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Como a ciência pode ajudar na prevenção ao suicídio?

Postado as 22/09/2022 13:17:04

Por Lucas George Wendt

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Artur Dullius

Para marcar o Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção do suicídio, o docente Flávio Shansis, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, apresentou, ontem (20), sua linha de pesquisa em evento realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). A transmissão do evento pode ser conferida por meio deste link. 

Os estudos de Shansis são vinculados ao PPGCM e abordam, por meio da clínica e de modelos animais, fatores relacionados ao comportamento suicida com o intuito de avançar na prevenção e nas possibilidades terapêuticas. O pesquisador tem dedicado atenção ao tema do suicídio em especial nos Vales do Taquari e do Rio Pardo, em razão das taxas elevadas de ocorrência de suicídio na população. 

Para realizar parte das pesquisas, Shansis tem uma parceria com o pesquisador Diego Luiz Rovaris, coordenador do Laboratório de Genômica Fisiológica da Saúde Mental do ICB-USP. 

 

O trabalho de Shansis

Programa Covid-19 BIC

A Univates é a responsável por articular, no Brasil, um estudo coordenado pelo Instituto Karolinska, da Suécia, e pelo Centro Sueco para Pesquisa de Suicídio e Prevenção de Doenças Mentais (NASP, na sigla em inglês). A pesquisa é conduzida pela professora Danuta Wasserman, autoridade mundial em pesquisas sobre suicídio, presidente eleita da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) e coordenadora do NASP. 

O estudo é realizado em Lajeado, a partir do Centro de Pesquisa Translacional em Transtornos do Humor e Suicídio (CEPETTHS), vinculado ao PPGCM, e coordenado pelo psiquiatra Flávio Shansis. O estudo começou sua coleta em março de 2021 e vai até 2024. A pesquisa inclui dois componentes principais: uma breve intervenção motivacional realizada por profissionais da área da psiquiatria ainda durante o período de internação e, após, por meio de nove contatos regulares realizados de forma remota, será realizado um acompanhamento de longo prazo por voluntários treinados, ao longo de 18 meses após a alta dos pacientes que tentaram suicídio.  

“A Univates está abraçando este tema que tem, aqui para nós, uma relevância comunitária”, afirma Shansis, coordenador brasileiro do estudo. “É uma abordagem científica para questões que, até o momento, são conjecturas. Este trabalho é fundamental para que possamos entender o que se passa com as pessoas que tentam suicídio. A longo prazo, espera-se que possamos contribuir para a diminuição dos índices de suicído nos Vales do Taquari e do Rio Pardo, talvez com a implementação de políticas públicas de prevenção”. Para o pesquisador, os dados da pequisa podem também, futuramente, contribuir para ampliar a formação de recursos humanos na área do tratamento do suicídio. 

Vale a Vida

O Vale a Vida acontece desde março de 2021 e objetiva estudar as telepsicoterapias para tratamento e prevenção de sintomas depressivos, de ansiedade e irritabilidade durante e após a pandemia de covid-19. O projeto atendeu adultos moradores das regiões do Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo que estavam em sofrimento psíquico. Mais de 600 pessoas se cadastraram na plataforma, e mais de 140 participaram das psicoterapias, contando com mais de 700 atendimentos durante a fase de oferta de atendimentos à população. 

O projeto Vale a Vida foi desenvolvido em uma parceria científica entre pesquisadores do CEPETTHS do PPGCM da Univates e pesquisadores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), em conjunto com o Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates) e as empresas de tecnologia Tummi e Tekann. 

Conheça o pesquisador 

Mestre em psiquiatria e doutor em ciências médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Shansis coordena diversos projetos de pesquisa com enfoque em transtornos de comportamento, como TDAH, transtorno bipolar e depressão. Nos trabalhos busca observar esses transtornos sob diversas lentes, neurológicas, biológicas, sociais e clínicas, avaliando também o custo-efetividade de fármacos disponíveis no mercado.

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