Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Detalhes do Projeto de Pesquisa

Carvões vegetais macroscópicos em estratos do Paleozoico Superior gondwânico

Coordenação: Prof. Dr. André Jasper

Pesquisadores:

André Jasper (Bolsista de Produtividade em Pesquisa CNPq 1D – Comitê de Assessoramento em Geociências), Neli Teresinha Galarce Machado, Simone Stülp, Átila Augusto Stock da Rosa, Dieter Uhl, Haytham El Atfy, Deepa Agnihotri, Rajni Tewari, Etiene Fabbrin Pires, Margot Guerra-Sommer, Miriam Cazzulo-Klepzig, Verdiana Ribeiro, Cristina Moreira Félix, Aline Constantin, Daniela Mueller de Lara, Mariela Inês Secchi, Isa Carla Osterkamp, José Rafael Wanderley Benício, Joseline Manfroi, Rosane Pereira da Silva, Marcela Bruxel, Leo Jaime de Vargas, Gabriel Lorenzon, Cibele Inês Rockenbach, Ana Paula Wester, Rafael Spiekermann, Úrsula Arend.


Órgãos Financiadores:

CNPq 


Resumo:

Carvão vegetal macroscópico vem sendo amplamente aceito como indicador direto da manifestação de paleoincêndios vegetacionais e, em sedimentos do Paleozoico Superior da Euroamérica e da Catásia, os registros deste tipo de material são relativamente comuns e distribuídos de forma homogênea, tanto regional quanto estratigaficamente. Todavia, para o Paleozoico Superior do Gondwana, apenas algumas ocorrências foram descritas e, apenas recentemente demonstrou-se que carvões vegetais macroscópicos também são comuns neste continente. Os registros mais importantes para o Gondwana são predominantemente vinculados lenhos gimnospérmicos e relacionados a níveis formadores de carvão. Ocorrências de carvão vegetal macroscópico no Permiano do Gondwana estão distribuídas em diferentes sequências e intervalos estratigráficos [e.g. Bacia do Paraná (Sakmariano/Artinskiano do Brasil), Bacia do Karoo (Artinskiano da África do Sul), Bacia Damodar (Lopingiano da Índia) e Bacia Wadi Himara (Changhsingiano da Jordânia)]. Estes registros abrangem diferentes condições paleoclimáticas ao longo do Permiano, variando desde sistemas peri-glaciais/pós-glaciais até ambientes quentes. Até o momento, em termos de Brasil, apenas sistemas associados a níveis de carvão da Bacia do Paraná foram estudados em detalhe. Todavia, em recentes atividades decampo, novos achados foram feitos para níveis do Permiano Superior da Bacia do Parnaíba e para níveis clásticos da Bacia do Paraná, comprovando que mais sistemas deposicionais do Paleozoico Superior brasileiro podem apresentar esse tipo de registro. Neste contexto, o projeto aqui apresentado pretende incrementar a base de dados referente aos carvões vegetais macroscópicos (e, consequentemente, acerca dos paleoincêndios vegetacionais) de idade Permiana em duas importantes bacias sedimentares da América do Sul (Paraná e Parnaíba), as quais apresentavam condições paleoecológicas bastante distintas durante este período. Assim, a análise detalhada dos parâmetros regionais vinculados a cada uma das bacias, contribuirá para a compreensão do cenário global dos paleoincêndios vegetacionais no Paleozoico Superior. Para atingir tal objetivo, novas ações de campo para coleta de material serão realizadas pela equipe de pesquisa em afloramentos permianos de ambas as bacias. Os carvões vegetais macroscópicos serão analisados seguindo-se as metodologias padronizadas para o estudo deste tipo de material e inferências paleoecológicas serão construídas. Por fim, os resultados serão comparados com as diversas ocorrências de carvão vegetal macroscópico, inertinitas e HPAs pirogênicos do Gondwana para a construção de um panorama geral acerca da abrangência espacial e temporal dos paleoincêndios vegetacionais neste continente durante o Permiano.