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Pesquisa

Curso de Pedagogia conta com mais uma doutora

Por Lucas George Wendt/Dipes e Fabiane Olegário/CCHS

Postado em 10/12/2018 16:24:30


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Fabiane Olegário é professora do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Univates. Ela atua na Instituição ministrando aulas no curso de Pedagogia. 

Licenciada em Pedagogia pela Univates, entre 2009 e 2011 realizou o mestrado na Universidade de Santa Cruz do Sul pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - no período ela estudou os rastros e os traços de escritas deixadas em banheiros, classes e paredes de salas de aula de duas escolas do Vale do Taquari enquanto modos de subjetivação.

O doutorado também foi em Educação, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A pesquisa iniciou em 2015 e foi finalizada neste ano. Durante o desenvolvimento da tese, a docente investigou a materialidade de dois arquivos, que foram os objetos empíricos do estudo. Um dos arquivos foi produzido durante o projeto de pesquisa, ensino e extensão Escrileituras: um modo de ler e escrever em meio à vida, que esteve ativo entre 2010 e 2014 na Ufrgs. O outro foi proveniente da disciplina Educação Contemporânea: Currículo, Didática e Planejamento, vinculada ao Departamento de Ensino e Currículo (DEC) da Faculdade de Educação (Faced) da Ufrgs.

O conceito de arquivo, durante a tese, foi entendido como um suporte gerativo de novos textos, já que a sua procedência é inventiva. Duas perguntas guiaram o estudo: Como é possível ler e escrever inventivamente os arquivos? Como potencializar novas formas de se relacionar com a didática, a ponto de transformar textos de partida em textos de chegada?

Esse entendimento possibilita jogar com as suas matérias para fazer aparecer estratégias de um pensamento tradutório”. A tese imaginou um jogo, pois à medida que ela lia os arquivos também os traduzia, recriando-os novamente. “O jogo, portanto, respondeu a um plano prático que transformou os textos de partida em textos de chegada, tornando positiva a vontade de vontade de educar comprometida com a invenção e a vivificação dos arquivos
Fabiane Olegário

As matérias da literatura, da filosofia, da arte e da ciência foram potentes para a fabulação do Jogo de Tabuleiro. Para tal procedimento, a tese operou com o método tradutório inventivo. Com esse estudo foi possível afirmar que a didática não tem a função de transmitir a língua de partida, visto que o educador não ensina o conteúdo literal do texto original.

“Esse testemunho subverte a imagem do professor como mero transmissor do conhecimento, incapaz de inventar”, revela a docente. Além disso, os estudos na tese mostraram que os arquivos não remetem à ideia de agrupamentos desinteressados de determinados textos, visto que não há nenhuma ingenuidade na técnica de arquivamento e arquivação do conteúdo textual. “Nessa perspectiva, arquivar remete a um posicionamento político, cuja responsabilidade envolve uma atitude ética e estética do educador mediante as matérias de ensino”, completa.

A tese “Jogo com arquivos: procedimentos didáticos tradutórios” foi defendida em 3 agosto, tendo sido orientada pela professora doutora Sandra Mara Corazza (Ufrgs) e avaliada pelos professores doutores Paola Zordan (Ufrgs), Karen Nodari (Colégio de Aplicação - CAP/Ufrgs), Angélica Vier Munhoz (Univates) e Róger Albernaz de Araújo (IFSul – Campus Pelotas).

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