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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Identificação de marcadores moleculares e epigenéticos para o diagnóstico precoce e prognóstico de doenças crônicas não transmissíveis

Coordenação: Ana Lucia Abujamra

Pesquisadores:

Ivan Cunha Bustamante 


Voluntários(as):

Viviane Pederiva


Bolsistas:

Laura Reckziegel, Bruniéli Caroline da Silva


Mestrandos:

Talita Schneider Grun


Doutorandos:
Geórgia Muccillo Dexheimer
 

Órgãos Financiadores:

CNPq/UNIVATES


Resumo:
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são doenças multifatoriais que não possuem etiologia infecto-parasitária, cuja patogênese é de longa duração, e que, em sua maioria, não possuem cura. Além de serem responsáveis pelas principais causas de mortes prematuras no Brasil, as DNCTs também são a causa principal de perda de qualidade de vida, limitando os indivíduos acometidos em suas atividades de trabalho e de lazer, o que gera grande impacto econômico para suas famílias, para a sociedade em geral, e para os cofres públicos. As quatro DCNTs de maior impacto no Brasil são as doenças cardiovasculares, doenças metabólicas (diabetes e a obesidade), as doenças respiratórias crônicas e o câncer. Propõe-se investigar as alterações moleculares e epigenéticas presentes nas doenças crônicas respiratórias, cardiovasculares e metabólicas, e correlacionar esses achados com cada apresentação e evolução clínica. Com isso, será possível identificar padrões de expressão que possam ser utilizados como marcadores de diagnóstico precoce e de progressão clínica, possibilitando o diagnóstico em tempo hábil, a personalização da terapia com fármacos já disponíveis no mercado, e a identificação precoce de refratariedade ao tratamento, aumentando, assim, a eficiência e a eficácia do tratamento, bem como seu custo-benefício. A investigação de cada afecção proposta neste projeto institucional será realizada de forma independente, a fim de direcionar os marcadores e as metodologias específicas para cada condição. A realização dessa proposta deverá permitir estimular e aprimorar as condições para que intervenções com potencial pré-clínico, tanto para o diagnóstico como para o tratamento, sejam transferidas para o contexto clínico com o rigor e celeridade suficientes para geração de patentes e produtos inovadores, com divulgação em periódicos e eventos científicos internacionais e a formação de recursos humanos em pesquisa em biotecnologia voltada para a saúde humana.
 
Sub projetos
Coordenação: Prof. Dra. Ana Lucia Abujamra
Voluntários(as):
Viviane Pederiva
 

Bolsistas:
Laura Reckziegel
 

Fontes Financiadoras:

CNPq/UNIVATES


Resumo:
As doenças onco-hematológicas são neoplasias clonais de células precursoras das linhagens linfoide ou mieloide, afetando a medula óssea, sangue e tecidos linfoides, e que possuem alta morbi-mortalidade no Brasil e no mundo. Apesar de avanços significativos desde o surgimento da quimioterapia, ainda há necessidade de aumento dos índices de cura, redução da toxicidade e dos efeitos tardios da quimioterapia e redução da resistência ao tratamento. O desenvolvimento de novas terapias mais seletivas e eficazes, bem como de marcadores para progressão de doença e toxicidades, exige uma melhor compreensão dos mecanismos imunológicos e epigenéticos que regulam o aparecimento e crescimento desses tumores. Propõe-se avaliar as citocinas circulantes e o padrão de metilação da região promotora de genes-chave antes, durante e depois do tratamento de pacientes com leucemia, linfoma e mielodisplasia e utilizar ferramentas de bioinformática para identificar novos padrões de progressão e de toxicidade, possibilitando a personalização da terapia já existente, a fim de evitar efeitos adversos que inviabilizam a continuidade do tratamento e efeitos tardios graves, tal como a segunda neoplasia. A realização dessa proposta deverá permitir: novas oportunidades de tratamento e acompanhamento de doenças onco-hematológicas, com divulgação em periódicos e eventos científicos internacionais; a formação de recursos humanos em pesquisa oncológica; e a identificação de algoritmos de acompanhamento terapêutico, passíveis de patente, permitindo a realização de estudos clínicos que possam diminuir os efeitos adversos do tratamento e o ônus dos efeitos tardios em pacientes com essas afecções.
 
Coordenação: Prof. Dra. Ana Lucia Abujamra
Bolsistas:
1
 

Mestrandos:

1


Fontes Financiadoras:

Univates


Resumo:
Aproximadamente 63% das mortes no mundo são em razão das DCNTs, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica. No Brasil, as DNCTs também se constituem como problema de saúde de grande magnitude, pois são responsáveis por 72% das causas de mortes. Destas, é possível destacar como causa mortis as doenças do aparelho circulatório (31,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%), todas as quais acometem, de forma mais significativa, os indivíduos pertencentes a grupos vulneráveis, tais como os idosos e os de baixa escolaridade e renda. O tratamento para diabetes é prolongado, quando não preconizado para toda a vida. Isso causa um ônus financeiro não somente para o indivíduo acometido em si e sua família, como também para os sistemas de saúde. Logo, os gastos direcionados para o manejo desta afecção reduzem os recursos que poderiam ser aplicados à alimentação, educação, moradia, etc. De acordo com a última estimativa da Organização Mundial da Saúde, a cada ano 100 milhões de pessoas entram o nível de pobreza nos países em que os serviços de saúde são cobrados diretamente de seus usuários. No Brasil, a existência do Sistema Único de Saúde (SUS) reduz o ônus financeiro individual de uma DNCT, porém este ainda se mantém alto quando é levado em consideração o fato de que muitos indivíduos acometidos ficam afastados de suas atividades econômicas, ou ficam incapacitados de exercê-las. No Brasil, as DCNT estão entre as principais causas de internações hospitalares. Considerando apenas três condições crônicas (diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular encefálico), foi estimado que, entre 2006 e 2015, a redução da produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar levaram a uma perda na economia brasileira de US$ 4,18 bilhões. Não somente, a estrutura etária brasileira tem demonstrado uma redução na proporção de crianças e jovens, e um aumento na proporção de idosos e sua expectativa de vida. O aumento de indivíduos na melhor idade acarreta um aumento na carga de doenças crônicas, o que impõe desafios para todos os setores, tornando necessário repensar como ocorre a oferta de serviços necessários para as próximas décadas. Sendo assim, fica clara a necessidade de identificar indivíduos em risco de desenvolver DNCTs, em especial a resistência à insulina e a diabetes, bem como de realizar o diagnóstico precoce das mesmas, a fim de iniciar a terapêutica em tempo de maximizar a eficiência e eficácia dos tratamentos já disponíveis no mercado e ofertados pelo SUS. Da mesma forma, identificar aqueles indivíduos que estão propensos a se tornarem refratários à terapia existente também é desejável, a fim de ajustar o manejo clínico em tempo hábil.