apanhado cronológico de alguns dos acontecimentos que vieram a marcar tal data na cultura pop internacional. Quaisquer semelhanças são meras coincidências!
 
 
 
“Se alguém lhe perguntar que tipo de música você toca, diga ‘pop’. Não diga ‘rock n’ roll’, ou eles não vão deixá-lo entrar no hotel.”
 
Em 7 de Setembro de 1936, durante o período da Grande Depressão americana, a cidade de Lubbock, no Texas, ganhou mais um habitante. Charles Hardin Holley foi a quarta criança de uma família fortemente musical – todos, com exceção do pai, tocavam um instrumento. Naturalmente, influenciado pelo gospel, country e R&B que o cercava, o jovem Buddy (como era chamado) começou a tocar com amigos desde cedo e aos 16 anos já havia até aparecido na televisão local.
 
Após terminar o ensino médio, resolveu ingressar de vez na carreira musical e, aos 19 anos, sua banda já havia aberto shows para Elvis Presley. Foi então que o garoto se reinventou. Adotou o rock n’ roll como estilo principal e garantiu um contrato de gravação com a Decca Records. No documento, porém, um erro ortográfico o imortalizou como Buddy Holly.
 
Nos anos que se passaram, Holly lançou um disco com os The Crickets e dois álbuns solo. Foi responsável pela composição, gravação e produção de tudo o que lançou e é tido como o precursor da clássica formação do rock: duas guitarras, um baixo e uma bateria. Também foi uma grande influência para músicos notórios como John Lennon, Paul McCartney, Bob Dylan, Rolling Stones, Eric Clapton, Don McLean, Elton John e muitos outros.
 

 

Sua carreira, por mais brilhante que seja, foi abruptamente interrompida. O músico, junto dos cantores Ritchie Valens e J. P. Richardson, morreu aos 22 anos de idade num trágico acidente aéreo considerado como “O Dia em que a Música Morreu.”
 
 
 
“Eu vou cantar e eu vou me trazer muito dinheiro.”
 
Pouco antes da desastrosa morte de Buddy Holly, o jovem Samuel Dale Cook, de Clarksdale, Mississipi, resolveu adicionar um “e” ao final de seu sobrenome, como um indicativo de recomeço em sua vida. De agora em diante ele seria conhecido como Sam Cooke. Assinou um contrato com a gravadora Keen Records e, no dia 7 de Setembro de 1957, lançou a canção que mudaria sua vida, seu primeiro single, “You Send Me” – uma composição própria, porém creditada a seu irmão mais novo, L. C. Cook.
 
A música rapidamente atingiu o topo das paradas e tornou-se o primeiro de muitos sucessos de Cooke, que teve trinta músicas no Top 40 de sucessos americanos num intervalo de apenas sete anos. Sua carreira, mesmo que curta (o músico foi assassinado em 1964, aos 33 anos), foi de extrema importância para a soul music, garantindo-lhe o título de “Rei do Soul” e até mesmo o de seu inventor. Suas contribuições inspiraram gerações e alavancaram nomes como Aretha Franklin, Al Green, Stevie Wonder e Marvin Gaye, além de popularizar artistas como James Brown e Otis Redding (que, assim como Holly, morreu num trágico acidente aéreo).
 
“You Send Me” foi nomeada uma das 500 gravações mais importantes do gênero pelo Rock & Roll Hall of Fame.
 
 
 
 
“Eles estão sempre me dizendo que sou um porco capitalista. Eu suponho que eu seja. Mas… isso é para o bem da minha habilidade de tocar bateria.”
 
Em Fevereiro de 1964, alguns meses antes da morte de Sam Cooke, a banda inglesa Detours já tocava em casamentos e outras festas quando tomou conhecimento do grupo Johnny Devlin and the Detours. Forçados a mudar de nome, os rapazes passaram a noite decidindo o futuro da banda. Na manhã seguinte, optaram por The Who.
 
Logo mais, problemas com as habilidades musicais do então baterista Doug Sandom culminaram em sua saída, abrindo caminho para o excêntrico jovem Keith Moon. A mudança, no entanto, não trouxe novidades apenas no ponto de vista musical. “Nós não temos nada em comum além da música,” atestaria o baterista. Nos anos seguintes, a banda atingiu o estrelato, o que serviu de combustível para o estilo de vida destrutivo de Moon. A combinação de pílulas e álcool o levaria para uma vida de alcoolismo e vício, além de outras loucuras, como a destruição não só de quartos de hotel, mas também da casa de seus amigos e da sua própria casa; a explosão de privadas; e o arremesso de televisões pela janela.
 
No dia 7 de Setembro de 1978, pouco depois da banda lançar seu oitavo álbum de estúdio, Who Are You, Keith Moon foi encontrado morto em sua casa, aos 32 anos. Após acompanhar Paul e Linda McCartney a uma prévia de um filme sobre Buddy Holly na noite anterior, Moon pediu à sua namorada, Annette Walter-Lax, que lhe cozinhasse bifes e ovos. Quando esta se recusou a fazê-lo, o músico respondeu: “Se você não gosta, vai se foder.” Essas foram as suas últimas palavras antes de tomar 32 comprimidos de um remédio utilizado para aliviar os sintomas de abstinência do álcool – mais de dez vezes o máximo diário recomendado.
 
O baterista morreu de overdose enquanto dormia.
 
 
 
 
“Eu não estou transando com todas as mulheres com quem eu sou visto.”
 
Um ano após os Detours se tornarem o The Who, os Beatles lançaram seu quinto disco, Help!. Alguns meses antes, o baterista da banda, Richard Starkey (mais conhecido como Ringo Starr), casou-se com sua namorada, a cabeleireira Maureen Cox, pouco depois da descoberta de que ela estava grávida.
 
Em 13 de Setembro de 1965, os Beatles lançaram o single “Yesterday”. No mesmo dia, Maureen deu à luz Zak Richard Starkey. “Eu gostaria que o bebê fosse como o Ringo, mas ele não precisa necessariamente seguir os passos do pai,” disse a mãe. “Eu não vou deixar que Zak se torne um baterista,” complementou o pai.
 
Juntos, Ringo e Maureen tiveram outros dois filhos, Jason e Lee Starkey. Seu casamento, por outro lado, inevitavelmente chegou ao fim devido aos inúmeros casos de infidelidade de ambas as partes – Starr com a modelo Nancy Lee Andrews e Maureen com o próprio George Harrison.
 
Antes disto, um dos amigos mais próximos de Ringo, Keith Moon, tornou-se o padrinho de Zak Starkey. “Tio Moon”, como era chamado pelo garoto, foi o responsável por despertar seu interesse na música ao presenteá-lo com um kit de bateria quando este tinha apenas oito anos. Por sua vez, depois de migrar de garagens e bares para projetos maiores, Starkey tornou-se um incrível baterista. Percorreu o mundo gravando e excursionando com artistas como The Who, Oasis, Johnny Marr, Paul Weller, The Waterboys, John Entwistle e até mesmo com seu pai, que embora tenha sucessivamente louvado as habilidades de seu filho, garante que sempre o considerou como um futuro advogado ou médico.
 
No dia 7 de Setembro de 1985 (embora algumas fontes atestem que isso tenha ocorrido um ou dois dias antes), Zak garantiu ao seu pai o título de primeiro Beatle a ser avô. Nascia Tatia Jayne Starkey, que, numa ironia do destino, recentemente fez de Ringo o primeiro Beatle a se tornar bisavô.
 
 
 
 
“Os hippies eram os verdadeiros punks, na minha opinião”
 
Christine Ellen Hynde nasceu nos Estados Unidos mas quando jovem desenvolveu uma curiosidade imensa pelo Reino Unido e sua cultura.
 
Quando jovem, tornou-se parte de comunidades hippie e espalhava a palavra da contracultura, adquirindo paixões pelo misticismo, o vegetarianismo e tendo acesso à música do outro lado do oceano através da revista NME.
 
Em 1973 se mudou para Londres e viu de perto a explosão de uma das cenas punk mais importantes do mundo, já que trabalhou na loja de roupas SEX. de Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, que lançariam o Sex Pistols para o mundo.
 
Em 1978, quando estava na loja, Christine resolveu formar a sua própria banda e agora com o nome de Chrissie Hynde, juntou colegas para montar o mega influente The Pretenders.
 
Foi em 7 de Setembro de 1951 que Chrissie nasceu, em Akron, Ohio (terra do The Black Keys) e deu seus primeiros passos para se consolidar como uma das principais forças do rock alternativo e da new wave no planeta.
 
 
 
 
“Eu nunca estou satisfeito com nada, eu sou um perfeccionista, isso faz parte de quem eu sou.”
 
Enquanto isso, do outro lado do Oceano Atlântico, os investimentos de Michael Jackson no mercado de catálogos musicais só aumentavam. Seu interesse no assunto veio no início dos anos 80, quando, após uma colaboração com Paul McCartney, descobriu que o ex-Beatle faturava cerca de 40 milhões de dólares por ano com direitos autorias de músicas de outros artistas. Curiosamente, a maior aquisição do aclamado “Rei do Pop” veio em 1985, com a compra da ATV Music Publishing, que englobava a Northern Songs, detentora de grande parte das composições creditadas à parceria entre Lennon e McCartney – o que não caiu bem para o ex-Beatle.
 
Dois anos mais tarde, Michael lançou Bad, seu sétimo álbum de estúdio e o tão aguardado sucessor de Thriller. O disco foi um sucesso comercial no mundo inteiro, chegando ao número 1 nas paradas de treze países. Também fez história ao ser o primeiro álbum com cinco singles consecutivos no primeiro lugar da Billboard – título este que, embora não tenha sido ultrapasso, foi igualado pelo álbum Teenage Dream da cantora Katy Perry.
 
Em 7 de Setembro de 1987, a faixa “Bad” foi lançada como a segunda música de trabalho do álbum. Seu videoclipe, com quase vinte minutos de duração, foi dirigido pelo cineasta Martin Scorsese e teve um orçamento de incríveis 2,2 milhões de dólares, lhe rendendo a posição de 15º vídeo mais caro da história. Vale ressaltar que Michael também é detentor da primeira posição deste ranking, com “Scream” – que custou a exuberante quantia de 7 milhões de dólares.
 
 
 
 
“Quando estou em Nova Iorque, eu só quero andar pelas ruas e ter aquela sensação, de como se eu estivesse num filme.”
 
Adiantando o relógio para a virada do milênio, encontramos Ryan Adams, cantor e compositor da Carolina do Norte, em processo de gravação de seu segundo álbum solo. Gold, lançado em 25 de Setembro de 2001, foi um sucesso – o maior de Adams até os dias de hoje, com a venda de 364 mil cópias nos Estados Unidos e 812 mil ao redor do mundo.
 
Sua primeira faixa também foi o primeiro single. “New York, New York” foi disponibilizada um mês após o disco e garantiu ao cantor uma indicação ao Grammy na categoria de Melhor Performance Masculina de Rock. Mesmo perdendo para “Dig In”, de Lenny Kravitz, a significância da canção jamais abandonaria Adams.
 
Com um conteúdo lírico que fazia menção a diversos locais de Manhattan, a música foi composta como uma homenagem à cidade. Seu videoclipe, gravado no dia 7 de Setembro de 2001, mostra Ryan tocando a canção num violão com a cidade ao seu redor – tendo num foco especial o seu maior símbolo, o World Trade Center. Quatro dias depois, o mundo se viu chocado com o maior atentado terrorista da história, que, além de outras fatalidades, tirou a vida de quase três mil pessoas e destruiu as imponentes Torres Gêmeas.
 
“New York, New York” se tornou uma favorita em todos os veículos musicais. Tocada incessantemente para exaltar o espírito perseverante do povo americano em face a esta catástrofe, foi dedicada a todos que perderam suas vidas e a todos que trabalharam para salvá-las. Todos os lucros provenientes de seu clipe foram doados a instituições de caridade voltadas ao ataque.
 
 
 
 
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