Coordenação: Prof. Dra. Ana Lucia Abujamra
Bolsistas:
1
Mestrandos:
1
Fontes Financiadoras:
Univates
Resumo:
Aproximadamente 63% das mortes no mundo são em razão das DCNTs, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica. No Brasil, as DNCTs também se constituem como problema de saúde de grande magnitude, pois são responsáveis por 72% das causas de mortes. Destas, é possível destacar como causa mortis as doenças do aparelho circulatório (31,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%), todas as quais acometem, de forma mais significativa, os indivíduos pertencentes a grupos vulneráveis, tais como os idosos e os de baixa escolaridade e renda. O tratamento para diabetes é prolongado, quando não preconizado para toda a vida. Isso causa um ônus financeiro não somente para o indivíduo acometido em si e sua família, como também para os sistemas de saúde. Logo, os gastos direcionados para o manejo desta afecção reduzem os recursos que poderiam ser aplicados à alimentação, educação, moradia, etc. De acordo com a última estimativa da Organização Mundial da Saúde, a cada ano 100 milhões de pessoas entram o nível de pobreza nos países em que os serviços de saúde são cobrados diretamente de seus usuários. No Brasil, a existência do Sistema Único de Saúde (SUS) reduz o ônus financeiro individual de uma DNCT, porém este ainda se mantém alto quando é levado em consideração o fato de que muitos indivíduos acometidos ficam afastados de suas atividades econômicas, ou ficam incapacitados de exercê-las. No Brasil, as DCNT estão entre as principais causas de internações hospitalares. Considerando apenas três condições crônicas (diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular encefálico), foi estimado que, entre 2006 e 2015, a redução da produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar levaram a uma perda na economia brasileira de US$ 4,18 bilhões. Não somente, a estrutura etária brasileira tem demonstrado uma redução na proporção de crianças e jovens, e um aumento na proporção de idosos e sua expectativa de vida. O aumento de indivíduos na melhor idade acarreta um aumento na carga de doenças crônicas, o que impõe desafios para todos os setores, tornando necessário repensar como ocorre a oferta de serviços necessários para as próximas décadas. Sendo assim, fica clara a necessidade de identificar indivíduos em risco de desenvolver DNCTs, em especial a resistência à insulina e a diabetes, bem como de realizar o diagnóstico precoce das mesmas, a fim de iniciar a terapêutica em tempo de maximizar a eficiência e eficácia dos tratamentos já disponíveis no mercado e ofertados pelo SUS. Da mesma forma, identificar aqueles indivíduos que estão propensos a se tornarem refratários à terapia existente também é desejável, a fim de ajustar o manejo clínico em tempo hábil.