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A aula fora da sala: estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates atuam com projetos no bairro Santo Antônio, em Lajeado

Postado as 29/11/2022 09:56:28

Por Lucas George Wendt

Divulgação/Univates

Na manhã do dia 17 de novembro foi realizada uma atividade no salão de festas do Residencial Novo Tempo I, no bairro Santo Antônio, em Lajeado. A ação foi promovida pelo projeto Capacete Rosa, que visa a capacitar mulheres para o mercado de trabalho na área da construção civil, oferecendo aulas teóricas e práticas para 20 mulheres. O projeto é uma iniciativa da Associação Marinês, que atua na comunidade local. 

A atividade foi realizada em parceria com a Universidade do Vale do Taquari - Univates, por meio do projeto de extensão Habitar Bem, do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Semeia Emau) e da disciplina Atelier Integrado V, do curso de Arquitetura e Urbanismo. Os universitários desenvolveram um projeto de habitação para uma área no Santo Antônio, local onde as participantes do projeto Capacete Rosa moram. 

O intuito da atividade foi apresentar os projetos realizados na disciplina para a comunidade local, já que muitos dos participantes do projeto moram no condomínio Novo Tempo I, uma construção de habitação de interesse social. Os acadêmicos puderam expor suas ideias e as participantes do Capacete Rosa apresentaram os problemas reais enfrentados em um empreendimento desse tipo.

A ação faz parte da iniciativa de curricularização da extensão universitária, levando em conta a importância do contato do estudante com a comunidade local, sendo possível entender as demandas reais da população e instigar os alunos a pensarem em novas soluções para promover a melhoria da qualidade de vida da população. As saídas da sala de aula permitem ao estudante a construção de conhecimento em contextos reais, facilitando a percepção e a articulação da teoria com a prática. 

Segundo o professor Guilherme Osterkamp, responsável pelo componente curricular neste semestre, a disciplina tem como objetivo propor projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo para uma área no bairro Santo Antônio. “O tema principal é a habitação de interesse social para promover moradia digna à população. Desse modo, os estudantes criam propostas de casas, prédios de apartamentos, praças e passeios públicos para a comunidade”. 

Divulgação/Univates

Para a arquiteta Angélica Silveira, uma das idealizadoras do projeto Capacete Rosa, a integração dessa iniciativa com o contexto acadêmico é positiva. “Penso que a riqueza dessa troca de vivências dentro da comunidade, as expectativas dos usuários (moradores) e ouvir as reais necessidades da comunidade contemplada enriquecem os projetos de interesse social e também o olhar do futuro arquiteto ao pensar e refletir sobre as políticas públicas pensadas para as cidades”, afirma. “Essa experiência, por outro lado, mostra para os usuários que os profissionais que projetam os espaços pensam e se preocupam com inúmeros condicionantes para atender da melhor forma à necessidade apresentada”.

De acordo com Osterkamp, a participação da comunidade em momentos de compartilhamento de experiências enriquece a discussão sobre os temas tratados em aula e reforça a Arquitetura e Urbanismo como instrumento de transformação social. “Ao abordar um desafio acadêmico ‒ como um projeto de arquitetura ‒ com forte vínculo com questões sociais reais, o estudante tem a oportunidade de relacionar os temas trabalhados na universidade com a realidade prática”, reforça. 

“Assim, a formação profissional é aliada à formação cidadã, em um movimento que favorece também o posicionamento individual diante de temas tão importantes, que podem promover a redução das desigualdades e uma sociedade mais justa. Essas experiências oportunizam que os saberes compartilhados entre universidade e comunidade produzam projetos coletivos e colaborativos e coloquem os estudantes em um papel mais ativo, incentivando a civilidade, a urbanidade e a participação ativa em temas sociais”, explica o professor.  

Para o estudante Igor Iuri Santos Rodrigues, essa foi uma das grandes experiências que teve ao longo da formação na Univates. “Todos nós conseguimos trocar muitas experiências com o grupo Capacete Rosa e isso foi de grande aprendizado, não apenas para o semestre acadêmico, mas para toda a vida. Foi um choque de realidade. Sempre que surgir a oportunidade, devemos participar de projetos como esse, pois é muito gratificante”. 

A estudante Luísa Cristofoli Scartezini, voluntária do projeto Habitar Bem, acredita que a vivência e as conexões criadas com a comunidade vão além de colaborar para a sua formação. “É essencial que eu, como pessoa e futura profissional de Arquitetura e Urbanismo, esteja em constante contato com a população para entender as reais demandas de cada local. O Habitar Bem permitiu que eu tivesse um novo olhar sobre tudo o que foi passado na teoria, e é gratificante poder estar presente, sentir e refletir sobre a maneira que projetamos não apenas espaços, mas buscamos assegurar os direitos e a qualidade de vida para todos”. 

Divulgação/Univates

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