Em 2010, Carlos Maltz, ex-baterista do Engenheiros do Hawaii, publicou Abilolado Mundo Novo, definido por ele como um “painel caótico e visionário sobre liberdade, massificação e manipulação mental”. Já O Último Rei do Rock é a primeira incursão dele pela ficção. O livro conta a história de Juan LMK, que nasceu no mesmo dia e local da morte de John Lennon: 8 de dezembro de 1980, em Nova York. Esse é o ponto de partida e o fio condutor usado por Maltz, que afirma ter uma relação com o personagem – autor e cria são judeus errantes e sem vínculos com o próprio passado – e tece uma história pop de ritmo eficiente e que funciona como um torrencial fluxo de consciência. Conectando psicologia e astrologia com habilidade, Maltz deve conquistar novos e curiosos leitores.
Como é viver à sombra de um mito? Ou, pior, de um legítimo rei do rock: John Lennon. Essa é a sina de Juan LMK, que pelos desígnios do acaso nasceu no mesmo dia, hora e hospital onde morria o gênio dos Beatles. Estamos em 2020, e a banda de Juan, a Paralelepípedos do Óbvio, está decadente e vive das migalhas que caem das mesas dos últimos fãs, quando Juan recebe um convite absurdo e inesperado: tornar-se o garoto propaganda de um novo produto que vai mudar a história da humanidade, o primeiro implante nano-neural para a expansão da inteligência. Juan tem a oportunidade de se tornar o que sempre sonhou em segredo: mais famoso do que John Lennon. Em sua estreia na ficção, o baterista e fundador da banda Engenheiros do Hawaii apresenta, com um olhar psicodélico, irônico e revolucionário, personagens forjados de duas matérias-primas distintas, ou “anjos com um diabo dentro”. Qual delas falará mais alto nesta odisseia do rock? Qual delas fará a diferença na sua vida?
Fonte: Rolling Stone Brasil e Editora Belas Letras