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Pesquisadoras portuguesas atuam em mestrados

Postado em 15/01/2015 11h26min

Por Tuane Eggers

Mais uma ação de internacionalização da Univates está contemplando a área da pós-graduação stricto sensu. As professoras e pesquisadoras portuguesas Susana Paula Graça Carreira e Nélia Maria Pontes Amado, da Universidade do Algarve, localizada na cidade de Faro, estão desenvolvendo atividades nos Programas de Pós-Graduação em Ensino e em Ensino de Ciências Exatas da Univates.

Além de ministrar aulas, Nélia e Susana também estão coorientando duas dissertações vinculadas a ambos os cursos de mestrado. Nesta quinta-feira, dia 15, inclusive, elas integram algumas bancas de qualificação. Esta é a terceira vez que as pesquisadoras vêm para o Vale do Taquari, sendo a primeira visita no ano de 2013.

O contato entre as instituições teve início em uma conferência da área de ensino em matemática, quando as pesquisadoras conheceram a coordenadora do PPGEnsino da Univates, professora Maria Madalena Dullius. “Ela nos convidou para participar de uma banca e de uma conferência na Instituição. A partir disso, pensamos em criar novos projetos em parceria”, explicam.

De acordo com as professoras, as dissertações que estão sendo coorientadas por elas relacionam-se com o projeto de internacionalização desenvolvido em parceria entre a Univates e a Universidade do Algarve, voltado para a formação continuada de professores e o uso de recursos tecnológicos. Nélia e Susana contam que está sendo formulado um novo projeto na área de ensino de matemática e de física, novamente ligado à atualização tecnológica. No entanto, possui um foco diferente: a análise dos fatores socioemocionais e as formas com que eles podem influenciar e condicionar a aprendizagem.

Para as pesquisadoras, este é um tema que vem ganhando cada vez mais atenção na área da pesquisa em todo o mundo, pois a pesquisa sempre foi focada em fatores cognitivos. “Percebemos que os recursos oferecidos aos professores e estudantes podem ser os mais modernos e sofisticados, mas mesmo assim, podem ser mal utilizados. Nesse sentido, o desafio maior para o professor é o de transformar a sala de aula em um ambiente estimulante, com capacidade de fazer refletir, de provocar discussões”, ressaltam Susana e Nélia.

As professoras comentam sobre a questão das diferenças sociais existentes no Brasil e explicam que, ao mesmo tempo, pode ser percebida maior valorização da educação no país. “Temos noção das grandes diferenças sociais e culturais do Brasil, pois nos próprios mestrados temos alunos de diversas regiões do país e eles nos relatam essas diferenças. Mas, ao mesmo tempo, vemos o valor que algumas pessoas dão para a educação, pois veem nela uma ferramenta de transformação. Nesse sentido, é muito importante a oportunidade que a Univates dá para essas pessoas estudarem”, observam.

Outro ponto destacado por Nélia e Susana é a diferente intensidade entre os estudantes dos dois países em relação à vontade de buscar conhecimento, de obter diferentes titulações. Segundo elas, Portugal está em uma situação complicada e o momento faz com que as pessoas repensem a necessidade de estudar, já que o país não conta com nenhuma universidade gratuita – e o valor dos cursos aumenta de acordo com a titulação.

De acordo com Nélia e Susana, os mestrados da Univates estão bem estruturados, e a prova disso é o número de candidatos interessados nos cursos. “Tendo contato com alguns trabalhos, vemos que as pessoas têm vontade de aprender. Queremos ajudar a refletir e contribuir no que for possível”, complementam.

Segundo elas, algo muito saudável na Univates é a possibilidade de relacionar os mestrados às linhas de pesquisa. “Às vezes, os alunos daqui nem percebem as oportunidades que podem ter, e que em Portugal nem teriam, a não ser com um curso de doutorado. É uma oportunidade de desenvolvimento muito difícil de encontrar na Europa. E a Univates está sabendo aproveitar estes fundos e oportunidades voltados a isso”, sustentam as professoras.

A Univates e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são as únicas instituições brasileiras nas quais as pesquisadoras têm desenvolvido atividades conjuntas. Nélia e Susana retornam para Portugal no próximo sábado, dia 17. Entretanto, se o novo projeto de cooperação for aprovado, uma nova visita já está programada para os meses de agosto e setembro. “Estamos com confiança de que seja aprovado. Se o primeiro foi concluído com sucesso e com bons resultado para ambas as instituições, torna-se mais possível a aprovação”, completam elas.

 

Evento internacional de matemática ocorre em Portugal

A próxima edição da International Conference on Technology in Mathematics Teaching será realizada na Universidade do Algarve, em Portugal, no mês de junho. É a primeira vez que o país recebe o evento e esta será a 12ª edição, relacionada com a matemática, ensino e tecnologia.

No evento, que ocorre a cada dois anos, haverá trabalhos submetidos que são frutos do projeto de internacionalização entre as instituições, além das dissertações coorientadas por Nélia e Susana. Na ocasião, também será apresentado um livro desenvolvido no âmbito do projeto, escrito em colaboração entre professores de ambas instituições. A professora Maria Madalena Dullius estará representando a Univates na ocasião.

 

 

Texto: Tuane Eggers

As pesquisadoras Susana (e) e Nélia atuam nos mestrados em Ensino e em Ensino de Ciências Exatas da Univates

Tuane Eggers

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