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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Paleobotânica e Paleoambientes

Coordenação: André Jasper

Pesquisadores:
Neli Teresinha Galarce Machado
Átila Augusto Stock da Rosa 
Deepa Agnihotri
Dieter Uhl
Etiene Fabbrin Pires
Margot Guerra-Sommer 
Rajni Tewari

Resumo:

Para que seja possível a compreensão do impacto das ações vinculadas ao chamado “desenvolvimento humano” sobre o meio, é fundamental considerar a premissa de que os sistemas não são estáveis, sendo sujeitos a variações antrópicas e, principalmente, naturais. A compreensão destas dinâmicas ambientais passa, invariavelmente, pelo entendimento de suas características básicas, avaliadas pelos estudos vinculados aos diferentes biomas. Tais análises têm se voltado cada vez mais aos processos ambientais envolvidos na sua formação, manutenção e estabilidade, gerando um gradativo aumento da importância das discussões que tentam esclarecer a evolução dos ambientes durante o tempo em busca da avaliação de sua gênese. Um dos elementos utilizados nestes estudos é o acompanhamento das variações florísticas ocorridas, tendo em vista que as plantas são excelentes marcadores ambientais. Variações da morfologia foliar, adaptações de estruturas reprodutivas e sistemas de condução de seiva, além de relações ecológicas (de fundo natural ou antrópico) tornam-se, ferramenta fundamental para esses estudos. Dentre as formas de avaliar os processos envolvidos na temática, destaca-se o estudo do registro de carvão vegetal (charcoal) macroscópico, o qual permite a interpretação do passado e o estabelecimento de parâmetros de variação ambiental, atuais e futuros. Dessa forma, o presente estudo pretende, através da avaliação dos carvões vegetais macroscópicos de diferentes idades e regiões, inferir a influência dos (paleo)incêndios vegetacionais nos processos vinculados à formação e evolução de biomas pretéritos, servindo de base para ações de preservação, utilização adequada e recuperação de sistemas atuais.