Coordenação: Lucélia Hoehne
Pesquisadores:A poluição da água e dos solos é um impacto ambiental resultante principalmente da ação humana por meio da alteração dos aspectos físicos, químicos e biológicos das fontes hídricas e terrestres. Essas alterações podem causar vários danos à saúde a vegetais e animais. Existem vários tipos de poluentes e uma classe que está sendo muito estudada são os micropoluentes ou também chamados de poluentes emergentes, que são compostos em microescala, oriundos de plásticos, fármacos, hormônios, metais tóxicos, produtos de limpeza, entre outros e que demandam de muito tempo para se decompor na água ou em solos. Desse modo, é necessário buscar alternativas de tratamentos eficazes. Neste sentido, esse projeto tem o objetivo de desenvolver metodologias com os processos oxidativos avançados, que são tratamentos químicos e/ou biotecnológicos, usando irradiações, catalisadores, enzimas para decompor ou deixar os micropoluentes de uma forma estável e sem prejudicar o meio. Ainda, para avaliar a qualidade das águas e solos, o projeto também visa analisar as concentrações de nutrientes dos solos e vegetais, estudando alternativas ambientalmente mais corretas, corroborando com os 17 ODS e a agenda 2030. Para isso, avalia-se a qualidade dos solos e é proposto alternativas de vermicompostagem para melhorar os nutrientes dos solos e avaliação do plantio de alimentos. Também é feita a busca de plantas alimentícias não convencionais e análises químicas, físicas e nutricionais para propor mais fontes de alimentos seguros para a população.
Sub projetos
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
Os micropoluentes são compostos químicos resistentes que podem permanecer por muito tempo no ambiente, podendo causar danos à fauna e a à flora. Existem diferentes classes de micropoluentes, sendo que esse projeto estuda a determinação de antibióticos usando HPLC-MS e hormônios e pesticidas por nanobiosensores. Os objetivos desse projeto são desenvolver nanobiosensores e propor tratamentos avançados de degradação destes compostos. Este projeto foi aprovado pela Finep, em conjunto com a URI-Erechim.
SICT - Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS
Como o Rio Grande do Sul é um estado agroindustrial, muitas vegetações ainda são desconhecidas no aspecto de potenciais produtores de compostos bioativos. As Plantas alimentícias não convencionais (PANC) por exemplo, possuem altas fontes para uma alimentação saudável que ainda devem ser exploradas. Compostos como betacaroteno, luteína e ácido clorogênico podem ser encontrados. No entanto as quantificações destes compostos são relativamente altas para o agricultor engrandecer seu produto, tendo a necessidade de desenvolver metodologias mais baratas e de fácil acesso à comunidade. Assim, o projeto tem por objetivo desenvolver metodologias de quantificação de compostos bioativos em plantas e algas verdes cultivados na região do Vales, usando a espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (IR- FTIR) para posterior análise destes em plantas cultivadas por empresas e demais agricultores, sendo disponível para a comunidade. Este projeto tem parceria da Univates, UERGS e da Unisc, bem como mais duas empresas, a Syntalgae e a Inovamate.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
O Brasil é o detentor da maior riqueza de espécies vegetais do Planeta, cujo recurso fitogenético se constitui num dos principais ativos brasileiros, com potencial para desempenhar papel estratégico na consolidação do desenvolvimento nacional e elevação da qualidade de vida da população brasileira. No entanto, esse potencial tem sido negligenciado e subutilizado, apesar das políticas para a utilização sustentável da biodiversidade. Diante disso, e do estímulo do governo federal para a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica da saúde, o presente projeto tem como objetivo, avaliar as características físico-químicas e fitoquímicas de espécies vegetais nativas do Rio Grande do Sul. Para tanto, exemplares das espécies Bromelia antiacantha, Rubus brasiliensis, Limonium brasiliense e Vasconcellea quercifolia, selecionadas a partir de informações obtidas com pesquisadores, comunidade em geral ou por estarem na lista da Espécies Alimentícias Não Convencionais, serão localizados, identificados, mapeados e estudados em relação às propriedades nutritivas, fitoquímicas e técnicas de propagação. Plantas matrizes serão obtidas e mantidas em cultivo em casas de vegetação para testar técnicas de propagação vegetativa e sexuada. Material botânico será coletado dos indivíduos registrados para estudos fitoquímicos, físico-químicos e aplicação dos extratos e óleo essencial em testes antibacterianos, antifúngicos, antioxidantes e de citotoxicidade. Espera-se como resultados, caracterizar substâncias vegetais presentes nas espécies estudadas, contribuindo para o aumento do número de espécies que possam vir a ser utilizadas como alimentos e na geração de fitoterápicos. A definição de técnicas para a produção de mudas garantirá a padronização das plantas, essenciais para a exploração comercial das espécies, viabilizará a implantação de novas atividades em pequenas propriedades fundamentadas na agricultura familiar e contribuirá para a valorização e preservação da biodiversidade.