Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

PPGAD

EN ES PT

Detalhes do Projeto de Pesquisa

Paisagens Físicas e Culturais: efeitos sobre populações e comunidades

Coordenação: Eduardo Périco

Pesquisadores:

Eduardo Périco

Neli Teresinha Galarce Machado


Órgãos Financiadores:
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
 
 

Resumo:
O projeto estuda os efeitos da conversão da cobertura natural da vegetação para usos da terra de classe antrópica (e.g., agricultura, pecuária, silvicultura, urbanização, etc.).. Além dos efeitos diretos da conversão do uso e ocupação da terra, que envolvem a introdução de monoculturas e espécies exóticas, poluição provocada pelo uso de agrotóxicos, aquecimento das cidades, concentração de vetores e endemias, existem os problemas relacionados diretamente com a fragmentação, como a perda da riqueza de espécies e de biodiversidade. Os problemas provocados pela fragmentação envolvem diminuição da área de vida das espécies silvestres, com consequente redução ou extinção de populações locais, aumento da homozigozidade por endocruzamento, diminuição do fluxo gênico e da dispersão de pólen e sementes. Os problemas sociais ligados à perda de hábitas envolvem a erosão e consequente perda de terras, utilização de defensivos agrícolas, provocado pelo aumento de espécies invasoras, perda da qualidade da água e consequente abandono das áreas rurais. Como a conversão do uso do solo é inevitável, a previsão da evolução de áreas florestadas, através de modelagem, permite o estabelecimento de áreas que poderiam ser preservadas para instalação de corredores ecológicos, o que facilitaria a manutenção e movimentação de populações locais, auxiliaria a implantação de sistemas agrosilvoflorestais e reduziria os impactos negativos da fragmentação. O projeto apresenta duas linhas distintas de atuação que se complementam. A primeira, visa identificar e quantificar os efeitos da conversão de hábitats sobre populações e comunidades animais, bem como modelar diferentes cenários a partir da intervenção por meio de políticas públicas de conservação. A segunda é baseada na fragmentação de territórios e seus efeitos sobre a identidade de seus moradores. A partir dos resultados parciais desse estudo, percebeu-se a necessidade de entender como são vivenciadas socialmente as emancipações dos municípios, tanto por parte de quem passa a incorporar novos elementos de identidade municipal (bandeira, nome, cartografia) quanto por aqueles que habitam municípios que perderam em espaço físico e social, pois foram fragmentados. Para pensar a construção ou desconstrução de identidades sociais nesse processo de renovação administrativa dos municípios, partimos da concepção teórica de identidade reflexiva, característica da sociedade contemporânea. Desta ótica, a identidade se constrói num meio dominado pela diversidade em termos de contatos, diferenças e disputas que colocam cada sujeito, diante dos outros, individualmente e sem comunidade de pertencimento fixo, exclusivo ou definitivo. O sujeito assume identidades diferentes em momentos diferentes, identidades que não são referenciadas ao redor de um eu coerente.

 

Sub projetos
Coordenação: Eduardo Périco
Pesquisador(a):

Eduardo Périco

Mateus Marques Pires

Pauline Vognach


Fontes Financiadoras:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS 
 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

Resumo:
1. Mudanças no uso da terra comprometem a biodiversidade e serviços ambientais. Logo, o desenvolvimento de ferramentas para monitorar o impacto ambiental de atividades antrópicas é necessário para a avaliação da integridade ecológica e a biodiversidade de ecossistemas.
2. Insetos aquáticos podem ser eficientes indicadores da integridade ecológica de ecossistemas aquáticos devido a sua alta dependência das condições ambientais para seu estabelecimento. Portanto, índices bióticos baseados na distribuição de insetos aquáticos estão crescendo no Brasil, em especial baseados em atributos de insetos da ordem Odonata.
3. Porém, a maioria dos índices bióticos baseados na distribuição de Odonata enfoca regiões florestais e tropicais. Estudos sobre o potencial bioindicador de Odonata em biomas campestres e subtropicais são raros. Assim, o entendimento do efeito de mudanças no uso da terra sobre a integridade ambiental de ecossistemas aquáticos de regiões como os Campos Sulinos é escasso.
4. Objetivamos ampliar o conhecimento sobre os impactos de mudanças no uso da terra sobre a integridade ambiental de ecossistemas de água doce nos Campos Sulinos, através da investigação do potencial de uso de índices bióticos baseados na estrutura de comunidades de Odonata.
5. Estudos prévios no bioma Pampa indicaram que as comunidades de Odonata são altamente dependentes das condições ambientais circundantes aos corpos d’água, porém as respostas são variadas conforme a classe de uso da terra.
6. Avaliaremos a relação de uma série de métricas de indicação ambiental (baseadas na estrutura de comunidade de Odonata) com diferentes classes de uso da terra natural e antrópico. Utilizaremos, inicialmente, um dataset composto por 122 táxons coletados em 180 sítios locais, que serão ampliados nesse trabalho, incluindo variados ecossistemas aquáticos (i.e., riachos, reservatórios e áreas úmidas) e distribuídos ao longo da extensão dos Campos Sulinos e submetidos a diferentes usos da terra no seu entorno (e.g., urbanização, agricultura, silvicultura).
Coordenação: Eduardo Périco
Pesquisador(a):

Eduardo Périco


Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
Embora os agroquímicos sejam substâncias eficientes para combater espécies indesejáveis, não é novidade que têm severas consequências para saúde humana e para biodiversidade.  O uso indiscriminado de agrotóxicos, comprometem a capacidade dos ecossistemas de suprir os chamados serviços ecossistêmicos. De todos os ecossistemas do planeta, os de água doce, suportam a maior concentração de biodiversidade. Esses ecossistemas fornecem uma série de bens e serviços para os seres humanos e a maioria deles é proporcionado direta ou indiretamente pela biota aquática. Assim, o objetivo deste estudo será avaliar os impactos causados pela aplicação de agrotóxicos sobre a disponibilidade de serviços ecossistêmicos em áreas úmidas do sul do Brasil, a partir da resposta ecológica dada pela comunidade de insetos aquáticos. Os efeitos da aplicação de agrotóxicos sobre a diversidade de insetos aquáticos serão avaliados em áreas úmidas naturais localizadas adjacentes às lavouras, em diferentes classes de distâncias. Os resultados deste projeto buscam relacionar os achados ao risco ecológico associado ao uso de agrotóxicos sobre os serviços ambientais providos pelos insetos aquáticos e pelas áreas úmidas naturais e servirão, entre outras coisas, para embasar a criação e promulgação de leis de proteção ambiental, que busquem regulamentar e melhorar a aplicação de agrotóxicos por via terrestre, inexistentes em muitos estados no país.
Coordenação: Eduardo Périco
Pesquisador(a):
Eduardo Périco
 

Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
Ecossistemas de água doce (e.g., riachos, rios, lagoas, lagos, áreas úmidas, águas subterrâneas) apresentam grande importância socioambiental, devido a ampla oferta de serviços ecossistêmicos, tais como de provisão (consumo de água potável e recursos pesqueiros), de regulação (agricultura, pecuária, indústria e geração de energia, etc.) além de importância turística e paisagística, sendo a maioria deles proporcionado direta ou indiretamente pela biota aquática. Os serviços ambientais são a interface básica entre o capital natural e o bem-estar humano. O desenvolvimento econômico, a qualidade de vida e a união das sociedades humanas, são irremediavelmente dependentes dos serviços gerados pelos ecossistemas, sendo indispensável seu mapeamento e valoração. Os Campos do Sul do Brasil abrangem uma variedade de fisionomias de vegetação, os quais caracterizam diferentes estruturas de paisagem, e que estão cada vez mais sujeitas à conversão para uso antrópico, principalmente para pastagens e terras agrícolas. A conversão de ecossistemas originais acarreta perda de habitat e altera a composição das espécies nas áreas remanescentes. Por conta disso, as funções ecológicas são severamente afetadas e comprometem a capacidade dos ecossistemas de suprir os chamados serviços ecossistêmicos. Estudos prévios no bioma Pampa indicaram que as comunidades de insetos aquáticos são altamente dependentes das condições ambientais circundantes aos corpos d’água, porém as respostas são variadas conforme as classes de uso da terra. Com base na ausência de estudos sobre serviços ecossistêmicos para a avaliação ambiental dos ecossistemas aquáticos dos Campos Sulinos, e suportados pelas premissas de que: (i) os limiares de efeitos de perda de cobertura vegetal natural sobre a biodiversidade de insetos aquáticos variam entre biomas; (ii) serviços ecossistêmicos são frequentemente associados ao aumento da heterogeneidade da paisagem e a quantidade de vegetação original; entretanto, esse padrão não é uma regra; (iii) de que as comunidades de insetos aquáticos estão fortemente associadas ao uso da terra circundante e de que (iv) estas respondem de forma diferente a variáveis ambientais de acordo com o ecossistema aquático nos Campos Sulinos, a hipótese geral desta proposta é de que as comunidades de insetos aquáticos, e consequentemente os serviços ecossistêmicos por elas prestados, irão apresentar associação distinta com os usos da terra predominantes no entorno dos ecossistemas de água desta região. Assim, o objetivo geral desta proposta é entender como o uso do solo no entorno de áreas úmidas podem influenciar na distribuição de espécies de insetos aquáticos, e, consequentemente, nos processos ecológicos, funções e serviços ecossistêmicos associados em ecossistemas aquáticos dos Campos Sulinos. Para isso, coletaremos insetos aquáticos, que serão classificados conforme o tipo de serviço ecossistêmico que oferecem, utilizando um dataset composto inicialmente por 180 sítios locais incluindo variados ecossistemas aquáticos (i.e., riachos, reservatórios e áreas úmidas), distribuídos ao longo da extensão dos Campos Sulinos e submetidos a diferentes usos antrópicos da terra no seu entorno (agricultura, silvicultura, pecuária) bem como de vegetação original nativa. Os resultados deste projeto buscam relacionar os achados ao risco ecológico da conversão da paisagem sobre os serviços ambientais providos pelos insetos aquáticos e pelas áreas úmidas naturais, e servirão, entre outras coisas, para embasar a criação e promulgação de leis de proteção ambiental, que busquem regulamentar e melhorar o uso solo associado às áreas úmidas.

 

Inscreva-se
Nos envie sua dúvida.
*Erro: Todos os dados devem ser preenchidos
Sua mensagem foi enviada com sucesso!