Coordenação: Prof. Dra. Angélica Vier Munhoz
Pesquisadores:
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O Grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/Univates), no seu primeiro projeto de pesquisa, desenvolvido de 2013 a 2016, com apoio do CNPq, teve como objetivo investigar o currículo em diferentes espaços escolares e não escolares e seus movimentos escolarizados e não escolarizados. Já no segundo projeto proposto, iniciado em 2017, vem buscando compreender e problematizar o modo como os espaços escolares e não escolares vêm produzindo práticas educativas e artísticas em meio aos processos de ensinar e aprender, contando com apoio da Fapergs. Nessa medida, o pensamento da Filosofia da Diferença, a partir dos autores Deleuze & Guattari e Foucault, é tomado como aporte teórico da investigação. Por outra via, as discussões curriculares também se tornaram centrais e as teorizações curriculares pós-estruturalistas, propostas por pensadores brasileiros, como Sandra Corazza, Tomaz Tadeu, Alfredo Veiga-Neto, entre outros, também foram fundamentais para a construção do plano conceitual-metodológico da pesquisa. Para tanto, toma como campo de investigação dois espaços de arte: a Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre/RS) e o Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro/RJ), e dois espaços escolares - Escola Municipal Porto Novo (Lajeado/RS) e Escola Municipal Agrícola, Florestal e Ambiental (Ilópolis/RS) - com os quais o Grupo CEM possui parceria. Desse modo, interessa, para o presente projeto de pesquisa, aproximar-se mais intensivamente das noções de ensino e de aprendizagem que permeiam os currículos de espaços escolares e não escolares, assim como pensar tais processos. Delineia-se, a partir das questões que seguem, o problema de pesquisa: como a aprendizagem e o ensino estão sendo pensadas nos espaços escolares e não escolares? De que modo os espaços escolares e não escolares produzem práticas educativas e artísticas, em meio aos processos de ensinar e aprender? De que modo o ensino e a aprendizagem se interconectam na produção de subjetividades? Partindo de um enfoque qualitativo genealógico e por meio de procedimentos exploratório-experimentais, busca-se acompanhar as atividades educativas e artísticas, oferecidas pelos espaços constituintes do campo empírico da pesquisa, buscando compreender suas lógicas de funcionamento e os modos como produzem suas relações, resistências, imobilidades e seus campos de experimentações.