A série é uma releitura sobre a história de como Sophia Amoruso, criou o site de roupas vintage, cool e conceitual, NastyGal Vintage e se tornou uma das maiores empreendedoras no ramo da moda. Claro que a série inclui muitas coisas que não ocorreram na vida da verdadeira Sophia, assim como modificaram a personalidade da personagem, com o intuito de trazer um tom mais cômico aos episódios, afinal, é uma releitura. Mas a essência da história continua a mesma.
Então, temos Sophia, uma jovem inconsequente e descompromissada com a vida que não se importa muito com as coisas, incluindo os inúmeros trabalhos que ela é contratada, pois nenhum lhe desperta o interesse. Assim, quando é despedida pela última vez de uma loja de sapatos de grife, ela toma um impulso e começa a fazer as coisas diferentes. É quando vende sua primeira roupa no e-Bay, uma jaqueta de couro vintage e ao perceber como aquilo dá certo e o tanto de dinheiro que recebe em troca, Sophia vê que pode fazer muito mais e assim, sem querer, inicia seu caminho rumo ao nascimento do site NastyGal Vintage, que mais tarde se tornou ícone de estilo e referência para um grande número de pessoas que têm interesse na moda (isso aconteceu com a verdadeira Sophia também). É a partir daí que a série começa a se desenvolver com foco na carreira da protagonista, também tratando de amizade, romance, superação de obstáculos e é claro, #girlpower.
Os personagens são carismáticos (pelo menos a maioria) e a protagonista é excelente. Sophia não é mais uma mocinha ingênua ou certinha que busca sempre fazer o bem, não, ela é louca, egoísta, expressiva e faz o que bem entender, como diz o ditado, “doa a quem doer”. Muitas vezes isso a coloca em problemas porque, apesar de ser algo da sua personalidade, também faz partes dos resquícios de imaturidade que a personagem demonstra no início da série. É claro que conforme os episódios passam, vamos vendo uma evolução nela, assim que percebe o que gosta e é capaz de fazer, se torna mais comprometida, ousada e foca imensamente naquilo em que acredita.
Britt Robertson está fantástica nessa personagem, acompanho a atriz desde The Secret Circle (um minuto de silêncio porque foi cancelada cedo demais, snif) e se percebe facilmente o desenvolvimento que a atuação dela tomou, assim como a naturalidade que parece ser para a atriz incorporar uma personalidade. Ela foi excepcional, criando uma personagem autêntica e determinada, com um jeito único e muito cômico.
A série da Netflix tem somente 13 episódios e querendo ou não, você se sente inspirada pela força de vontade e personalidade da Sophia, que te fazem ansiar por mais. Mas ainda não tenho certeza de que, torcer uma por uma segunda temporada, é a coisa certa, a não ser que o objetivo da Netflix de mostrar essa trajetória da Sophia seja modificado, optando por mostrar (ou criar) mais. De qualquer forma, a personagem (e a Sophia original) é excelente para continuar tendo uma série sua.
Fonte: Queria Estar Lendo