Países emergentes superaram os mais ricos em investimentos na área de energia limpa. A conclusão é do Renewables 2016 Global Status Report. O Brasil aparece em segundo lugar em investimentos em energia hidroelétrica, de biodiesel e etanol. Perdemos apenas para a China.
Nosso país também é o quarto em energia eólica e o terceiro com a maior capacidade de geração de energia renovável, quando é levada em conta a fonte hidrelétrica, atrás de China e Estados Unidos.
“Esse aumento, essencialmente a partir de energia solar e eólica, é um indicativo claro de que essas tecnologias são competitivas financeiramente (em relação aos combustíveis fósseis)”, diz Christine Lins, secretária-executiva da REN21 – rede de empresários, cientistas e gestores públicos em prol do avanço deste setor.
“Elas são priorizadas por muitos países e cada vez mais também por empresas e investidores, o que é um sinal muito positivo.”
Em 2015 as fontes de energia renovável cresceram em ritmo recorde no mundo. Os investimentos em energia eólica, solar e hidroelétrica foram o dobro do valor gasto em novas usinas de carvão e gás.
No ano passado, cerca de 147 gigawatts (GW) de energia renovável, principalmente eólica e solar, foram acrescentados à capacidade de geração do planeta.
China, Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha e Índia foram os países que mais contribuíram para esse crescimento, ainda que os preços de combustíveis fósseis tenham caído significativamente em 2015.
Mundo
O investimento em energia renovável atingiu US$ 286 bilhões em 2015. Com a China respondendo por mais de um terço do total no mundo, os países em desenvolvimento superaram as nações mais ricas pela primeira vez.
Estas nações investiram US$ 156 bilhões no ano passado, um aumento de 19% em relação a 2014. No caso do Brasil, o país foi o segundo do mundo em ampliação da capacidade hidrelétrica.
E foi o quarto de eólica, embora o estudo ressalte a falta de linhas de transmissão para levar a energia gerada pelo vento até os consumidores.
Países pequenos
Ao comparar o valor empenhado em um país com seu Produto Interno Bruto (PIB) de um país, os principais investidores foram países pequenos, como Mauritânia, Honduras, Uruguai e Jamaica.
“Isso mostra que os custos caíram tanto que as economias emergentes passaram a se concentrar em renováveis”, afirma Lins. “Esses países são os que têm o maior crescimento de demanda por energia, e este ponto de inflexão é um acontecimento notável.”
Na União Europeia, apesar de uma queda significa dos investimentos em renováveis de cerca de 21%, essas são agora a principal fonte de energia, respondendo por 44% da capacidade de geração em 2015.
Fonte: Só notícia boa