Coordenação: Raul Antônio Sperotto
Pesquisadores:Raul Antonio Sperotto
Felipe Ricachenevsky
Joséli Schwambach
Vanildo Silveira
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
O arroz é a base da alimentação para 50% da população mundial. No cenário mundial, o Brasil é o maior produtor de arroz fora do continente asiático, e o Rio Grande do Sul (RS) é o maior produtor nacional, sendo responsável por aproximadamente 70% dessa produção. Entretanto, o arroz poderia ter um rendimento ainda maior, uma vez que é influenciado por diferentes estresses bióticos. Uma das perdas mais significativas na produção de arroz é causada pela infestação de ácaros fitófagos, que pode ser prejudicial durante todo o desenvolvimento da planta de arroz, dependendo da espécie e do número de ácaros. O ácaro Schizotetranychus oryzae Rossi de Simons (Acari: Tetranychidae) tem sido relatado em vários países sul-americanos. Até o presente momento, não é possível estimar o dano econômico causado pela infestação desse ácaro nas lavouras. Porém, já se tem conhecimento que, ao alimentar-se, o ácaro introduz o estilete nas células, provoca lesões, inibe o seu crescimento e destrói suas estruturas fotossintéticas e órgãos de armazenamento, prejudicando assim a formação do grão. Nesse contexto, vários genes têm sua expressão modulada, podendo reduzir o efeito do estresse e levando a um reajustamento celular, o que pode resultar em resistência da planta ao estresse. No entanto, as mudanças moleculares e fisiológicas causadas pela infestação dos ácaros fitófagos em suas plantas hospedeiras são pouco conhecidas. Assim, o objetivo deste trabalho é elucidar os mecanismos de resistência e sensibilidade em cultivares de arroz resistentes e sensíveis à infestação do ácaro fitófago Schizotetranychus oryzae, investigando quais proteínas estão envolvidas nas respostas das plantas.