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Notícias

02 Maio de 2016

São Paulo ganha escola britânica focada em arte e economia criativa

 
 
Os brasileiros têm a criatividade praticamente enraizada em seu DNA, que é um misto de ousadia, curiosidade, força de vontade e gambiarra. Não à toa o país é um dos lugares onde a economia criativa está em ascensão e, para ajudar a desenvolver estas mentes brilhantes, a Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC) chega a São Paulo.
 
 
O centro educacional estará bem acomodado na Vila Madalena, um bairro que se destaca pelo lado descolado e criativo. O edifício batizado de LAB é assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld e construído através da Idea!Zarvos. As futuras instalações contam com janelas enormes e um terraço com vista para o entorno.
 
“Esta é uma economia que agrega valor. Precisamos estimular cada vez mais e mais este setor, do criar, do pensar. Esta é não somente uma necessidade no Brasil, mas um desejo dos jovens”, discursou o empresário Rafael Steinhauser, que junto com o empreendedor russo Alex Avramov e o diretor-presidente da Ebac, Maurício Tortosa, forma o time que comandará a escola.
 
A abertura oficial acontece só em agosto de 2016, mas já está rolando um processo seletivo para cursos livres e técnicos como Design Gráfico, Ilustração, Direção de Arte Digital, além de prometer alguns inéditos no Brasil como “Architectural Visualization” (Visualização de Projetos de Arquitetura) e “Mobile Application Design” (Desenvolvimento de Aplicativos para Dispositivos Móveis).
 
A instituição também terá cursos de graduação com direito a diploma, válido em toda a União Europeia e Estados Unidos, da Universidade de Hertfordshire de Londres. Ela é uma das maiores do Reino Unido e recentemente recebeu o prêmio de “Universidade Empreendedora do Ano”, concedido pela publicação inglesa Times Higher Education. Assim sendo, todos os cursos de nível superior terão aulas ministradas em inglês.
 
Mas, antes de mais nada, o acesso não é tão simples. O processo seletivo criterioso está dentro dos moldes britânicos, incluindo avaliação de histórico escolar e entrevistas com pais e alunos. Por meio de parceria com iniciativas públicas e privadas, a EBAC também quer incluir programas de bolsas de estudo, custeando não só as aulas, mas o material e o deslocamento do estudante. “Nossa preocupação também é não nos convertermos numa escola de elite. Queremos que uma porcentagem de alunos seja bolsista e tenha acesso às mesmas oportunidades e ensino que os pagantes”, explicou Steinhauser.
 
Com a economia criativa em constante crescimento, é importante que lugares como este se propaguem a fim de ajudar os criativos a desenvolverem suas ideias e aptidões. Segundo o IBGE, a contribuição formal dos setores criativos ao PIB do Brasil em 2010 foi de R$ 104,37 bilhões ou 2,84% do PIB brasileiro. Os dados do Ministério do Trabalho apontam que hoje existem mais de 1 milhão de brasileiros empregados nos setores criativos, com um crescimento de mais de 90% nos últimos 10 anos.
 
Outro fator observado é que o jovem inovador acaba saindo do Brasil para estudar em países como o Reino Unido. Segundo Tortosa, mais de 5,5 mil jovens saíram daqui rumo a Inglaterra em busca de melhor qualidade de ensino nos últimos dois anos. A dúvida que fica no ar é se estes novos talentos voltam para cá formados, com o intuito de fortalecer um mercado mais desenvolvido, estável e inovador. “Eles têm uma vida pela frente. Nosso grande desafio é desenvolver e reter esses talentos aqui. A educação de qualidade mundial é um dos caminhos prioritários para levar o Brasil a um estágio de desenvolvimento mais avançado”, exaltou.
 
Fonte: Hypeness
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